quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Orgânicos: brasileiros requerem incrementar o consumo.

Mesmo com renda em crescimento, muitos consumidores ainda não arriscam comprar produtos orgânicos. Segundo pesquisa da GfK, 42% dos brasileiros ainda não incluem esse tipo de produto na cesta de compras.


“Embora os produtos orgânicos tenham um apelo de saudabilidade, que é cada vez mais forte junto aos consumidores, a percepção em geral da população é que possuem preços mais altos que os similares não-orgânicos, mesmo que em alguns casos isso já não corresponda à realidade”, afirmou o diretor de Marketing da GfK, Mario Mattos.

Segundo ele, essa percepção faz com que muitos consumidores não incluam esse tipo de produto na sua opção de compra, principalmente os consumidores de menor renda.

A pesquisa revela que, considerando a classe social, 52% dos que pertencem às classes C e D são os que menos compram alimentos orgânicos. O percentual dos não compradores alcança os 33% considerando as classes A e B.

Idosos compram mais – De acordo com o levantamento, os consumidores que mais compram alimentos orgânicos são os mais velhos. Considerando os 8% de consumidores que sempre compram esse tipo de alimento, 56% têm mais de 56 anos.

“A preocupação e cuidado com a saúde tende a ser maior entre as pessoas de mais idade, gerando maior mudança em hábitos alimentares”, reforça Mattos.

Entre os mais novos, o índice de não compradores é maior na faixa etária que vai de 25 a 34 anos: 44% deles nunca compram orgânicos. Aqueles com idade entre 45 e 55 anos, o percentual de não compradores chega a 45%.

Aspectos regionais também interferem na aquisição de produtos orgânicos. Para se ter uma ideia, a região Nordeste é a que concentra maior parte dos consumidores que nunca compraram alimentos orgânicos: 48%.

A Região Metropolitana de São Paulo, exceto a capital, apresenta um percentual semelhante, de 47%, contrastando com o índice de não compradores da capital paulista, que chegou a 39%. A explicação para essas diferenças, diz Mattos, é a maior concentração de classes com maior renda nessas regiões.

Sobre a pesquisa – O levantamento foi realizado em julho deste ano com 1 mil pessoas, com idade acima dos 18 anos, de 12 cidades das regiões metropolitanas brasileiras: Belém, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

fonte: Folha de Londrina

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Natal da Saúde

Na hora de presentear familiares e amigos e até mesmo a sua saúde, conte com uma opção diferenciada da ECOBIO. São três opções de Kits orgânicos certificados:

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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Estudo prova que três milhos da Monsanto são prejudiciais à saúde

Um estudo publicado na revista International Journal of Biological Sciences (http://www.biolsci.org/) demonstra que três milhos geneticamente modificados da empresa Monsanto são tóxicos e prejudiciais à saúde, anunciou no dia 11 de dezembro o Comitê de Pesquisa e Informação Independente sobre a Engenharia Genética (Criigen, com sede em Caen, na França), que participou do estudo.




"Provamos pela primeira vez ao mundo que estes OGMs (organismos geneticamente modificados) não são saudáveis, nem suficientemente corretos para serem comercializados. (...) Os três OGMs causam problemas nos rins e no fígado, que são os principais órgãos a reagir quando há intoxicação alimentar química", declarou Gilles-Eric Séralini, especialista membro da Comissão para a Reavaliação das Biotecnologias, criada em 2008 pela União Europeia (UE).



Professores universitários de Caen e Rouen e pesquisadores do Criigen se basearam nos relatórios fornecidos pela Monsanto às autoridades de saúde para obter a autorização para comercializar o produto, mas suas conclusões são diferentes das da multinacional depois de novos cálculos estatísticos.



Segundo Séralini, as autoridades de saúde se baseiam na leitura das conclusões apresentadas pela Monsanto e não no conjunto dos números. Os pesquisadores conseguiram a íntegra dos documentos da Monsanto depois de uma decisão judicial.



"Os testes da Monsanto, feitos em noventa dias, não são suficientemente longos para comprovar se os OGMs provocam ou não doenças crônicas. Por isso pedimos testes de pelo menos dois anos", explicou um pesquisador. Os cientistas pedem, em conseqüência, a "proibição enérgica" da importação e do cultivo desses OGMs nos países da União Europeia.



Vários países da Europa já proibiram a produção e importação de OGMs autorizadas pela União Europeia:



Alemanha (milho Mon810, da Monsanto)

Áustria (milho Mon810 e 863, da Monsanto; milho Bt-176, da Syngenta, e 25, da Bayer; e colza GT73, MS8Rf3)

França (milho Mon810, da Monsanto)

Hungria (milho Mon810, da Monsanto)

Grécia (colza Topas 19/2, da Bayer, e milho Mon810, da Monsanto)

*Luxemburgo (milho Bt-176, da Syngenta, e Mon810, da Monsanto)



Os três OGMs (MON810, MON863 e NK603) "são aprovados para consumo animal e humano na União Europeia e nos Estados Unidos" sobretudo, esclarece Séralini. "Na União Europeia, só o MON810 é cultivado em alguns países, sobretudo na Espanha, os outros são importados", acrescenta. Uma reunião dos ministros da União Europeia está prevista para esta segunda-feira (14), com o objetivo de avaliar o MON810 e o NK603.



Segundo a secretária para a Ecologia da França, Nathalie Kosciusko-Morizet, os lóbis das multinacionais dos transgênicos são muito fortes na União Europeia, e influenciam na redação das diretrizes do organismo, que valem para os 27 países da UE. "É um problema com o qual nos confrontamos, pois as diretrizes deixam pouca margem de manobra para cada país da Europa", afirma.

Fonte:Le Monde

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

MARCOS PALMEIRA DEFENDE AGRICULTURA ORGÂNICA EM TERESÓPOLIS

"O Município do Rio de Janeiro tem grande potencial de cidade verde por estar na Mata Atlântica", diz.

Segundo o site O Dia Online, o ator Marcos Palmeira, que interpretava o personagem Gustavo na novela "Cama de Gato", da TV Globo, e também proprietário da fazenda Vale das Palmeiras, em Teresópolis, mobilizou a população local no mês de janeiro sobre questões ambientais e a importancia da agricultura organica. Ele fez uma palestra dentro do projeto "A Mata Atlântica é aqui!", uma exposição itinerante que desperta o interesse da população sobre as causas ambientais, e esteve na cidade de 13 a 17 de janeiro.

Marcos Palmeiras disse ao público que Teresópolis tem grande potencial de cidade verde, por estar dentro da Mata Atlântica, com uma enorme área de produção de alimentos. "Estou vestindo a camisa 'Teresópolis Recicla' e percebo que a cidade está entrando num futuro melhor. O prefeito Jorge Mario é Médico, tem conhecimento sobre saúde, e meio ambiente é saúde, é a nossa vida e a vida do planeta". E o ator assumiu um compromisso, "Eu me sinto mais próximo de fazer alguma coisa concreta pela cidade agora do que antes", apostou o ator.

Em sua palestra, o protagonista de 'Cama de Gato' explicou que a cultura orgânica é sustentável porque a terra produz cada vez mais naquele mesmo espaço. "Parte do princípio de que não existe praga, existe desequilíbrio. A formiga é parceira, e não inimiga, pois mostra qual planeta está doente. Esse tipo de informação que a gente precisa fazer com que chegue aos produtores, para que o agrotóxico passe a ser utilizado cada vez menos. Quero fazer parte de uma rede para ampliar a produção de orgânico e f azer com o que os agricultores saiam da mão do atravessador", explicou.

Marcos Palmeira garantiu que a fazenda Vale das Palmeiras, localizada em Venda Nova, está aberta a todos os produtores que se interessarem pela agricultura orgânica. "Além do brócolis, esse agricultor pode produzir outros vegetais e frutas. O custo de produção é um pouco mais alto, mas o preço também é mais justo. Posso ser parceiro para colocar os produtos no mercado; a fazenda dá essa consultoria. Queremos qualidade de vida para quem produz e para quem consome", completou.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Ecobio estará presente na BioFach 2010

Durante os dias 3, 4 e 5 do mês de Novembro, a ECOBIO estará participando da BioFach América Latina.

Que será realizada na Transamerica Expo Center em São Paulo, Brasil.

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Acesse www.biofach-americalatina.com.br, faça sua inscrição e visite nosso estande.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Beth Goulart e alimentação orgânica

Apesar de passar a infância e adolescência ao redor de mesas fartas com muitas massas, molhos e cozidos, sempre preparados pela mãe Nicette Bruno, Beth Goulart(46) parou de comer carne vermelha há mais de 15 anos.

É adepta da alimentação natural e não abre mão de legumes e verduras orgânicas no cardápio de casa. Por esta razão, costuma almoçar nos badalados O Celeiro e Gula Gula, conhecidos por servir alimentos orgânicos e pratos mais saudáveis.

Em uma visita ao Universo Orgânico - misto de restaurante, casa de sucos e mercado - conheceu a pesquisa com sementes germinadas e o suco de luz. E até ensinou a receita no programa Estrelas, da apresentadora Angélica. Em entrevista a Cyber Cook, Beth relata um pouco dessa sua paixão pela culinária saudável recheada de sabores.

Cyber Cook: Qual foi a principal razão para abolir a carne vermelha do cardápio?

Beth Goulart: Na verdade sempre tive uma digestão muito "preguiçosa". A carne demora muito para ser digerida no organismo e isso me fazia mal.

Cyber Cook: Mas podemos dizer que você é semivegetariana, pois ainda consome, às vezes peixes e aves, certo?

Beth Goulart: Frango e peixe entram no cardápio. Mas aos poucos quero tirá-los também. Uso bastante soja, feijão, legumes e verguras. Com o passar dos anos também descobri os benefícios da alimentação orgânica. Tem uma pessoa que faz o serviço de entrega sempre com produtos frescos e de ótima qualidade. Adoro abobrinha à milanesa e lasanha de abobrinha!

Cyber Cook: Você também prefere não cozinhar os alimentos. Até explicou como se faz o famoso "suco de luz do sol", no programa Estrelas. Quando começou a se interessar pelo assunto?

Beth Goulart: Costumo freqüentar bastante Universo Orgânico(Leblon). Lá o suco virou mania. Fiquei sabendo que ele é feito com sementes germinadas. Encontrei mais informações sobre isso com a Ana Branco, da PUC do Rio de Janeiro. A professora afirma que é necessário recuperar a vida de sementes e grãos produzidos em um solo ácido. Por isso devem ser molhados para deixá-los mais alcalinos e, conseqüentemente, ampliar seu valor nutritivo. Ela trabalha com o conceito do "biochip", ou seja, as sementes ou hortaliças são organismos que tem informações armazenadas.

Cyber Cook: Costuma ir ao supermercado ou à feira?

Beth Goulart: Não tenho muita paciência(risos), mas adoro escolher temperinhos frescos. E o charme da cozinha. Por isso aprecio muito a cozinha indiana. E não pode faltar a energia de cada um na hora do preparo. Mamãe sempre dizia para cozinhar com muito amor.

Cyber Cook: E quando está em casa, o que gosta de preparar para os amigos ou para seu filho?

Beth Goulart: As vezes uma boa massa e risotos. Não costumo cozinhar muito, mas acho muito bonito esse ritual da cozinha. Desde cortar os alimentos até o cozimento. Sentir o cheirinho de coisa gostosa é muito bom!
Às vezes, faço um mix de tudo que está na geladeira.

Cyber Cook: Além do Universo Orgânico, que outros restaurantes gosta de freqüentar?

Beth Goulart: Gula Gula e Celeiro. Os dois têm uma proposta muito boa de culinária saudável: receitas leves, criativas e muito gostosas.

Cyber Cook: Quais sabores fazem parte da sua vida?

Beth Goulart: O "Macarrão pra depois" é a receita da família, mas nunca me esqueço dos cozidos que mamãe fazia. Lembrei agora de um episódio muito engraçado que aconteceu na Páscoa com a bacalhoada: Depois de prepará-lo com todo carinho e capricho, mamãe acabou tropeçando no momento em que levou a travessa para a mesa. Foi muito engraçado (risos). Ah, também não posso esquecer do Ceviche que comi em uma viagem ao Peru. Delicioso!

Fonte: Cyber Cook.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

O mercado de orgânicos representa uma tendência mundial

O mercado de orgânicos está, cada vez mais, consolidando-se como um importante ramo da economia mundial. Uma projeção da Organic Monitor(Organic Consumers Association/UK) aponta para o fato de que atualmente o consumo de cosméticos sem ingredientes sintéticos por exemplo, é de 4%, mas que em 2012 este número poderá chegar aos 10%. No Brasil, a criação do Projeto Organics Brasil, fruto de uma ação entre o poder público e o privado foi prova de que esta tendência também se confirma.

O objetivo da iniciativa é o de promover os produtos orgânicos nacionais no mercado internacional. E uma das melhores maneiras de se fazer comércio internacional com os orgânicos é participando de feiras especializadas. Nesse sentido, é importante ressaltar que a maior e mais importante delas, a BioFach, acontecerá na Alemanha e contará com a participação das empresas associadas ao Organics Brasil. Para Claus Rätting, Membro do Conselho de Administração da NürbergMesse, uma das maiores organizadoras de eventos de negócios no mundo, "a grande tendência dos últimos anos é, certamente, a importância crescente do valor ecológico, social e econômico acrescentado aos produtos.

Com relação as novidades, as maiores tendências são os vinhos e cosméticos naturais que já na edição de 2009 da BioFach foram recebidos com entusiasmo pelos visitantes". A Beraca, empresa nacional que fornece, por meio de sua divisão Health & Personal Care, matérias primas como o buriti, a copaíba, a andiroba e o açaí para quase 40 países, sabe bem o poder dos cosméticos orgânicos. Segundo Felipe Sabará, diretor de Negócios da organização, em 2010 a divisão HPC deverá ser a responsável por metade do faturamento da empresa. Mas nem só de negócios é feita a BioFach.

"A exposição tem uma importância política e social para o desenvolvimento do setor orgânico, questões que ultrapassam em muito a importancia dos negócios concretizados imediatamente", afirma Rätting. Por isso, os expositores trabalham de maneira que os produtos orgânicos atendam ao conceito de sustentabilidade, ou seja, sejam viáveis tanto economicamente como ambiental e socialmente.

Fonte: Clickaventura.com.br Mundo orgânico

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Cresce a demanda por produtos orgânicos nas redes de supermercados e delicatessens

Séculos antes do nascimento de Crsto, Hipócrates, considerado o pai da Medicina, já alertava para os beneficios à saúde trazidos por uma boa alimentação. E, ao longo dos anos, a ciência comprovou que ingerir alimentos saudáveis pode prevenir diversas doenças e ajudar na manutenção de uma boa qualidade de vida. Isso explica em parte a crescente demanda por produtos orgânicos, cultivados sem agrotóxicos e que possuem alto valor nutricional. De acordo com os resultados de um estudo financiado pela União Européia, alguns tipos de alimentos orgânicos são melhores para a saúde do que os convencionais.

A pesquisa da Newcastle University, na Grã-Bretanha, concluída em 2008, indica que legumes e frutas orgânicos contêm até 40% mais antioxidantes - substâncias que, acredita-se, ajudam a combater câncer e problemas cardíacos - do que seus equivalentes não orgânicos e trazem mais benefícios à saúde por não possuirem pesticidas, que prejudicam também o meio ambiente.

O leite orgânico, por exemplo, pode conter entre 50% e 80% mais antioxidantes do que o leite normal. Trigo, tomate, batata, repolho, cebola e alface orgânicos contem entre 20% e 40% mais nutrientes do que seus equivalentes não-orgânicos, de acordo com a pesquisa. Os resultados também garantem que os orgânicos contêm menos ácidos graxos trans, considerados nocivos à saúde. "A preocupação com o bem estar tem aumentado muito nos últimos anos a demanda por orgânicos nas lojas da Perini", destaca Cristiano Almeida, responsável pelo setor de hortifrutigranjeiros de todas as lojas da rede de delicatessens.

Na Perini, é possível encontrar orgânicos como folhagens, verduras, legumes, algumas frutas, chocolates, açúcar, arroz, chá e cafés. Segundo a nutricionista Izabela Soares, gerente do setor de garantia de qualidade da Perini, os alimentos orgânicos têm um valor nutritivo maior. "É uma garantia de qualidade e, sem dúvida, os alimentos naturais são melhores para a saúde".

Entenda o que é um produto Orgânico

Todo alimento orgânico é muito mais que um produto sem agrotóxicos. É o resultado de um sistema de produção agrícola que busca manejar de forma equilibrada o solo e demais recursos naturais como água, plantas, animais e insetos, conservando-os a longo prazo e mantendo a harmonia desses elementos entre si e com os seres humanos. Deste modo, para se obter um alimento verdadeiramente orgânico é necessário administrar conhecimentos de diversas ciências para que o agricultor, através de um trabalho harmonizado com a natureza, possa ofertar ao consumidor alimentos que promovam não apenas a saúde deste último, mas também do planeta como um todo.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Orgânicos - Que produtos são esses nas prateleiras?

Vemos, ouvimos e falamos, mas afinal o que significa esse rótulo "orgânico" nas embalagens destes produtos?

Muitos já devem ter entrato em contato com a agricultura orgânica, por intermédio de algum tipo de mídia, porém tentaremos aqui dar uma noção mais ampliada do que isso significa.

A agricultura orgânica não é apenas um produto final como alimentos light, hidropônicos, integrais, etc. Envolve muito mais do que um produto. Envolve uma maneira de fazer agricultura. É claro que alguns ja estão se perguntando: mas que maneira é essa?

inicialmente é importante esclarecer o modo com que a grande parte dos alimentos hoje é produzida. Praticamente todos nós comemos produtos da agricultura classificada como "convencional". Tais alimentos são produzidos com o uso de adubos quimicos e agrotóxicos. Essa é a maior diferença entre os produtos orgânicos e os convencionais: eles não são produzidos com o uso de tais práticas, portanto não tem possibilidade alguma de contaminação com produtos tóxicos e químicos.

Acalmem-se, os mais afoitos: a agricultura orgânica não é apenas a produção sem agrotóxicos ou adubos sintéticos químicos. Ela envolve outras tecnologias que são importantíssimas para viabilizar a produção.

A base de tida essa tecnologia é a natureza. A produção orgânica tem como premissa a produção em harmonia com a natureza, isto é, observando as leis ecológicas e utilizando-as para o bem do ser humano, mediante a produção de alimentos saudáveis e isentos de quaisquer contaminantes nocivos. Faz uso da biodiversidade, respeita a sustentabilidade da produção, prega a utilização do controle biológico de pragas e doenças das culturas, o emprego de adubos orgânicos e minerais naturais, enfim, uma lista extensa de técnicas de produção orgânica. Resumindo: toda agricultura orgânica prima pelas diretrizes de ser ecologicamente correta, socialmente justa, economicamente viável e culturalmente aceita.

Hoje no mundo, a agricultura orgânica cresce vertiginosamente em média 30% ao ano. Isso é importante, pois o mundo já a observa como uma alternativa ao risco qe a agricultura convencional representa. Na Europa e nos Estados Unidos, a agricultura orgânica é uma realidade bem mais sedimentada. Existem supermercados especializados só neste tipo de produto. No Brasil, estamos um pouco atrasados neste quesito. Porém em algumas cidades, já vemos projetos bem avançados referente à produção orgânica e para tanto precisamos educar e informar o consumidor sobre esses produtos.

Além dos supermercados, podemos encontrar produtos orgânicos em varejões, feira orgânica, lojas especializadas e em cestas em domicílio. Isso confirma que toda cidade deve buscar incentivar a produção orgânica, começando principalmente pelos pequenos produtores, que atendem grande parte da demanda por esses alimentos. E são esses pequenos produtores, o maior foco da agricultura orgânica, haja vista que conseguem sair das dificuldades que a agricultura atual representa, possibilitando um aumento de renda e uma melhor qualidade de vida, diante de um produto diferenciado.

Por fim, solicitamos atenção: como a agricultura orgânica, sob a ótica mercadológica é bem interessante, o risco de aparecerem oportunistas de plantão é enorme. Por isso existe uma Lei Federal, que regulamenta a produção orgânica, que introduz as certificadoras, que são empresas reconhecidas pelo Ministério da Agricultura, e que dá o aval e reconhecimento aos produtores e empresas que trabalham com produtos orgânicos. Para o consumidos, só fica o trabalho de ler o rótulo "orgânico" e exigir a presença do selo da certificadora de produção orgânica nos produtos.

Fonte: Portal Orgânico
Autor: Equipe Portal Orgânico

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Substância Tartrazina, utilizada em alimentos, pode provocar reações alérgicas como a asma brônquica

São Paulo - A Justiça Federal de São Paulo determinou na segunda-feira que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem prazo de 30 dias para editar ato normativo exigindo que o corante Tartrazina seja mencionado com destaque no rótulo de alimentos que contenham a substância. De acordo com a Justiça, devem constar os seguintes termos: "Este produto contém o corante amarelo Tartrazina que pode causar reações de natureza alérgica, entre as quais asma brônquica, especialmente em pessoas alérgicas ao ácido acetil salicílico".

A sentença foi proferida pelo juiz federal Ricardo Geraldo Rezende Silveira, da 5° Vara Federal de São Paulo, que considera fundamental que o ato normativo seja editado para que haja uniformidade na regulamentação das questões relativas aos alimentos, sobretudo no que concerne à origem dos atos e mesmo para efeito de fiscalização.

O Ministério Público Federal (MPF), autor da ação, funfamentou-se no direito do consumidor em ter informações precisas sobre os produtos postos em circulação, sobretudo quando eles contenham substâncias que possa ser nociva à saúde, como no caso do corante Tartrazina.

Para a Anvisa, a menção da substância no rótulo dos alimentos é suficiente. Mas para o juiz a simples advertência de que na composição do produto está incluído o corante não cumpre o que a Constituição determina nem o que determina o Código de Defesa do Consumidor.

Fonte: O Estadi de São Paulo, por Solange Spigliatti

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Governo dos EUA investe na agricultura Orgânica

O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) anunciou uma verba de 19 milhões de dólares em pesquisas para a agricultura orgânica como parte de um plano para favorecer políticas ambientalmente sustentável e uma maior disponibilidade de recursos alimentares orgânicos.

"A agricultura orgânica é um dos segmentos de maior crescimento para a agricultura americana - dise Kathleen Merrigan, responsável pelo setor agrícola no governo dos EUA - o USDA e o Congresso estão interessados em apoiar o seu desenvolvimento através de estratégias específicas e integração da investigação e educação." O mercado está experimentando um crescimento na demanda que excede os processos de apoio.

Embora as culturas certificadas desde 1997 duplicaram o volume de negócios, na indústria de alimentos orgânicos é registrado um aumento cinco vezes maior, passando de 3,6 bilhões de dólares até 24,6 bilhões, de acordo com pesquisas do USDA.

O setor de orgânicos é agora responsável por 3% das vendas de alimentos e "com um crescimento lento mas constante" está prevista para ir até 19 pontos percentuais até 2013. No mês passado, o USDA previu uma doação de U$1.666.000 em auxilio dos EUA para o Organic Trade Association e para 30 universidades que podem empregar estes fundos especiais.

Fonte. Greenplanet.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Para Idec, sociedade continua vulnerável a agrotóxicos

Entidades de defesa do consumidor defende parceria com supermercados e campanha de esclarecimento à população como forma de reduzir risco de intoxicações.

São Paulo = Líder mundial no consumo de agrotóxicos, o Brasil leva para a mesa alimentos de qualidade incerta, com potencial para casos de intoxicação e doenças provocadas por este tipo de substâncias. Para Adriana Charoux, pesquisadora do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), a sociedade está muito vulnerável neste sentido.

Há fiscalização, mas não em quantidade suficiente para banir o uso inadequado de substâncias amplamente difundidas na cultura agrícola brasileira. Os rótulos de produtos nem sempre informam com clareza quais substâncias foram aplicadas no cultivo dos alimentos. Resta perguntar, questionar, cobrar por informações. Pelo menos enquanto não houver uma legislação específica a respeito da rotulagem em relação a agrotóxicos.

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foram gastos R$ 30 milhões com importação desses produtos. Para Adriana, a questão é antiga, mas que ficou em segundo plano por conta do debate dos transgênicos. O próprio monitoramento do uso desses insumos para um conjunto amplo de substâncias é algo recente.

"O consumidor está muito vulnerável, completamente ameaçado em termos de segurança", analista. "Não há ainda instrumentos específicos que garantam que o produto não esteja contaminado nem vai colocar em risco a saúde e o meio ambiente - com contaminação de lençóis freáticos e de lavouras que não usam agrotóxicos", discute.

Ela defende que a Anvisa deve ter garantido o papel toxicológico. Esse caráter chegou a ser questionado nos últimos anos, a ponto de ter sido proibida pela Justiça, em ação movida por sindicatos patronais de produtores de defensivos agrícolas.

Além da agência, o Ministério da Agricultura também faz o acompanhamento do uso de agrotóxicos, mas com metodologias de coleta de dados distintas. "O Ministério da Agricultura pega os agrotóxicos na origem, na produção dos alimentos. A Anvisa faz levantamento com base naquilo que está sendo comercializado", diferencia.

As aplicações de cada uma das informações precisaria ser mais bem divulgadas, na visão da ativista, com cartilhas por exemplo. "O risco é para todo mundo, afeta a quem entende e a quem não entende do assunto", explica. Um bom exemplo é o acordo com associações de verejistas que adotam, por conta própria, programas de verificação da origem dos produtos. Consumidor

Para Adriana, o consumidor precisa buscar informação no rótulo dos produtos e certificação de origem. "Existe uma série de regulamentos e essa informação deve constar. A gente está lutando para que a presença desses agrotóxicos seja nominada, mas hoje não é", explica.

P que resta, então, é questionar o estabelecimento responsável pela venda final, consultar ouvidorias e serviços de atendimento ao consumidor de fabricantes. " O consumidor precisa perguntar, se não exercer esse direito à informação de fato, essa informação vai ser ainda mais complicada para ele", avisa.

João Perez


Fonte: Rede Brasil Atual

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Governo paga até 30% a mais por produto diferenciado

Brasília - A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) sugeriu, há quatro anos, o pagamento diferenciado para outros produtos orgânicos. "Foi uma forma de valorizar e estimular a produção agroecológica", explicou o diretor de Política Agrícola e Informação da Compania Nacional de Abastecimento (Conab), Silvio Porto. A diferença pode chegar e até 30% em relação a alimentos produzidos convencionalmente.

"Como é um sistema diferenciado, um produto de maior valor biológico, que exige, por parte dos produtores, um desafio muito maior, às vezes, acarretando mais custos, consideramos justo pagar mais", disse.

Os alimentos orgânicos ainda representam uma parcela pequena dentro do programa de aquisição de Alimentos (PAA), que atende o Fome Zero e visa a estimular a agricultura familiar. No ano passado, dos R$ 276 milhões aplicados no PAA, apenas R$ 8,8 milhões, pouco mais de 3%, foram destinados a produtores e cooperativas que forneceram alimentos cultivados sem agrotóxicos.

A participação no programa depende da apresentação de uma prodposta de fornecimento dos produtos à Conab por uma entidade representativa dos agricultores. De acordo com Sílvio Porto, apesar de ainda representarem uma pequena parcela no programa, os produtos orgânicos têm boa demanda.

"Se a produção fosse maior, compraríamos mais. O que acontece, às vezes, é que há organizações sociais que ainda não têm um nivel de articulação muito forte e não dá para reconhecer o produto como orgânico", disse ele.

O Censo Agropecuário 2006, produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), diz que mais da metade dos produtores de orgânicos não participa de qualquer organização social (54%). Entre os que têm algum vínculo organizacionaç, 36,6% são ligados a associações e sindicatos. Os que são ligados a cooperativas representam 5,9%.

De acordo com Porto, com a instituição do marco regulatório para o setor de orgânicos, ao qual toda a cadeia produtiva - dos agricultores aos supermercados - deve se adequar até 31 de dezembro de 2010, a tendência é que o percentual desse tipo de alimento dentro do PAA aumente mais rapidamente com a simplificação da forma de certificar os produtores.

Portaldo Orgânico

Danilo Macedo Alterada

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Carga de trigo vira caso de Justiça após suposta contaminação no Rio

Segundo Anvisa, grãos estão contaminados por fezes de ratos

Agência Estado

O destino de 5.048 toneladas de trigo importadas da Argentina, avaliadas em torno de R$ 2 milhões pela cotação de mercado, está sendo discutido judicialmente no Rio de Janeiro. Para a Coordenação de Vigilância Sanitária (CVS) de Portos, Aeroportos e Fronteiras do Rio de Janeiro, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os grãos estão contaminados por fezes de ratos e devem ser destruídos. Já o Moinho Cruzeiro do Sul, responsável pela importação, abriu discussão na 17° Vara Federal na expectativa de provar que o produto não foi contaminado e pode virar farinha.

Esta quantidade de trigo - parte de uma carga de 9 mil toneladas descarregada em meados de maio - foi estocada no armazém 13. A quantidade de ratos no local atraiui a atenção dos auditores da Receita Federal lotados no porto do Rio, também na zona portuária, que acionaram a Vigilância Agrícola (Vigiagro) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que liberou o trigo antes de o produto sair da embarcação.

A avaliação da CVS da Anvisa, porém, não se ateve às condições do produto, mas ao local do armazenamento, onde foram encontrados ratos. Na Justiça, os advogados do escritório Siqueira Castro, que defente o Moinho Cruzeiro do Sul, contestam a interdição e levantam a discussão sobre os métodos adotados pelos fiscais da Anvisa, principalmente por ter sido coletada apenas uma amostra do produto. Alegam que as fezes estavam no armazém, mas não junto aos grãos.

A Anvisa apresentará em juízo filmes e fotos mostrando os dejetos no armazém e sobre o trigo. Buscará o testemunho de agentes de outras instituições, como a própria Vigiagro, a Companhia de Limpeza Urbana do município(Comlurb) e a vigilância sanitária, municipal e estadual, que também constataram o problema no local. Insistirá que, do ponto de vista da saúde pública, é inconstestável a infestação do local e o comprometimento do trigo, que não deve ser utilizado para a produção de farinha.

A juíza da 17° Vara Federa, Mariana Carvalho Belotti, antes mesmo de pedir explicações à Anvisa, entendeu ser "patente o risco de parecimento do direito, na medida em que a Autarquia Ré exigiu a destruição de 5.048 toneladas de trigo in natura, o que poderá causar prejuízos irreparáveis à autora, caso o procedimento de coleta da prova não tenha seguido os ditames legais e a pena aplicada se mostrem, a posteriori, desarrazoada". Em seguida, nomeou um perito judicial para realizar uma perícia técnica agropecuária.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Brasil é destino de agrotóxicos banidos no Exterior

Apesar de prevista na legislação, o governo não leva adiante com rapidez a reavaliação desses produtos

Campeão mundial de uso de agrotóxicos, o Brasil se tornou nos últimos anos o principal destino de produtos banidos em outros paises. Nas lavouras brasileiras são usados pelo menos 10 produtos proscritos na União Europeia (UE), Estado Unidos e um deles até no Paraguai. A informação é da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com base em dados das Nações Unidas (ONU) e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.

Apesar de prevista na legislação, o governo não leva adiante com rapidez a reavaliação desses produtos, etapa indispensável para restringir o uso ou retirá-los do mercado. Desde que, em 2000, foi criado na Anvisa o sistema de avaliação, quatro substâncias foram banidas. Em 2008, nova lista de reavaliação foi feita, mas, por divergências no governo, pressões políticas e ações na Justiça, pouco se avançou.

Até agpra, dos 14 produtos que deveriam ser submetidos à avaliação, só houve uma decisão: a cihexatina, empregada na citrocultura, será vanida a partir de 2011. Até lá, seu uso é permitido só no Estado de São Paulo.

Enquanto as decisões são proteladas, o uso de agrotóxicos sob suspeita de afetar a saúde aumenta. Um exemplo é o endossulfam, associado a problemas endócrinos, Dados da Secretaria de Comércio Exterior mostram que o País importou 1,84 mil toneladas do produto em 2008. Ano passado, saltou para 2,37 mil toneladas.

- Estamos consumindo o lixo que outras nações rejeitam - resume a coordenadora do Sistema Nacional de Informação Tóxico-Farmacológicas da Fundação Oswaldo Cruz, Rosany Bochner.

O coordenador-geral de Agrotóxicos e Afins do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Luís Rangel, admite que produtos banidos em outros países e candidatos à revisão no Brasil têm aumento anormal de consumo entre produtores daqui. Para tentar contê-lo, deve ser editada uma instrução normatica fixando teto para importação de agrotóxicos sob suspeita. O limite seria criado segundo a média de consumo dos últimos anos.

Fonte: Agência Estado

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Custos explicam diferença de preços

Brasília - Para produzir organicos, usa-se mais mão de obra do que na produção convencional.
Brasília - Custos maiores podem explicar os preços mais altos dos produtos orgânicos nas feiras e nos supermercados. Para alguns produtores, entretando, a comparação pode não ser tão simplista.

O alimento orgânico é mais caro do que o convencioanl, mas esse tipo de comparação não pode ser feita, diz o agrônomo Jorge Artur Chagas de Oliveira, dono do Sítio Alegria, em Brasilia. É mais caro porque não são produtos iguais. "Por isso, os preços são diferentes."

"Não é dizer que o produto orgânico é mais caro. O produto orgânico precisa de mais mão de obra e de mais tempo para a produção", conta Deusmar Alves, dono do Sítio Mangabeira.

O pesquisador Francisco Vilela Resende, da Embrapa Hortaliças, concorda com os produtores e explica que a produção de orgânicos pode ser um pouco mais cara por causa dos custos adicionais, como a certificação e a necessidade de mais mão de obra.

"Mas, com exceção disso, [o gasto com orgânicos] não é tão elevado. No início, o custo pode ser um pouco mais elevado [com a certificação e a mão de obra], mas a partir do momento em que a propriedade começa a funcionar num sistema orgânico de produção, esses custos tendem a se igualar aos da produção convencional", afirma o pesquisador.

"A produtividade do orgânico depende da cultura plantada. Nas 'mais problemáticas', como a do tomate, a da batata e a do morango, a produtividade é menor. Não temos tecnologia para obter a mesma produtividade", diz Resende. Ele ressalta que, nas folhosas, a produtividade, em geral, é a mesma.

No período de transição da terra - quando não se usam mais agrotóxicos, mas a produção ainda não pode ser vendida como orgânica - os gastos são mais elevados."Nesse período de um ano[de conversão] o produtor tem uma diminuição na lucratividade. Esse é um problema, previsaria haver uma forma de subsídio para o produtor resistir e continuar na atividade", afirma Resende. Depois da transição, o lucro do produtor vai aumentar porque os preços são, no minimo, 30% mais altos.

Para Resende, o que explica a diferença no preço é a questão da oferta e da procura, pois a demanda por orgânicos supera a oferta. Ele admite, no entanto, que sempre haverá diferença de preço porque o orgânico é um produto de melhor qualidade.

"Mesmo que a oferta se torne suficiente para atender ao mercado, o produto orgânico tem que custar um pouco mais, porque tem valor agregado. O consumidor deve ter sempre em mente que é um produto de melhor qualidade."

Os consumidores acreditam que o preço, apesar de mais elevado, compensa."É um caro que vale a pena. É uma diferença minima pra quem busca qualidade de paladar e de vida", afirma Clícia Maria da Silva Cardoso. O dentista Fábio José Turco concorda. "Certamente é um comércio mais restrito, mais caro. Porém, existe a certeza de estar consumindo um produto melhor."

Fonte: Agencia Brasil

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Promoção de lançamento do Arroz 7 Grãos Orgânico

Promoção de lançamento do Arroz 7 Grãos Orgânico

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Novos Lançamento na ECOBIO

Conheça os novos lançamentos e promoções da ECOBIO especialmente para você!







Acima de R$30,00 em compras, leve de brinde um pacote de pipoca em alto vácuo.





Arroz 7 grãos e Arroz Misturadinho, compostos de vários tipos de grãos, com muito sabor e ótima qualidade.



Ração Humana Orgânica, a primeira Ração Humana Orgânica certificada do Brasil.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Segundo estudo francês, orgânicos são mais nutritivos

Um novo relatório da Agência Francesa para a Segurança dos Alimentos (AFSSA) concluiu que alimentos organicos são melhores para a saúde e contêm menos pesticidas e nitratos, que têm sido ligados a uma série de problemas de saúde incluindo diabetes e mal de Alzheimer.

Andre Leu, Presidente da Federação Orgânica da Austrália, disse que a avaliação crítica, exaustiva e atualizada sobre a qualidade nutricional dos alimentos orgânicos indica que eles têm taxa mais elevadas de minerais e antioxidantes.

"O estudo da AFSSA foi publicado na revista científica Agronomy for Sustainable Development, uma publicação reconhecida cujos conteúdos são revisados por pares, o que assegura que ele apresenta padrões cientificos rigorosos", disse Leu.

Os principais apontamentos do estudo da AFSSA são os seguintes:
  1. Produtos de plantas orgânicas contêm mais matéria seca(maior densidade nutricional);
  2. Têm niveis mais altos de minerais;
  3. Contêm mais antioxidantes como os fenóis e o ácido salicílico(conhecido por proteger contra cânceres, doenças do coração e muitos outros problemas de saúde);
  4. Há poucos resultados documentados sobre níveis de carboidratos, proteinas e vitaminas;
  5. 94-100% dos alimentos orgânicos não contêm nenhum resíduo de agrotóxicos;
  6. Vegetais orgânicos contêm muito menos nitratos, cerca de 50% menos(altos teores de nitrato estão ligados a uma série de problemas de saude incluindo diabetes e mal de Alzheimer);
  7. Cereais Orgânicos contêm niveis similares de microtoxinas em relação aos orgânicos.

Em 2001, a AFSSA estabeleceu um grupo de especialistas para desenvolver uma avaliação crítica e exaustiva da qualidade nitricional e sanitária dos alimentos orgânicos.

A AFSSA diz que seu objetivo foi alcançar os mais altos padrões de qualidade científica em sua avaliação. Os artigos científicos selecionados para análise se referem a práticas agrícolas bem definidas e certificadas, e apresentam as informãções necessárias sobre desenho da metodologia, parâmetros de medidas válidos e amostragens e análises estatísticas válidas.

Depois de mais de dois anos de trabalho envolvendo cerca de 50 especialistas de todas as áreas específicas incluindo a agricultura orgânica, o consenso final do relatório foi publicado em língua francesa em 2003.

O relatório publicado na revista científica, em inglês é na verdade um resumo deste estudo, e outras partes relevantes têm sido publicadas desde 2003.

As conclusões deste estudo são diferentes das que foram recentemente apresentadas pela Agência de Qualidade de Alimentos do Reino Unido, que foi amplamente criticado por especialistas internacionais pelo uso de metodologia falha e conclusões que contradizem seus próprios dados.

O relatório completo da AFSSA pode ser encontrado no portal e-Campo, atravéz do link abaixo:

www.e-campo.com.br/Banco_de_Imagens/Organicos/PDF/ASD_Lairon_2009.pdf

Fonte: E-campo

segunda-feira, 31 de maio de 2010

ECOBIO APRESENTA VERSÃO ORGÂNICA DE RAÇÃO HUMANA


O produto vem embalado em alto vácuo, o que garante a ausência de radicais livres e a conservação das propriedades nutracêuticas dos ingredientes.


Segundo a empresa, o produto não tem contra-indicações. Os ingredientes da Ração Humana Orgânica são produzidos nas lavouras da empresa. "A Ecobio planta, beneficia e industrializa seus produtos, atuando em toda a cadeia de produção, com objetivo de manter uma alta qualidade constante. Vendemos para todo o Brasil", afirma Roberto Luiz Salet, diretor presidente da Ecobio.


A Ração Humana Orgânica será lançada durante a Bio Brazil Fair. "A feira sempre foi a melhor vitrine para a Ecobio atingir seus clientes. Nessa edição queremos consolidar a Linha Saúde da Ecobio com o lançamento da ração humana. Estaremos buscando contatos para aumentar as vendas no mercado externo. As exportações ainda são tímidas em relação ao mercado nacional", ressalta Salet.


A Ecobio produz alimentos orgânicos no Brasil desde 1984. Como as certificadoras iniciaram o trabalho mais tarde, a empresa começou com a certificação oficial em 1994.


O planejamento estratégico da Ecobio prevê o lançamento de seis novos produtos somente este ano.


Fonte: Bio Brazil Fair(link para a noticia na página da BioBrazilFair.)

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Agricultura Química: benefícios pra quem?

Com o desenvolvimento do conhecimento técnico-científico nossa sociedade foi optando por comsumir produtos cada vez mais dependentes das novas tecnologias. Hoje precisamos classificar de "organicos" quando queremos nos referir a alimentos produzidos sem o uso da tecnologia química, em toda a sua cadeia.

A indústria química do século 20 foi um sucesso retumbante. Uma tecnologia tão poderosa que conquistou mentes, corações e bolsos antes mesmo de se terem respondidas muitas questões sobre a sua segurança para a saúde humana e para o meio ambiente como um todo.

A sociedade foi forçada a consumir em massa produtos(não só alimentos) impregnados de tecnologia química, como se fossem uma nova fruta, saborosa e nutritiva. Hoje, não há alimento no supermercado, fora das prateleiras de orgânicos, que não contenha desde um defensívo agrícola na sua produção até um conservante químico na sua industrialização, sem falar nas emissões de gases e outros efeitos colaterais desse modo de produção.

Estima-se que a indústria química tenha pelo menos 75mil produtos diferentes utilizados em agrotóxicos, alimentos, remédios, plásticos, tintas, papéis, e subprodutos do petróleo. A química permite uma combinação tão fértil que todo ano esta indústria registra pelo menos mil novos produtos no mundo. Diante da falta de alternativas, e de informações, enfiaram-nos guela abaixo substancias químicas que nunca antes haviam habitado o corpo humano. Muitas delas nem estavam presentes na natureza de forma pura.

A pergunta básica é: por que motivo somos obrigados a comer química pura? em outras palavras, esse "alimento" é bom pra quê, ou pra quem? Para a minha saúde não é. com certeza. Ou alguém tem alguma dúvida de que isso não faz bem? Também não é bom para a natureza, está mais do que claro.

Começaram a crescer no mundo as discussões sobre os chamados "disruptores endócrinos". São produtos químicos sintetizados artificialmente e estrogênios naturais produzidos por plantas ou metabólitos de fungos, presentes em champus, detergentes, anticoncepcionais, remédios e outros, amplamente consumidos pela sociedade, que depois de percorrerem os esgotos e lixões dos centros urbanos contaminam o solo e os mananciais, atingem uma cadeia alimentar extensa e provocam doenças nas principais glândulas de homens e animais, inclusive câncer.

Não é preciso ser nenhum gênio para perceber que uma gama enorme de produtos que consumimos hoje só existem para beneficiar atividades de produção, como combater pragas, aumentar a produtividade, a vida útil antes do consumo, reduzir mão-de-obra, melhorar o "custo-benefício", enfim, vários sinônimos de "aumentar os lucros". Não há vantagens qualitativas para o consumidos. Ninguém vende defensivo agrícola fazendo propaganda de seus efeitos sobre as qualidades nutritivas dos alimentos.

Então por que comemos esses produtos? Na verdade caímos nessa armadilha aos poucos, fomos iludidos, usaram muito bem a propaganda, esconderam, omitiram e até mentiram, para fazer parecer que a indústria química, como ela é explorada hoje, é completamente inofensiva. Os desastres já foram muitos até agora: com o metil-mercurio, a talidomida, o dietilestibestrol, o DDT, o PCB e outras sopas de letrinhas, além de tragédias como em Cubatão, na Índia e por aí vai. O balanço de custo-benefício dessa indústria para o mundo já está no vermelho há muito tempo. Mesmo assim, continuamos acreditando nesse modo de produção ganancioso e enganador.

Mas, se entramos nessa onda por falta de alternativas, ou enganados, agora não temos mais desculpa. Sabemos de todas as suas malezas. E, além disso, já é possivel imaginar uma agricultura orgânica em larga escala com inúmeras vantagens sobre agricultura química convencional, entre elas, talvez a mais importante, a sua capacidade de a geração de empregos. Da mesma forma as outras atividades orgânicas como a pecuária, a pscicultura, a criação de frangos, suínos e a florestal.

A produção orgânica não é uma atividade simples e fácil de ser desenvolvida como a princípio se pressupõe. Ela também exige conhecimento e tecnologia, além da mão de obra mais intensiva. No contexto de uma economia verde, talvez seja uma das atividades que tem maior potencial de geração de renda. E, se praticada em escala, tem condições de reduzor significativamente seus custos, barateando seu preço final.

Uma pesquisa feita pela Market Analysis revela que cerca de 17% dos consumidores urbanos brasileiros ja optaram pelos produtos orgânicos, embora o mercado ainda seja abastecido por apenas 2% do total de produtores agrícolas do país. Ou seja, a demanda por esse tipo de alimento já é alta e vem crescendo rapidamente. São mais de 3,5 milhões de brasileiros consumindo produtos orgânicos entre uma e cinco vezes por semana. segundo a pesquisa, realizada nas nove principais capitais do país, na faixa etária entre 18 a 69 ano. Só em São Paulo são mais de um milhão de consumidores, número expressivo, considerada a faixa etária.

A produção de orgânicos tem-se tornado um negócio tão atraente que conquistou rapidamente as redes de supermercados. O diretor da pesquisa da Market Analysis, Fabian Echegaray, diz que a venda desse tipo de produto deixou de ser exclusiva das feiras ecológicas, de rua, ou de lojas especializadas, e ganhou as prateleiras das grandes redes de supermercado. Segundo a pesquisa, 77% dos entrevistados adquirem produtos organicos nos supermercados.

A agricultura orgânica é uma das atividades econômicamente em alta, atualmente, que tem o maior potencial para atender necessidades específicas e urgentes dos paises pobres e emergentes, onde uma grande parcela da produção rural é desprovida de recursos econômicos e tecnológicos para desenvolver uma agricultura química e mecanizada.

No caso do Brasil, calcula-se que através de politicas públicas apropriadas seria possivel absorver nessa modalidade de produção 70% os agricultores familiares hoje excluídos da agricultura químmica. Bastaria vontade politica e investimentos especialmente no treinamento dessa população nos principio agricultura orgânica, que aborda a propriedade como um orgasmo.

sábado, 10 de abril de 2010

Vida longa ao mercado de carbono

Existem alguns temas que caem no gosto da sociedade e passam a ocupar muito espaço nos cenários de comunicação. O aquecimento global é um deles. Aliás, é o tema ambiental que mais mobiliza as atenções no momento. E isto é muito bom. O termo "aquecimento global" retorna 798.000 hits no Google, enquanto "efeito estufa" tem 593.000 hits de presença na internet. Protocolo de Kioto, com "i" tem 654.000 hits e Protocolo de Kioto, com "y" tem outros 852.000. Isto apenas em sites em português. Se a mesma busca for realizada em inglês certamente os números serão astronômicos.

No Brasil a febre atingiu os principais meios de comunicação, a ponto de o tema ser tratado em uma série de reportagens no principal informativo semanal da TV Globo, o Fantástico. E isto para falar somente dos líderes de audiência, porque, em verdade, os temas Efeito Estufa, Protocolo de Kyoto, Crédito de Carbono e outros correlatos tornaram-se corriqueiros nas conversas do dia a dia. Surgem especialistas e consultores de todas as partes, sites, reportagens, propostas de inventário de emissões de carvono, cálculos para a neutralização das emissões e outros modelos de pequenos e grandes negócios.

É bom que na sociedade tenha a percepção de que as emissões de dióxido de carbono na atmosfera estão causando o aquecimento global, que isto, como explica o ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Al Gore, vai levar a grandes catástrofes mundiais, seja no mundo desenvolvido ou nos paises mais pobres. Em seu filme "uma verdade inconveniente", Gore aponta números bastante convincentes para provar que o aquecimento gloval é uma realidade, alerta para a necessidade de adoção de política públicas globais de redução de emissões de carbono na atmosfera e mostra algumas alternativas para o desenvolvimento econômico mais limpo.

Mas este saber social sobre o efeito estupa pode realmente mudar hábitos? Mais, pode fazer com que os acionistas e consumidores tenham uma visão de longo prazo e busquem no presente alternativas sustentáveis? Esta é uma questão que ainda está no ar. Algumas empresas estão embarcando na realização de seus inventários de emissões de carbono completamente às cegas, sem compreender exatamente o que poderão fazer com os resultados. Outras, no entanto, não se preocupam muito com a precisão da medição de suas emissões, desde que possam usar isso para a construção de uma imagem politicamente correta diante de um público cada vez mais sensível às cenas de furacões e grandes blocos de gelo se destacando das calotas polares da Terra.

Este cenário de misrério, onde a ciência assume ares de alquimia, oferece muitas oportunidades para a manipulação de dados e informalções, fazendo oscilar as certezas ao bel ptrazer dos objetivos de quem está com a palavra. É justamente este o jogo de cena que está sendo feito pelo governo dos Estados Unidos, que aproveita os dados que lhe interessam e descarta o que lhe pode ser inconveniente em suas justificativas para não assumir compromissos de redução de emissões no bojo do Protocolo de Kyoto, que foi ratificado em março de 1999 por 23 países, dentre eles o Brasil, e busca alternativas que reduzam a quantidade degases poluentes, em relação aos níveis de 1990, em pelo menos 5,2% até 2012. Isto significa que os países signatários terão que colocar em prática planos para reduzir sua emissão já a partir de 2008.

A moda agora é fazer algo mais reluzente e menos efetivo, a neutralização das emissões de carbono através do plantio de árvores e outras ações que se enquadrem na alínea de "seqüestro de carbono". O marketing resultante destas ações movimenta muitos recursos em comunicação, com resultados pouco significativos em termos de redução real das emissões de carvono na atmosfera. Para se obter resultados relevantes são necessários compromissos mais estruturados e o ingresso consciente em um mercado que se convencionou chamar de "crédito de carbono". Este é até o momento o único caminho capaz de criar um equilíbrio global das emissões de carbono através da transferência de direitos de emissão e de neutralização de fato de emissões via seqüestro de carbono em quatidades industriais.

O Brasil tem no mercado de carbono um cenário de oportunidades e desafio. É tido como um dos países de maior potencial na emissão de certificados de seqüestro de carbono passíveis de negociação no mercado internacional. No entanto ainda não tem organizações realmente estruturadas para obter o maximo desta oportunidade global. Por outro lado, não tem , até 2012,nenhum compromisso formal de redução de suas próprias emissões de dióxido de carbono. Assim como também não têm nossos paradigmas comerciais, a China e a Índia. Portanto, as empresas que atuam em terras brasileiras não deveriam, em tese, ter preocupações em relação às suas emissões. Esta é uma tese, no entanto, que não merece receber muitas fichas em uma aposta real.

As emissões de carbono brasileiras estão divididas entre queima de combustíveis seja para atividades industriais, de transportes ou de geração de enerfia, e uma grande parcela, a maior, da queima de matéria orgânica resultado de desmatamentos florestais, principalmente na Amazônia. Novamente em tese seria fácil ao Brasil reduzir suas emissões de carbono simplesmente parando de devastar as florestas. Este seria o melhor dos mundos. No entanto, não será bem assim. Os paises signatários do Protocolo de Kyoto não estão dispostos a deixar que o Brasil ganho créditos simplesmente deixando de fazer algo que ele não deveria estar fazendo. Ou seja, Parar de desmatar é uma obrigação brasileira e nada tem a ver com as metas de redução de emissão. Isto terá de ser feito com um aperto sério nas empresas.

Este é o ponto de maior controvérsia para os negociadores brasileiros nas conferências de clima nas Nações Unidas. O quanto vale para desmatar? É melhor as empresas partirem do princípio de que não vale nada, e que os medidores virão para suas chaminés. Portanto, devem se preparar desde já para um cenário de grande probabilidade em 2o12, o de terem de efetuar de fato reduções em suas emissões ou ir atrás de certificados de carbono para compensar seus excessos. Dos três países em desenvolvimento mais na mira dos atuais subscritores do Protocolo de Kyoto, o Brasil é o que mais tem a ganhar com a redução de emissões, uma vez que está mais bem estruturado em termos de biocombustíveis e tem melhor capacidade de entrar como grande player no mercado de crédito de carbono.

Índia e China baseiam seu crescimento econônimo na queima de combustíveis fósseis, seja carvão ou petróleo. Nenhuma dos dois países tem a capacidade de alterar drasticamente sua matris energética de forma a manter os níveis de crescimento econômico desde início do século XXI em um cenário de obrigatoriedade de reduções de suas emissões. A compreensão desta limitação de duas economias que mais crescem atualmente pode oferecer ao Brasil e às empresas que atuam aqui importantes vantagens competitivas.

Uma das primeiras coisas a se ter em mente é que será vantajoso para o Brasil assumir metas de redução das emissões de carbono a partir de 2012 e, assim, pressionar China e Índia a também projetarem suas reduções. Neste cenário o Brasil tem mais capacidade de ação a partir de um mercado estruturado de emissão de certificados de crédito de carbono e da utilização de tecnologias limpas. Como vantagem adicional está a decisão da Comissão Européia em reduzir em 20% suas emissões de carbono em relação aos valores de 1990. Um número que pode ser ampliado para 30% caso os Estados Unidos mudem sua posição de ignorar a existência das mudanças climáticas.

As empresas brasileiras que estão realizando os seus inventários de emissões de carbono de forma séria, referendada por organizações e profissionais capacitados, estarão um passo à frente na avaliação de suas ações no novo e possível cenário de restrições das emissões. Saber com antecipação qual é sua posição e poder planejar com calma as ações de compensação pode ser a diferenã entre continuar a crescer ou ter de botar o pé no freio das oportunidades de negócios para o Brasil, na medida em que algumas das grandes empresas européias estão presentes aqui e poderão transferir suas linhas de produtos que ficarem inviáveis na Europa para o Brasil. Isto se o páís estiver preparado para compensar o aumento em suas emissões de CO2.

Ganharão as empresas que conseguirem estabelecer uma fronteira clara entre a reputação de suas ações de caráter socioambiental e, em especial, de competência e qualidade em seus inventãrios de emissões de carbono, e as múltiplas facetas do marketing ambiental que está se estabelecendo através de ações meramente de comunicação. O valor da reputação é o que efetivamente tem o reconhecimento de acionistas e consumidores, sejam pessoas físicas ou as grandes trades responsáveis pelo comércio global, que estarão cada vez mais pressionadas impor critérios ambientais a seus fornecedores.

Por isso é importante que a moda pegue. E mesmo as empresas que estão apostando apenas no marketing acabam por contribuir para mostrar o valor da sustentabilidade e da consistência das ações das empresas comprometidas com resoltados em um mercado que acabou de nascer, mas que certamente terá vida longa.

Por Adalberto Wodianer Marcondes (Diretor responsável da Envolverde)
Fonte: Evolverde

terça-feira, 6 de abril de 2010

Alimentos Orgânicos em alta

De acordo com a pesquisa da Market Analysis, 17,3% dos brasileiros que residem em grandes cidades se dizem consumidores regulares de progutos orgânicos. Pela primeira vez o tema foi incluido no levantamento anual sobre sustentabilidade ambiental e social, realizado pelo instituto desde 2001.

O diretor da Market Analysis, Fabián Echegaray, diz que o resultado ficou acima do imaginado. "Foi uma surpresa porque sempre se acreditou que se tratava de um nicho", comenta. O resultado da pesquisa mostra que já muito mais disposição de comprar esse tipo de produto por parte do consumidor do que se imaginava. "Existe espaço para este mercado crescer e deixar de ser nicho", avalia.

A pesquisa da Market Analysis não teve questões relacionadas a preço, ponto delicado quando se trata de orgânicos, mas levantamentos anteriores indicam que os consumidores estão dispostos a pagar um pouco mais por produtos que apresentem algum benefício em relação à sustentabilidade. A pesquisa ouviu 802 pessoas entre 18 e 69 anos residentes em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Salvador, Porto Alegre, Curitiba, Goiânia e Brasília.

Fonte: Valor Econômico/ Equipe Malagueta

sábado, 20 de março de 2010

Produtos orgânicos em expansão na Espanha

Com um aumento de 33% nas áreas cultivadas de forma orgânica em 2008 (em comparação com 2007) em com 16% do número de operadores que vendem produtos orgânicos, a Espanha é hoje o líder na produção de orgânicos na Europa - segundo a Organic market.info.

Na Europa, o manejo orgânico total da terra é de cerca de 1,3 milhões de hectares. de 2004 a 2008 a área orgânica plantada aumentou 80%, e o numero de agricultores orgânicos aumentou 33%.

Andaluzia é a principal região da Espanha produtora de orgânicos, com uma quota de 60% das terras plantadas no total (mais de 780.000 hectares): as áreas de plantiu orgânico parecem ter crescido 13% em 2009 - de acordo com Ecoalimenta.com. No entanto Castilla-la Mancha, registrou em 2008 o maior crescimento de área planada de forma orgânica, com 147%, e agora é a segunda maior região orgânica do país, com quase 120.000 hectares.

Em 2007, o mercado de alimentos orgânicos espanhol valia 200 milhões de euros, segundo relatórios da Organic market.info, com o gasto anual per capita em alimentos orgânicos de cerca de 8 euros em 2006.

Em 2008, existia mais de 23.000 empresas com certificados orgânicos, um aumento de 16% sobre o ano anterior, com mais de 21.000 produtores, 2.168 processadores e comerciantes, 81 importadores e 380 empresas comerciais, como atacadistas, detentores de armazenamento e distribuidores.

Catalunha, com 441 produtores, tem 120 empresas distribuidoras dos 380 listados nas estatísticas oficiais. Andaluzia, com cerca de 400 processadores, tem a maioria dos produtores de azeite no país. Andaluzia é também líder no processamento e embalagem das frutas e legumes.

Greenplanet.net / Mundo orgânico

segunda-feira, 8 de março de 2010

Chefs de cozinha afirmam que pratos ficam mais saborosos

São Paulo - O sabor e o aroma mais acentuado também são pontos que diferenciam o alimento orgânico do convencional, garante Renato Caleffi, chef de um restaurante paulistano especializado nesse tipo de culinária. "Em termos de produto final, sensorial, o orgânico tem muito mais sabor, muito mais aroma, mais cor e um peso maior, inclusive, do que o convencional.

Ricardo Andrade, que comanda a cozinha de um restaurante em Gonçalvez, no sul de Minas Gerais, observa que o alimento orgânico e "melhorzinho e tem sabor mais forte". Especializado em culinária mineira, o restaurante de andrade usa apenas produto orgânicos na preparação dos pratos. "Cozinha moderna com um toque caipira", define o lema da casa.

A versatilidade dos alimentos produzidos sem aditivos quimicos é outra vantagem apontada pelo chef Renato Caleffi. Ele ressalta, porém, que tais produtos tanto pode ser "destruídos", quando passam por exempli por um processo de fritura, quanto valorizados, em receitas que realçam em seu sabor natural.

Ele aponta ainda a confusão feita pelos que relacionam alimentação orgânica com alimentação vegetariana e outras similares. São coisas diferentes, explica Caleffi, lembrando que existem carne, ovos, laticínios e até bebidas alcoólicas orgânicas.

Quanto ao preço, Caleffi recomenda que não se pénse no fato de o orgânico custar mais, mas no pouco valor do convencional. "O raciocínio não é que o alimento orgânico seja mais caro, o convencional que é muito barato, só que ele causa maleficios". Ele procura combinar ingredientes mais baratos com outros mais caros para oferecer preços mais em conta. Produtos de origem animal, como carnes e laticínios, por exemplo, são os mais caros.

Daniel Mello

Portal Orgânico

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Orgânicos e Saúde. Você ainda tem alguma dúvida? - Parte III

Os antibióticos são amplamente utilizados para garantir a saúde dos frangos criados em confinamento e para prevenir possíveis contaminações. A partir da década de 80, sabe-se que muitas cepas bacterianas vêm se tornando resistentes aos antibióticos e desde a década de 40, a vida útil desses medicamentos passou de 45 para 15 anos. O uso contínuo desses medicamentos promotores de crescimento aumenta o pool de genes de resistência na natureza e essa resistência pode ser trasmitida para os seres humanos. Casos epidêmicos de inflamação do trato urinário pela bactéria E.coli em mulheres são relacionados à resistencia aos antibióticos.

Devido a recorrentes boletins de denúncia sobre a toxicidade e os efeitos adversos dos aditivos, a FDA(Food and Drugs Administrario) estabeleceu, em 1985, o Adverse Reaction Monitoring System (ARMS), um sistema de monitoramento para melhor acompanhar os efeitos aditivos e receber as queixas de sintomas diversos consumidores nos Estados Unidos. A grande maioria das queixas recebidas pelo ARMS diz respeito ao uso do aspartame, dos sulfitos, do glutamato monossódico, dos nitratos e de alguns corantes como o carmim.

Aditivos como os nitratos, utilizados nas carnes congeladas para manter a cor, provocam náuseas e irritação gástrica, além de esconder a putrefação das carnes. Os nitratos convertem-se em nitrosaminas, substâncias de comprovada ação cancerígena. Os sulfitos são utilizados para manter o frescor das frutas e verduras in natura e evitam a descoloração e a fermentação das frutas secas e do vinho. Os sulfitos, considerados seguros até o nicio dos anos 80, foram identificados por pesquisas das FDA como agentes na etiologia de reações alérgicas e de morte entre pacientes asmáticos. Em 1995, o Congresso Americano forçou o FDA a banir os sulfitos das frutas e verduras in natura, mas seu uso continua liberado em batatas, frutas secas e vinho. O BHT e o BHA são substâncias químicas com ação antioxidante, adicionadas aos óleos e aos alimentos gordurosos para prevenir a rancificação dos mesmos.O benzopireno é outro potente agente carcinogênico, utilizado na defumação artificial de carnes, peixes, presuntos e embutidos em geral. A Agência Internacional em Pesquisa de Câncer, ligada a Organização Mundial da Saúde, listou essas substancias como potentes carcinogênicas para os reres humanos.

Corante azul brilhante, a tartazina, usada em balas, e o coante amarelo podem causar sintomas divesos que vão desde irritabilidade e hiperatividade em crianças até irritações gástricas e tumores malignos em cobaias. O corante conhecido como carmim, extraido de um inseto, pode causar reações alérgicas, além de choque anafilático em pacientes hipersensíveis.

O glutamato monossódico contém um isômero sintético, o ácido glutâmico, também encontrado de forma natural, não tóxica, em carnes, nop shoyo e no misso, concedento-lhes sabor característico. este aditivo vem sendo associados a prejuízos neurológicos em crianças, além de mal de Alzheimer e Parkinson em adultos. Estudos em animais associam o glutamato a lesão cerebral, obesidade e degeneração da retina.

Experiências em laboratório ja mostraram que o ciclamato, o aspartame e a sacarina, usados em podutos light, causa câncer em cobaias, Nos seres humanos, a relação câncer e adoçantes é muito difícil de se estabelecer devido à multiplicidade de fatores envolvidos na etiologia da doença e Pa dificuldade de se precisar a ação cumulativa das substancias cancerígenas. Pesquisadores da Utah University alertam que níveis baixos de aspartame induzem a mudanças adversas nas glândulas pituitárias de camundongos.

A irradiação, método de pasteurização fria proibido nos alimentos orgânicos, destrói vitaminas - até 90% da vitamina A na carne de frango, 86% da vitamina B em aveia, e 70% da vitamina C em sucos de fruta. As proteínas são desnaturadas, as vitaminas A, B12, C, E e K sofrem alterações semelhantes às do processo térmico, as gorduras tendem a rancificação pela destruição dos antioxidantes e ocorre a modificação das características organolépticas. Além disso, a irradiação cria novas substancias quimicas em carnes, conhecidas como "produtos radiolíticos" - o benzeno e o formaldeído - de ação carcinogênica.


Dra. Elaine de Azevedo
Equipe Portal Orgânico

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Orgânicos e Saúde. Você ainda tem alguma dúvida? - Parte II

Uma Classe de agrotóxico, os piretróides, está associada a cânceres linfohematopoiéticos e alergias. Os piretróides são utilizados amplamente como inseticidas na forma de pastilhas acionadas através de um interruptor elétrico.
Os herbicidas têm dioxina, substância altamente carcinogênica que foi utilizada na forma de agente laranja na guerra do Vietnã. Muitos combatentes americanos e vietnamitas, e também seus descendentes sofreram as conseqüencias da sua ação carcinogênica.
Estudo realizado em 2003 e publicado no periódico Epídemiology mostra associação entre o uso de herbicidas e fungicidas e infertilidade em mulheres. Na população desse estudo, mulheres que eram estéreis mostravam 27 vezes maior probabilidade de ter tido contato com agrotóxicos nos dois anos anteriores à tentativa de concepção do que mulheres que eram férteis. Outros fatores como o fumo, ganho de peso e consumo de bebidas alcoólicas também foram associados com a infertilidade nesse estudo. Esses dados sugerem que as mulheres que desejam engravidar devem evitar contato direto com agrotóxicos durante pelo menos dois anos antes da tentativa de concepção.
Pesquisa realizada em 2006 e publicada nos Annals of Neurology apresenta as mais fortes evidências, até hoje pesquisadas, do vínculo entre exposição a pesticidas e o mal de parkinson. O estudo envolveu mais de 143.000 homens e mulheres e concluiu que pessoas expostas a pesticidas têm probabilidade 70% maior de desenvolver o mal de Parkinson do que aquelas que não entram em contato com tais substâncias quimicas. Os resultados sugerem que qualquer exposiçãoa pesticidas, seja por atividade profissional ou não, aumenta o risco de uma pessoa desenvolver a doença.
Estudos realizados na Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho e na Universidade de Viçosa avaliaram comparativamente cenouras e maracujás de origem biodinâmica e convencional e atestaram que no primeiro sistema de produção ocorreu um aumento na produtividade emaior durabilidade dos alimentos pesquisados. Outros estudos encontraram maçãs orgânicas mais firmes, tomates orgânicos com menor teor de acidez e trigo de origem biodinâmica, com melhor qualidade de panificação.
Sabe-se que plantas sem pesticidas produzem mais vitaminas e fitoquimicos para se proteger de pestes e condições adversas. Em pesquisa feita com framboesas, morangos e mulho de origêm orgânica foi encontrado um acrescimo de 20 a 58% de flavonóides nesses alimentos. Os flavonóides são fitoquimicos de ação antioxidante com faculdade farmacológicas anticancerígenas e inibidoras de atibidade de agregação plaquetária. Outro estudo realizado em 1999 aponta maçãs orgânicas com um conteúdo maior de flavonóides. No que diz respeito ao conteúdo de vitaminas, um estudo apresentado na American Chemical Society, em 2002, mostra que laranjas de origem orgânica contém até mais de 30% de vitamina C que as de origem convencional.
O ácido linoleico conjugado(ALC), composto de comprovada ação anticancerígena, também foi fruto de pesquisa recente. Um estudo americano publicado na revista The Stockman Grass Farmer mostra que a quatidade de ALC aumenta de 300 a 500% na carne e leite de animais criados em regime de pastagem livre. São animais não confinados e que não recebem aditivos complementares de ácido linoleico sintético na ração.
Previsões da Soil Association, associação de Agricultura Orgânica da Inglaterra, sinalizam que aproximadamente 1/3 dos bebês britânicos ja estão crescendo com uma dieta à base de alimentos orgânicos.
Pesquisa desenvolvida em Botucatu em 2000 constatou a presença de resíduos químicos acima do aceitável em 15% das 12 marcas de leite analisadas. O alto nível de piretróides, um tipo de carrapaticida utilizado no gado, aumenta a excitação das células nerbosas podendo causar insônia, irritabilidade, dor de cabeça, fotofobia, tremores musculares. entre outros sintomas. As crianças sofrem mais com esses efeitos por serem as maiores consumidoras de leite.
o rBST ou somatrotopina recombinante de crescimento bovino é um ormônio transgênico Monsato. Foi criado através da combinação do DNA da vaca com o da bactéria Escherichia coli para que as vacas produzam mais leite. Esta foi uma das primeiras substâncias geneticamente modificadas aprovadas para consumo pelo FDA, em 1993. Acredita-se que seu consumo pode estar associado ao aumento dos índices de câncer de mama e de próstata, puberdade precoce e obesidade. Os estudos sobre a inocuidade de seu uso são contraditórios por isso o rBST continua proibindo no Canadá, Japão, União Européia, Australia, Nova Zelândia, entre outros, com a exceção de 19 países, na maioria não-indústrializados, entre eles o Brasil.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Orgânicos e Saúde. Você ainda tem alguma dúvida? - Parte 1

Uma pesquisa da Agência de Vigilância Sanitária (ANVISA), foi desenvolvida nos estados de São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Pernambuco, no período de junho de 2001 a junho de 2002. O estudo, em sua primeira fase, analisou 1295 amostras dos vegetas pesquisados em supermercados das capitais. O relatório constata que 81,2% das amostras dos vegetais pesquisados exibiam residuos de agrotóxicos. Desse total, 233, ou 22,17% apresentaram irregularidade porque os percentuais de residuos ultrapassavam os limites maximos permitidos pela legislação. Entre as 233 amostras irregulares, 74 continham residuos de agrotoxicos não autorisados para as respectivas cultiras, devido ao seu alto grau de toxidade - como o Dicofol e os Ditiocarbamatos. Do total, 94 estavam acima do LMR(Limite Maximo de Resíduo) e 65 apresentavam irregularidade.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, a contaminação por agrotóxicos atinge um milhão de pessoas, três milhões de toneladas de agrotóxicos são utilizadas em todo o mundo a cada ano e o Brasil consome 5% desses produtos, que atingem 500 milhões de pessoas, expostas aos seus riscos, e que causam um milhão de intoxicações não-intencionais ao ano. Os agrotóxicos causam 700mil dermatoses, 37mil casos de cancer e 25 mil casos de seqüelas neurológicas a cada ano. Existem em todo o mundo, 600 produtos químicos considerados agrotóxicos, com milhares de formulações diferentes e, destes, 200 deixam resíduos em alimentos.

O uso de fertilizantes, no mundo, quituplicou nos últimos 30 anos. No Brasil, segundo dados do Ministério da Agricultura, foram comercializados US$2,5 milhões. comparando-se dados obtidos em amostras de sangue de brasileiros e de ingleses, encontrou-se que os brasileiros possuem 3.9000% a mais de veneno no sangue que os ingleses.

Estudos da Universidade de Pelotas, da Universidade de Santa Cruz do Sul, da Universidade de Campinas (UNICAMP) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro demonstram que os agrotóxicos neurocomportamentais, entre eles, a depressão, que podem levar até o suicidio nos membros das unidades familiares de produção.

Segundo estudo realizado na UFSC em 1998 os agrotóxicos são os agentes toxicos que mais matam no Estado de Santa Catarina, correspondendo ao maior numero de óbitos registrados no Centro de Informaçies Toxicológicas do Hospital da Universidade Federal de Santa Catarina. A cada mês, são cerca de 30 ou 40 casos de intoxicação. A média de cass de intoxicação por agentes químicos variados chega, hoje, a 500 casos registrados anualmente, entre os quais uma média de quinze vão a débito. Os Inseticidas são a classe de uso mais envolvida no grupo das intoxicações não intencionais, seguidos pelos herbicidas.

Fonte:Portal Organico
Dra. Elaine de Azevedo

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Produção pequena é causa dos altos preços, diz gerente de supermercado

Atualmente, na Europa e nos Estados Unidos, já se encontram à venda alimentos orgânicos com preços bem próximos dos convencionais, mas, no Brasil, a diferença entre eles, muitas vezes, pode passar do dobro.

Para a gerente comercial de Alimentos Orgânicos do grupo Pão de Açúcar, Sandra Caíres, o motivo de tanta discrepância está na pequena produção de orgânicos no país.

"Na Europa e nos Estados Unidos, a diferença de custo do orgânico para o convencional fica entre 25% e 40%, no máximo. No Brasil, que ainda está embrionário no setor, as diferenças são absurdas, indo a mais de 100%, porque o país ainda não tem produção em escala", afirmou Sandra.

Segundo ela, existe dificuldade para conseguir alguns tipos de alimentos orgânicos, principalmente frutas, e colocar à venda na rede de supermercados em que trabalha. Como as culturas frutíferas levam mais tempo para ser produzidas, e não há muito incentivo governamental, poucos agricultores conseguem enfrentar todo o processo até conseguir comercializar a produção, ressaltou.

Apesar de os preços ainda serem altos, o consumo de alimentos orgânicos é uma tendência, afirmou Sandra. E, quanto mais a população for se informando e a escala aumentando, os preços irão cair. "Diferentemente do que ocorre nos Estados Unidos e na Europa, onde o consumidor sabe o que é um alimento orgânico e cobra, no Brasil, como esse conhecimento não vem da escola, é o varejo que faz essa oferta. Mas, quando isso acontece, a venda é constante e não tem volta", afirmou.

Ela informou que, de janeiro a abril deste ano, enquanto a venda de produtos convencionais cresceu 10%, na comparação com o mesmo período do ano passado, a de alimentos orgânicos aumentou 40%. Para Sandra, o que tem levado as pessoas a comprar mais orgânicos é a preocupação com a saúde e a segurança alimentar. "O alimento orgânico é rastreado. Você sabe o lote que está comprando, quem é o fornecedor, e tem uma certificação que garante isso."

Para o coordenador de Agroecologia do Ministério da Agricultura, Rogério Dias, muitos supermercados consideram os alimentos orgânicos um nicho de mercado, o que acaba contribuindo para a manter os preços altos. De acordo com o agrônomo, é preciso haver uma rede que integre todos os setores da cadeia produtiva para que exista um mercado justo, como acontece em cidades pequenas, onde o alimento orgânico muitas vezes é vendido nas feiras pelo mesmo preço, ou até mais barato que os demais.

Dias destacou também que é importante o consumidor de orgânicos ter consciência de sua responsabilidade, dando preferência a alimentos da estação e procurando feiras e supermercados que invistam no desenvolvimento desse mercado. "Existe um entendimento entre os homens públicos de que agricultura orgânica não é nicho de mercado. É um novo modelo de desenvolvimento", afirmou.

Fonte: Agência Brasil