terça-feira, 30 de agosto de 2011

Estudo afirma que exposição a pesticidas durante a gravidez pode baixar QI das crianças


Este estudo, diz um dos autores, é importante porque, enquanto outros têm relacionado à exposição a pesticidas para os potenciais efeitos de desenvolvimento, estes são os primeiros a acompanhar os grupos de mães e seus filhos ao longo do tempo e documentar as mudanças no desenvolvimento cognitivo das crianças. Mesmo depois de considerar outros fatores que poderiam explicar as diferenças de QI, como educação materna, o ambiente familiar e a atenção básica possível, ou distúrbios do desenvolvimento, a relação persistiu. "Estes estudos são incomuns porque eles são os primeiros a olhar para a exposição pré-natal a um nível baixo - em níveis que ocorrem na vida cotidiana, e não os níveis de nos envenenar - e seguiram prospectivamente as crianças", diz Brenda Eskenazi, diretora do centro de pesquisas ambientais e de saúde das crianças na UC de Berkeley.

Qual o nível de exposição de pesticidas nas gestantes é prejudicial? Primeiro, os autores observam que os níveis de pesticidas encontrados em seus participantes, embora ligeiramente superior à média nacional, ainda estava dentro da faixa de exposição considerada aceitável nos EUA Além disso, no estudo de Berkeley, os participantes vieram de uma comunidade agrícola na Califórnia, onde eles podiam ter sido expostos a mais agrotóxicos do que o americano médio. E o estudo da Columbia foi iniciado em 1997, quatro anos antes de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) que proibiu o uso em ambientes fechados de clorpirifós.

Ainda assim, existem maneiras de as mulheres grávidas estarem expostos a níveis potencialmente perigosos de pesticidas: através da comida que comem, por exemplo, especialmente frutas e legumes que foram pulverizados com produtos químicos para matar insetos (muitos foram proibidos para uso residencial, mas não para utilização em culturas). Em um estudo em crianças que foram colocados em dietas orgânicas, cientistas descobriram que os níveis de clorpirifós na urina caíram após a sua dieta ser alterada, mas voltou quando começaram a comer alimentos cultivados convencionalmente.





Fonte: http://healthland.time.com


sábado, 27 de agosto de 2011

Agrotóxicos: Contaminação dos alimentos e a saúde pública




Em nome da correria do dia-a-dia, a alimentação variada de antigamente, com legumes, verduras e frutas, tudo cozido e até mesmo plantado em casa, deu lugar a pães, bolachas, comidas instantâneas e enlatados.




Informe Consea

20/04/2011



Um ditado indiano diz que a gente é aquilo que come. A alimentação sempre ocupou lugar de destaque desde as sociedades milenares. As pessoas comiam para satisfazer as necessidades do corpo, mas também da mente. A comida também se encarregou de perpetuar culturas de povos, passando receitas e costumes de geração para geração, até os dias de hoje. No entanto, se a gente é o que come, não temos muito o que comemorar. Em nome da correria do dia-a-dia, a alimentação variada de antigamente, com legumes, verduras e frutas, tudo cozido e até mesmo plantado em casa, deu lugar a pães, bolachas, comidas instantâneas e enlatados.

O resultado dos novos hábitos foi comprovado em agosto de 2010. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou pesquisa em que mostra que a obesidade já é uma epidemia no país. Desde a década de 70, o déficit de alimentação diminuiu, mas o excesso e a obesidade estouraram. Tanto que o IBGE estima que, se for mantido o ritmo de crescimento de pessoas acima do peso, em apenas 10 anos o Brasil terá se igualado aos Estados Unidos.

Ou seja, o brasileiro está comendo mais, no entanto, com menos qualidade, como explica a nutricionista Regina Miranda, presidente do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável do Rio Grande do Sul (Consea). "Há exemplo do trigo, batata, derivados de trigo como pão e macarrão, são dominantes numa dieta diária. Isso, sem sombra de dúvida, empobreceu a alimentação".

A má alimentação não se restringe apenas a ter uma dieta empobrecida e com pouca variedade por causa da dita falta de tempo. Também é consequência de um novo padrão alimentar que vem sendo imposto com a industrialização dos alimentos. As pessoas têm comida barata à disposição, mas com pouco valor nutritivo, carregado de açúcar, sal, conservantes e gordura hidrogenada. A mudança na alimentação, embora atinja toda a sociedade, é mais perversa entre os mais pobres, analisa Regina Miranda.

"O que faz com que as pessoas muito pobres, que têm uma renda baixa, acabam mais destes alimentos porque são mais baratos. Alimentam maior número de pessoas durante o mês. O resultado disso tudo é uma humanidade obesa. É um sistema que obesifica as pessoas, que adoecem muito de doenças relacionadas a maus hábitos alimentares como diabetes, pressão alta, cardiopatia". Neste novo padrão, a comida deixou de ser um alimento e passou a ser tratada como uma mercadoria, vendida aos consumidores, à população. Quem nunca escolheu, no supermercado, a laranja maior, mais lustrosa, a mais bonita? São essas as características que definem o valor nutricional dos alimentos? Há prateiras específicas até mesmo para as crianças, com bolachas e salgadinhos com carinhas e diversos sabores.

Para a nutricionista Regina Miranda, não é a aparência o que deve contar na hora de optarmos por uma alimentação mais saudável, e sim a sua essência. "Não comemos mais alimentos, comemos mercadoria. Aquilo que vou comer estão embutidos outros valores em troca que não são necessariamente importantes para a minha saúde. Tem valor como uma mercadoria que tem que gerar lucro, tem que ter tempo de prateleira, estar maquiada".

Muitas vezes, a comida mais bonita e que pode parecer mais apetitosa aos olhos não é necessariamente a melhor para a nossa saúde. Isso porque, para deixarem o alimento com essa "boa" aparência, os agricultores usam agrotóxicos na hora de plantar e produzir. Em 2009, o Brasil ultrapassou os Estados Unidos e se tornou o líder mundial no uso de veneno agrícola. Foram consumidos 1 bilhão de litros por ano no país. É como se cada brasileiro consumisse, em média, 5 litros de veneno por ano.

A pesquisadora Rosany Bochner coordena o Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (SINITOX). Ligado à Fundação Oswaldo Cruz, o sistema centraliza e divulga os casos de envenenamento e intoxicação registrados na rede nacional. Os casos mais registrados pelo sistema são de efeito agudo, que ocorre quando a pessoa apresenta reações logo após a intoxicação. No entanto, os casos crônicos, em que os efeitos aparecem após a exposição por um longo período aos agrotóxicos, são em grande maioria e não se restringem mais aos agricultores, que lidam diretamente com o veneno. De acordo com Rosany, atinge toda a população, apesar das dificuldades para comprovar que doenças que hoje afetam a população, como câncer, estão relacionadas aos venenos agrícolas.

"Há 10 anos, com certeza não tinha o consumo que se tem hoje. E se você olhar em termos de câncer e tudo mais, essas doenças aumentaram bastante. Se olhar o mapa das doenças hoje, vê que algumas diminuíram com saneamento, vacinas e com algumas coisas que foram feitas. E outras que vêm aumentando. Até porque a vida média aumentou. Mas a questão do câncer chama muito a atenção. Não sei se é uma coincidência, mas se ouve muito".

Ainda há os problemas ambientais, como lembra o integrante da coordenação nacional da Via Campesina, João Pedro Stedile. "Afetam o meio ambiente porque destroem os micronutrientes do solo, contaminam a água do lençol freático, evaporam e voltam com as chuvas. E finalmente, se incorporam com os alimentos e as pessoas que consomem estes alimentos acabam ingerindo pequenas doses permanentes de veneno que vão se acumulando no seu organismo e que afeta, em primeiro lugar, o sistema neurológico e, em segundo lugar pode degenerar as células e se transformar em câncer".

Em 2009, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) constatou que mais de 64% das amostras de pimentão analisadas pelo Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos apontam quantidade de resíduo tóxico acima do permitido. A Anvisa também encontrou , em todos os alimentos analisados, resíduos de agrotóxicos que não são permitidos no Brasil justamente por serem altamente prejudiciais. A pesquisadora Rosany Bochner, da Fundação Oswaldo Cruz, desmistifica a ideia de que a quantidade de agrotóxicos utilizada é proporcional à escala de grãos produzidos no país.

"Em várias coisas ele [Brasil] não é o maior produtor. É uma ilusão achar que o Brasil é o maior produtor de grãos e que precisaria ser o maior consumidor [de agrotóxicos]. E o Brasil passou de segundo para primeiro, não se iluda, foi exatamente quando os outros países proibiram o uso de alguns produtos e nós não. Logicamente que se tinha uma oferta muito grande de produtos que vieram para cá. Com certeza vieram com preço menor, que se começou a consumir mais".

João Pedro Stedile responsabiliza o agronegócio e as grandes empresas por impor esse modo de produção, baseado no uso de venenos químicos. Ele sugere, por exemplo, a indenização das pessoas que sofreram com os efeitos dos agrotóxicos. "Espero que algum dia, inclusive, tenhamos leis suficientes não só para proibir o uso do veneno, mas para exigir que estas empresas indenizem as famílias que tenham pacientes com enfermidades decorrentes dos venenos agrícolas".

Fonte: http://www.asabrasil.org.br/Portal/Informacoes.asp?COD_NOTICIA=6580

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Empresário investe na produção de pães e bolos orgânicos

A preocupação ecológica aumenta no Brasil e a produção de alimentos orgânicos cresce a cada ano no país. Uma empresa de São Paulo aposta no segmento em alta e fabrica pães e bolos sem substâncias químicas, conservantes ou agrotóxicos.Na padaria, a produção é toda orgânica. São bolos, biscoitos e pães integrais que, além de saudáveis, são bem saborosos. O empresário Celso Gelman montou a fábrica em 2003. Adepto da alimentação orgânica, ele percebeu a oportunidade no mercado.
A qualidade é um diferencial da empresa e os produtos são certificados. “A matéria-prima toda tem que ser orgânica, tem uma norma que diz que 95% dos ingredientes devem que ser orgânicos e tem 5% que podem ser convencional”, afirma Gelman.A fábrica faz 1,2 mil pães por semana. São sete tipos diferentes. Do clássico 100% integral aos pães com sabores preparados com legumes orgânicos. Nas receitas entram cenoura, batata doce e abóbora. A produção começa às 5h. Para preparar a massa do pão, são misturados em uma batedeira a farinha integral, o açúcar mascavo e o legume. Em seguida, a massa é cortada e pesada.
Depois, passa por essa máquina para ficar no tamanho certo para ser enrolada. O trabalho é feito manualmente. Depois, a massa é colocada para descansar em uma estufa por 3 horas, tempo necessário para a fermentação. Após essa etapa, é colocada no forno, são mais 40 minutos até ficar pronto. O pão de forma orgânico não tem conservante, por isso a validade é curta. A duração de um produto na temperatura ambiente é de cinco dias. O pão normal dura, em média, três vezes mais. Para abrir uma fábrica de pães orgânicos é necessário ter batedeira, uma modeladora, estufa e um forno.
O investimento é de R$ 40 mil. Entre pães, bolos e biscoitos, a empresa vende, em média, 7 mil produtos ao mês. Os preços são a partir de R$ 5 reais. O faturamento é de R$ 30 mil mensais.“A gente tem colocado os produtos nas lojas, e menos tempo ele emplaca (...). O mercado está em expansão porque as pessoas buscam uma qualidade de vida. As pessoas procuram isso”, diz o empresário.
Clientela
Os clientes estão espalhados pela grande São Paulo, interior paulista e Vale do Paraíba. São 40 pontos de venda. Os produtos orgânicos estão cada vez mais presentes nas lojas. Em um cliente de Gelman, por exemplo, são três corredores de opções saudáveis para o consumidor. Os bolos e pães fabricados pelo empresário ficam expostos nas prateleiras, montados em um dos corredores de grande circulação dos clientes. A loja vende em média 100 itens toda semana. Os pães representam metade das vendas. Um pacote de 400 g custa, em média, R$ 8. “É muito mais saudável. Retarda o envelhecimento, enriquece a nossa saúde, abaixa o colesterol e acrescenta muito mais, né”, opina a cliente Carina Lagiotta.Segundo estimativa do instituto biodinâmico, uma das instituições que certifica esse tipo de alimento no Brasil, o consumo de orgânicos aumenta 30% a cada ano.
“É o manejo dos alimentos que evita a utilização de pesticida ou agrotóxico ou outro defensível químico. Então, todo esse sistema resulta em alimentos que têm esse apelo mais saudável”, afirma a nutricionista Ana Fanelli.Os produtos tornam-se uma alternativa para o consumidor atento com a qualidade da alimentação e a preservação do meio ambiente. “Muito conservante, muita coisa química, muita coisa para dar cor, e acho que isso daí ao final de muitos anos, debilita a saúde das pessoas.
Então, você consumindo produtos orgânicos, tem uma qualidade de vida melhor”, sugere Gelman.Para Carlos Eduardo Gouvêa, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos Dietéticos e Para Fins Especiais, os produtos orgânicos são um grande investimento.“Todo aquele empresário que buscar algum negócio voltado para esse segmento de saudabilidade, ele tem um grande nicho. Na verdade, hoje talvez ainda nicho, mas um grande segmento para o futuro. As pessoas de fato estão preocupadas com a saúde como estarão daqui um tempo. Sempre com aquele trinômio, saúde, tempo e dinheiro, com certeza as pessoas no futuro querem ter os três”, afirma o presidente.



Na Loja Virtual da Ecobio você encontra uma linha de farinaceos de Trigo, Trigo Integral, Linhaças, Trigo Saraceno sem gluten, para você em casa poder fazer seus pães orgânicos.

Também na Loja Virtual você encontra um link com receita do Pão Integral com Linhaça. Não deixe de conferir.






segunda-feira, 22 de agosto de 2011

O que acontece quando você compra orgânicos?





1)Sua comida é mais gostosa

Esta é a simples razão pela qual muitos dos famosos chefs procuram produtos orgânicos.

2) As substâncias químicas ficam fora de seu prato

” Produzido organicamente” significa produzido sem pesticidas, herbicidas ou fungicidas tóxicos ou fertilizantes artificiais que danificam o solo. Um relatório da Academia Americana de Ciências, de 1987, calculou em 1 milhão e 400 mil os novos casos de câncer provocados por pesticidas.

3)Você protege as futuras gerações

Um relatório recente do Environmental Group (Grupo de Trabalho Ambiental) diz: ” Quando uma criança completa um ano de idade, já recebeu a dose máxima aceitável para uma vida inteira de oito pesticidas que provocam câncer”. As crianças são as mais vulneráveis.

4)Você protege a qualidade da água

Somos compostos por 2/3 de água.Pesticidas infiltram nos lençóis freáticos e córregos de água. A Agência de ProteçãoAmbinetal Americana calcula que os pesticidas, alguns deles causadores de câncer, já poluem metade da água potável dos EUA.

5)Você refaz bons solos

Revertemos a perda anual de bilhões de toneladas de terra boa. Na América do Norte, agricultores orgânicos usam compostos e cobertura verde para tornar o solo vivo e saudável novamente. Isso traz de volta o sabor do alimento.

6) Você gasta menos, com melhor nutrição

Um estudo preliminar dos ” Doctor´s Data” (Dados Médicos) de Chicago indica que frutas e hortaliças orgânicas contém 2,5 vezes mais minerais que o alimento produzido artificialmente.

7)Você paga o verdadeiro custo da comida

O alimento orgânico é, na realidade, a forma mais barata de comida. Um alface convencional parece custar 50centavos, mas não se esqueça os custos ambientais e médicos. O escritor Gary Null diz: ” Se você somar o real custo ambiental e social de um pé de alface, ele pode vir a custar de 2 a 3 dólares.

8) Você ajuda o pequeno agricultor

O trabalhador rural precisa ser preservado, não o alimento. Comprar o produto orgânico ajuda a acabar com o envenenamento por pesticidas de cercade um milhão de agricultores por ano, no mundo inteiro, e ajuda a manter as perquenas propriedades.

9) Você ajuda a restaurar a biodiversidade

Fazendas orgânicas criam ecossistemas fortes equilibrados e culturas mistas, em vez de monoculturas, que são mais sensíveis a pragas. Apesar do uso de pesticidas ter aumentado, as perdas por causa de insetos estão cada vez maiores.

10) Você reduz o aquecimento global e economiza energia

O solo tratado com substâncias químicas libera uma quantidade enorme de gás carbônico, gás metano e óxido nitroso, segundo Lovins, do Instituto das Montanhas Rochosas. A agricultura e administração florestal sustentáveis podem eliminar 25% do aquecimento global. Atualmente, mais energia é consumida para produzir fertilizantes artificiais do que para plantar e colher todas as safras



Fonte: http://www.planetaorganico.com.br/saudez.htm




sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Ecobio é destaque em “A Lavoura”


 No Brasil, os produtores familiares representam uma grande base para a produção orgânica. Contudo, uma das características mais comuns é a dificuldade de estabelecimento de uma cadeia produtiva. Esse não é o caso da empresa gaúcha Ecobio, que alcançou esse objetivo e ainda manteve seu perfil familiar: filhos, pais e avó continuam trabalhando desde o plantio até a comercialização de seus produtos orgânicos.

Roberto Luiz Salet, engenheiro agrônomo e sócio da Ecobio traz para esta edição de A Lavoura a trajetória pioneira da empresa, que começou no setor em 1984, pesquisando e adaptando ao Brasil técnicas orgânicas aplicadas na Europa.
Clique no link leia matéria na íntegra.


Fonte: “A Lavoura“



terça-feira, 16 de agosto de 2011

Deixar a merenda escolar mais saudável é desafio para escolas

 Alimentos integrais e orgânicos vão substituir gradativamente outros itens em pratos mais atraentes e elaborados

Silvana de Castro
silvana.castro@pioneiro.com

Como evitar a cara feia das crianças quando é servido na merenda escolar arroz integral ou fígado? A Secretaria de Educação, Cultura e Desporto de Flores da Cunha, na Serra, busca respostas como essa. E para isso, firmou uma parceria com especialistas: chefs da Escola de Gastronomia da Universidade de Caxias do Sul (UCS). No início deste mês, houve o primeiro encontro entre merendeiras das redes municipal e estadual e os chefs de cozinha.
No final de 2010, o município, que é responsável também pela merenda da rede estadual, passou a privilegiar ingredientes mais saudáveis ao comprar os alimentos. Desde então, itens convencionais estão sendo substituídos gradualmente por integrais e orgânicos. No entanto, o paladar dos pequenos não está habituado a essas mudanças. O desafio é deixar atraente a aparência dos pratos. O arroz integral, por exemplo, de cor estranha para iniciantes, pode ficar mais apetitoso se for misturado com algum vegetal e ganhar coloração. O fígado pode ser empanado com farinha de milho orgânico e levado ao forno.
— Estamos tentando associar a nutrição com técnicas que vão ajudar a preparar mais rapidamente os alimentos. Além disso, queremos apresentar os pratos às crianças de outra forma, que fiquem mais bonitos, mais coloridos — conta a nutricionista da secretaria, Heloísa Theodoro.
A iniciativa da cidade despertou o interesse de outros municípios da região, que pretendem colocar em prática projetos semelhantes, conforme o diretor da Escola de Gastronomia Mauro Cingolani. Com o treinamento, o desperdício de comida poderá ser reduzido.
A Escola de Gastronomia, que tem parceria com o Instituto de Culinária Italiana para Estrangeiros, dará outras dicas ao município. Por exemplo: os especialistas estão pesquisando quais peixes podem ser incorporados ao cardápio sem rejeição.
— Tem que ser sem espinha, mas não pode ser caro. Também não deve ter um cheiro muito forte, não pode ser frito — exemplifica Cingolani.
A merenda com nova aparência ainda não foi apresentada às crianças. Paralelamente ao treinamento das 23 merendeiras há um trabalho de reeducação alimentar nas salas de aula. As crianças são conscientizadas da importância de se ingerir determinados ingredientes. Os pais também são envolvidos, para que em casa valorizem um cardápio saudável. Os mais pequenos assistem até a peças de teatro com fantoches que imitam frutas e hortaliças.


 
Fonte: http://www.clicrbs.com.br/especial/rs/bem-estar/19,0,3344817,Deixar-a-merenda-escolar-mais-saudavel-e-desafio-para-escolas.html

sábado, 13 de agosto de 2011

Governo gaúcho vai começar a utilizar alimentos orgânicos no Palácio Piratini


Afirmação foi feita pelo governador Tarso Genro durante almoço que reuniu dezenas de produtores orgânicos de todo o Rio Grande do Sul

Integrantes da CPOrg/RS entregam carta a
governador gaúcho





Por Juarez Tosi, especial para EcoAgência de Notícias Ambientais
O governo gaúcho está trabalhando no sentido de inscrever os produtores orgânicos do Estado a fornecerem toda a alimentação do Palácio Piratini.
A afirmação foi feita pelo governador Tarso Genro nesta quinta-feira (19), durante almoço no Galpão Crioulo do Palácio, que reuniu dezenas de produtores orgânicos de todo o Estado do Rio Grande do Sul.
O almoço fez parte das comemorações dos 90 anos do Palácio Piratini. Na mesa estavam vários secretários de Estado e, representando os agricultores orgânicos, o produtor de bananas de Torres, Nei Dimer.
Entre os diversos manifestos entregues ao governador estava a carta assinada por 34 entidades e organizações que compõe a Comissão da Produção Orgânica do Estado do Rio Grande do Sul, CPOrg/RS.Ao falar aos participantes do almoço, Tarso Genro enfatizou que é obrigação do governante auxiliar a agricultura familiar. "Acredito", disse ele, "que cem por cento dos produtores orgânicos são agricultores familiares.
E nos 90 anos do Palácio Piratini, essa convergência só afirma a natureza do nosso programa". De acordo com o governador, a agricultura familiar tem recebido a atenção do governo federal, como jamais ocorreu na história da agricultura do país.
Toda a alimentação utilizada durante o almoço foi comprada um dia antes na Feira dos Agricultores Ecologistas que ocorre sempre às quartas-feiras na pátio da Secretaria da Agricultura, na Avenida Getúlio Vargas, em Porto Alegre.
O cardápio teve entrada com folhas verdes, tomate, tofu, flores comestíveis e pão de hibisco. No prato principal foi servido escondidinho de aipim com bertalha, arroz, feijão misto, bife de soja, farofa de cenoura, hibisco, cebola e alho. Na sobremesa as opções foram tortas de maçã e banana ou frutas da estação.
Como bebida as opções eram sucos de uva, laranja e folhas verdes.Política de produção orgânicaAo final do almoço o coordenador da CPOrg/RS, José Cleber Dias de Souza, acompanhado pelos integrantes da Comissão, Simone Azambuja, Leonildo Zang e Roni Carlos Bonow, entregou uma carta a Tarso Genro, ao secretário de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Ivar Pavan e a secretária do Meio Ambiente, Jussara Cony, com pedido para que o governo "estabeleça as bases para a construção de uma política estadual de desenvolvimento da produção orgânica, bem como de outras iniciativas que se abriguem sob os conceitos da agroecologia".
A carta elenca quatro sugestões: redução ou eliminação da incidência de ICMS, estimulando a produção e o consumo; apoio ao desenvolvimento de mercados locais, com o estímulo ao surgimento de estabelecimentos de abastecimento popular que aproximem o agricultor do consumidor; apoio à incorporação de produtos oriundos da agricultura familiar agroecológica ao mercado institucional; e políticas de crédito diferenciado (com subsídio) para a produção, em especial a transição para sistemas orgânicos e de agroindustrialização.
Os integrantes da CPOrg/RS querem, ainda, que o atual governo atual reveja as condições estabelecidas em recente decisão do Programa Troca-troca, que permitiu a inclusão de sementes transgênicas naquela iniciativa que deveria apoiar a autonomia e não a dependência dos agricultores familiares gaúchos. "Estamos convencidos", diz a carta, "de que o equívoco encerrado naquela condição, que atende ao interesse do controle das sementes por transnacionais e compromete de forma irremediável a preservação de sementes crioulas, deu-se à revelia de seu conhecimento e, com sua intervenção, será corrigido no interesse da autonomia dos agricultores gaúchos".

Fonte: Juarez Tosi/EcoAgência Ecoagência Solidária de Notícias Ambientais







sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Produção de orgânicos deve crescer 40% em 2011


BRASÍLIA — Apesar de a participação ainda ser pequena no mercado agropecuário brasileiro, a produção de orgânicos vem se multiplicando nos últimos anos. O faturamento dos produtores em 2010 foi de cerca de R$ 500 milhões, segundo estimativa da Associação Brasileira de Orgânicos (Brasilbio), que reúne os produtores, processadores e certificadores.
O valor corresponde a apenas 0,2% dos R$ 255,3 bilhões registrados pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), como referentes ao valor bruto de toda a produção do setor agropecuário no ano passado. Em todo o mundo, segundo a Brasilbio, a estimativa é que os orgânicos movimentem cerca de US$ 60 bilhões por ano, o que equivale a R$ 95,4 bilhões.
Mas o mercado dos alimentos orgânicos cresce a saltos mais largos que o mercado tradicional. No ano passado a estimativa é que tenha aumentado em 40% em relação a 2009. Neste ano o crescimento deve ser semelhante, segundo a Brasilbio, o que deve elevar o faturamento do setor para R$ 700 milhões em 2011. Já a evolução do setor agropecuário tradicional está estimada para 7,4% neste ano, segundo a CNA. “A demanda em todo o mundo por orgânicos cresce acima de 30% ao ano e no Brasil estamos crescendo até 40% nos últimos anos. O consumidor está demandando mais e o produtor está acompanhando. Ainda é um volume muito baixo, mas a tendência é crescer muito”, afirma o presidente da Brasilbio, José Alexandre Ribeiro.
Com o objetivo de gerar visibilidade e disseminar os benefícios dos alimentos produzidos sem agrotóxicos, o Ministério da Agricultura, em parceria com o Sebrae e diversas outras instituições, está promovendo até o próximo dia 5 de junho a 7ª Semana dos Alimentos Orgânicos. O tema da edição deste ano é “Produtos Orgânicos – ficou mais fácil identificar”, com foco na divulgação do selo Produto Orgânico Brasil, que ajuda os consumidores a identificar esses produtos, e da Declaração de Cadastro do Agricultor Familiar, ambos instituídos pelo ministério.
Em 2011 o mercado deve ganhar um impulso em função de ter entrado em vigor a lei que regulamenta a produção de orgânicos no Brasil, segundo Ribeiro. A Lei 10.831/03, que busca garantir a qualidade dos alimentos orgânicos produzidos no Brasil, entrou em vigor em 1º de janeiro deste ano. Decretos presidenciais editados posteriormente à sua aprovação previam que os produtores de orgânicos teriam até 31 de dezembro do ano passado para se adequar às exigências da lei. “A regulamentação ajudou a alavancar o mercado. Tanto os produtores quanto o próprio governo estão divulgando a cultura e as pessoas estão mais conscientes do que é um produto saudável”, afirma Ribeiro.
A agricultura orgânica busca criar ecossistemas mais equilibrados, preservar a biodiversidade, os ciclos e as atividades biológicas do solo. Os produtos orgânicos são cultivados sem o uso de agrotóxicos, adubos químicos e outras substâncias tóxicas e sintéticas. A ideia é evitar a contaminação dos alimentos ou do meio ambiente.

Fonte: http://www.agenciasebrae.com.br/noticia.kmf?canal=199&cod=11962062

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Consumidores recorrem à internet para comprar alimentos orgânicos

O mercado de alimentos orgânicos cresce consideravelmente no Brasil.Dados divulgados pelo projeto Caravana Copa Orgânica, evento itinerante que está visitando as cidades sedes da Copa do Mundo de 2014 para divulgar a produção de alimentos saudáveis, somente no ano de 2010 houve crescimento de 40% no consumo de alimentos livres de agrotóxicos, resultando em uma média de R$ 350 milhões ao ano.Segundo o gestor do projeto Mundo Orgânico promovido pelo Sebrae, a previsão é que no ano da Copa o setor movimentará R$ 700 milhões. Isso porque os estrangeiros que visitarão o Brasil, principalmente os europeus e norte americanos, têm o costume de consumir alimentos orgânicos diariamente.
Mas em muitas cidades brasileiras o consumidor não encontra esse tipo de produto disponível. O principal fator é que ainda há produtores se adaptando a essa nova tendência nacional.A alternativa encontrada por alguns adeptos à alimentação saudável é recorrer à internet para comprar tais produtos. É o caso da moradora da cidade de Maringá (PR), Julia Polônio Haddad Zavadinack.Segundo ela, na cidade onde mora não encontra aveia, macarrão e linhaça orgânicos. “Para obter os produtos orgânicos que consumimos diariamente é necessário comprar pela internet.
Foi assim que achei o site Orgânica Shop”, exemplificou.Adão Bittencourt, morador da cidade de São Gonçalo (RJ), também afirmou que tem dificuldades de encontrar esse tipo de alimento na cidade.Segundo ele, por muitas vezes precisa pesquisar na internet para conseguir produtos orgânicos.“Às vezes era necessário buscar esses tipos de alimentos na cidade vizinha”, relatou.O comércio eletrônico é muito utilizado para o consumo de livros, cd´s e eletrônicos. Entretanto, a internet é o meio mais rentável encontrado por muitos consumidores para suprir a ausência de alimentos orgânicos nas pequenas cidades brasileiras.
 
Fonte: http://www.caravanacopaorganica.com.br/imprensa/consumidores-recorrem-a-internet-para-comprar-alimentos-organicos/

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Informamos para todos nossos amigos que já está disponível em nosso site http://www.ecobiosaude.com.br/​produtos/departamentos/?v=6 as nossas Massas Orgânicas com um desconto de 13%.