quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Estudo prova que três milhos da Monsanto são prejudiciais à saúde

Um estudo publicado na revista International Journal of Biological Sciences (http://www.biolsci.org/) demonstra que três milhos geneticamente modificados da empresa Monsanto são tóxicos e prejudiciais à saúde, anunciou no dia 11 de dezembro o Comitê de Pesquisa e Informação Independente sobre a Engenharia Genética (Criigen, com sede em Caen, na França), que participou do estudo.




"Provamos pela primeira vez ao mundo que estes OGMs (organismos geneticamente modificados) não são saudáveis, nem suficientemente corretos para serem comercializados. (...) Os três OGMs causam problemas nos rins e no fígado, que são os principais órgãos a reagir quando há intoxicação alimentar química", declarou Gilles-Eric Séralini, especialista membro da Comissão para a Reavaliação das Biotecnologias, criada em 2008 pela União Europeia (UE).



Professores universitários de Caen e Rouen e pesquisadores do Criigen se basearam nos relatórios fornecidos pela Monsanto às autoridades de saúde para obter a autorização para comercializar o produto, mas suas conclusões são diferentes das da multinacional depois de novos cálculos estatísticos.



Segundo Séralini, as autoridades de saúde se baseiam na leitura das conclusões apresentadas pela Monsanto e não no conjunto dos números. Os pesquisadores conseguiram a íntegra dos documentos da Monsanto depois de uma decisão judicial.



"Os testes da Monsanto, feitos em noventa dias, não são suficientemente longos para comprovar se os OGMs provocam ou não doenças crônicas. Por isso pedimos testes de pelo menos dois anos", explicou um pesquisador. Os cientistas pedem, em conseqüência, a "proibição enérgica" da importação e do cultivo desses OGMs nos países da União Europeia.



Vários países da Europa já proibiram a produção e importação de OGMs autorizadas pela União Europeia:



Alemanha (milho Mon810, da Monsanto)

Áustria (milho Mon810 e 863, da Monsanto; milho Bt-176, da Syngenta, e 25, da Bayer; e colza GT73, MS8Rf3)

França (milho Mon810, da Monsanto)

Hungria (milho Mon810, da Monsanto)

Grécia (colza Topas 19/2, da Bayer, e milho Mon810, da Monsanto)

*Luxemburgo (milho Bt-176, da Syngenta, e Mon810, da Monsanto)



Os três OGMs (MON810, MON863 e NK603) "são aprovados para consumo animal e humano na União Europeia e nos Estados Unidos" sobretudo, esclarece Séralini. "Na União Europeia, só o MON810 é cultivado em alguns países, sobretudo na Espanha, os outros são importados", acrescenta. Uma reunião dos ministros da União Europeia está prevista para esta segunda-feira (14), com o objetivo de avaliar o MON810 e o NK603.



Segundo a secretária para a Ecologia da França, Nathalie Kosciusko-Morizet, os lóbis das multinacionais dos transgênicos são muito fortes na União Europeia, e influenciam na redação das diretrizes do organismo, que valem para os 27 países da UE. "É um problema com o qual nos confrontamos, pois as diretrizes deixam pouca margem de manobra para cada país da Europa", afirma.

Fonte:Le Monde

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

MARCOS PALMEIRA DEFENDE AGRICULTURA ORGÂNICA EM TERESÓPOLIS

"O Município do Rio de Janeiro tem grande potencial de cidade verde por estar na Mata Atlântica", diz.

Segundo o site O Dia Online, o ator Marcos Palmeira, que interpretava o personagem Gustavo na novela "Cama de Gato", da TV Globo, e também proprietário da fazenda Vale das Palmeiras, em Teresópolis, mobilizou a população local no mês de janeiro sobre questões ambientais e a importancia da agricultura organica. Ele fez uma palestra dentro do projeto "A Mata Atlântica é aqui!", uma exposição itinerante que desperta o interesse da população sobre as causas ambientais, e esteve na cidade de 13 a 17 de janeiro.

Marcos Palmeiras disse ao público que Teresópolis tem grande potencial de cidade verde, por estar dentro da Mata Atlântica, com uma enorme área de produção de alimentos. "Estou vestindo a camisa 'Teresópolis Recicla' e percebo que a cidade está entrando num futuro melhor. O prefeito Jorge Mario é Médico, tem conhecimento sobre saúde, e meio ambiente é saúde, é a nossa vida e a vida do planeta". E o ator assumiu um compromisso, "Eu me sinto mais próximo de fazer alguma coisa concreta pela cidade agora do que antes", apostou o ator.

Em sua palestra, o protagonista de 'Cama de Gato' explicou que a cultura orgânica é sustentável porque a terra produz cada vez mais naquele mesmo espaço. "Parte do princípio de que não existe praga, existe desequilíbrio. A formiga é parceira, e não inimiga, pois mostra qual planeta está doente. Esse tipo de informação que a gente precisa fazer com que chegue aos produtores, para que o agrotóxico passe a ser utilizado cada vez menos. Quero fazer parte de uma rede para ampliar a produção de orgânico e f azer com o que os agricultores saiam da mão do atravessador", explicou.

Marcos Palmeira garantiu que a fazenda Vale das Palmeiras, localizada em Venda Nova, está aberta a todos os produtores que se interessarem pela agricultura orgânica. "Além do brócolis, esse agricultor pode produzir outros vegetais e frutas. O custo de produção é um pouco mais alto, mas o preço também é mais justo. Posso ser parceiro para colocar os produtos no mercado; a fazenda dá essa consultoria. Queremos qualidade de vida para quem produz e para quem consome", completou.