terça-feira, 24 de abril de 2012

Especialistas criticam falta de fiscalização do uso de agrotóxicos


 A falta de fiscalização sobre a pulverização de agrotóxicos feita por aviões nas lavouras brasileiras foi criticada pelos participantes durante debate, nesta quinta-feira, da subcomissão da Comissão de Seguridade Social e Família que estuda os impactos desses produtos na saúde  dos brasileiros.
O Brasil tem cerca de 70 fiscais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para cuidar de toda a pulverização aérea de agrotóxicos e adubos feita nas plantações agrícolas do País.
Anualmente, 20 milhões de hectares de lavouras recebem esse serviço, sendo mais da metade dessa área ocupada por soja, de acordo com dados do próprio ministério e do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola
Vale destacar que o Brasil é o país que mais consome agrotóxicos no mundo. Foram cerca de 1 bilhão de litros em 2009. No mesmo ano, 115 pessoas morreram contaminadas com esse tipo de produto e quase 4 mil ficaram intoxicadas segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Desafio
O chefe da Divisão de Aviação Agrícola do Mapa, José Marçal dos Santos Junior, admite que faltam profissionais. “Há uma demanda reprimida de fiscais no ministério, tendo em vista que vários fiscais foram aposentados nos últimos anos, e não houve uma reposição no mesmo volume. Então existe uma carência de fiscais, não só na área de aviação agrícola, mas nas demais áreas de competência do Ministério da Agricultura.
E a falta de fiscalização do uso de agrotóxicos, seja pelo ar ou por terra, é um dos principais desafios da subcomissão da Câmara que avalia a atividade, segundo o presidente do grupo, deputado Osmar Terra (PMDB-RS). “Há leis, aliás, leis até rígidas, mas não há estrutura dos órgãos públicos para fazer o controle disso. Essa é uma questão que também temos que avaliar.”
Para Osmar Terra, o debate mostrou que o problema inclui também a aplicação de agrotóxicos por terra, seja por pessoas ou por máquinas, que atualmente não possui nenhuma regra. Na avaliação do parlamentar, talvez o “problema maior” seja a pulverização feita manualmente, em 85% da área, enquanto a aviação agrícola pulveriza os 15% restantes. “Mas tem que haver também um controle mais rígido possível. Nós queremos que o Brasil produza mais, e que a população esteja mais protegida.”
Pulverização
A pulverização aérea de lavouras é feita por mais de 1300 aeronaves no País, de acordo com o sindicato da categoria. A prática deve seguir regras federais, divididas basicamente assim: o que trata de avião e piloto compete à Agência Nacional de Aviação Civil; já a parte dos agrotóxicos e da saúde humana é de responsabilidade do Ministério da Agricultura.
Entre as obrigações do setor agrícola está a de não fazer pulverizações a menos de 250 metros de mananciais e 500 metros de povoados. Não há regras sobre distância de rodovias nem estimativas oficiais de denúncias sobre violações das normas.

Fonte: http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/AGROPECUARIA/203014-ESPECIALISTAS-CRITICAM-FALTA-DE-FISCALIZACAO-DO-USO-DE-AGROTOXICOS.html 

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Alimentos orgânicos




"As vantagens de se consumir um alimento orgânico são muitas."
A agricultura é uma das maiores atividades do nosso país, gerando muitos empregos e movimentando a nossa economia, além de nos fornecer uma grande variedade de tipos alimenares. Coma necessidade de se poluir menos, foram feitos alguns estudos resultando nos produtos orgânicos.
Os alimentos orgânicos são cultivados sem nenhum tipo de química: agrotóxico, adubos ou fertilizantes. Os produtos apresentam crescimento natural, preservando o solo da contaminação e conseqüentemente os lençóis freáticos, animais e o consumidor.
No ano de 1990 foi criado o “selo verde”, usado para identificar esses produtos e dar segurança ao consuidor de que tal alimento foi cultivado de forma que não polui o meio ambiente. Esse selo ainda é usado, auxiliando-nos na hora das compras. Dois anos após foi realizada a ECO92, na cidade do Rio de Janeiro, criando o termo sustentabilidade, a integração do meio ambiente com o desenvolvimento econômico de uma forma balanceada visando o crescimento controlado.


As vantagens de se consumir um alimento orgânico são muitas, dentre elas a maior concentração de nutrientes, a maior durabilidade, o sabor totalmente real, a isenção de prejuízos à saúde, etc. A única desvantagem atualmente encontrada é o preço do produto, chegado a custar três vezes mais que o produto não orgânico.
A cada dia surgem novas alternativas para cultivo de produtos orgânicos, seja nas hortas em lotes, mandalas com peixes, a pequena lavoura do produtor que sai vendendo de porta em porta, ou até mesmo a própria hortinha no quintal de casa. Ideal seria um preço acessível a todas as camadas da população. Porém, lembrem-se que as formas de produção estão ao alcance de todos e parte de nós a vontade de eliminar de vez do nosso cardápio os agrotóxicos, adubos e fertilizantes.


Fonte: http://www.diariodearaxa.com.br/Materia/Colunista/Paulo-Henrique-Leite/2011/10/Alimentos-organicos/540.aspx 

terça-feira, 10 de abril de 2012

Adubação orgânica reduz custo em até 30%




A adubação orgânica já é bastante disseminada no meio rural. No entanto, cada cultura exige cuidados específicos e apresenta diferentes resultados. A cultura do tomate, por exemplo, tem respondido bem a esse tipo de adubação associado à adubação comum e pode garantir uma redução de custo de até 30% para o bolso do produtor rural. A adubação orgânica no tomate será um dos temas abordados no 2º GVS Irriga, que acontece no dia 06 de agosto, no GVS Centro de Pesquisa e Tecnologia Agrícola.
 
Segundo Nilvo Altman, diretor técnico do grupo Sic Cerrado, a adubação orgânica preza pela utilização de material de composto que não concorre com nutrientes do solo. Normalmente, se utiliza também materiais com aditivos para se obter um fortalecimento da adubação.


— O produtor pode utilizar materiais da propriedade, como esterco e resíduos orgânicos, gerando um composto orgânico de melhor qualidade que a própria matéria-prima. Colocando-se uma quantidade adequada desse composto na cultura, é possível suprir parcialmente ou até totalmente a adubação — afirma o diretor.


De acordo com ele, o grupo tem conseguido resultados satisfatórios misturando a adubação orgânica com a adubação química. Os tomates utilizados em pesquisas são os industriais e são diversas as variedades que respondem bem a esse tipo de adubação. Para Altman, os benefícios são muitos.


— Como a adubação orgânica pode substituir parcialmente a adubação comum, o produtor consegue obter benefícios econômicos, tendo um custo menor. Além disso, existe também o benefício ambiental, já que o produtor consegue reciclar da propriedade partes de nutrientes e matéria orgânica que seriam perdidas — conta.


Ele explica que, quando o agricultor usa a matéria-prima da sua propriedade para fazer um composto adequado a fórmulas especiais e substituindo parcialmente a adubação química, com certeza esse produtor obterá um benefício econômico. De acordo com ele, pode haver uma redução de custo de até 30% ou mais, dependendo da composição utilizada.


— Sempre recomendamos trabalhar com a adubação orgânica em conjunto com a química. O produtor precisa ter um cuidado muito especial com o adubo orgânico, que deve ser sempre formado através de compostagem e deve ser decomposto antes de ser aplicado no solo — orienta o diretor.


Altman diz ainda que, além do benefício econômico e ambiental, a adubação beneficia a cultura, pois através dela o produtor consegue garantir uma condição melhor de estruturação no solo, melhor condição para a planta buscar nutrientes e vigor. Portanto, segundo ele, complementada com a adubação química, a orgânica mostra um benefício visual.


http://www.agorams.com.br/index.php?ver=ler&id=196594

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Apreensão de agrotóxicos ilegais cresce 91% em 2011


Autoridades brasileiras tiraram de circulação 45 toneladas de produtos


A apreensão de agrotóxicos ilegais aumentou 91% neste ano. Nos primeiros nove meses, as autoridades brasileiras tiraram de circulação 45 toneladas de produtos, contra 23 toneladas entre janeiro e setembro do ano passado. O aumento se deve a uma campanha nacional contra os agrotóxicos ilegais. Há dez anos recebe denúncias anônimas e dá suporte para as autoridades policiais.
De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola, de janeiro a setembro, 45 toneladas de agrotóxicos ilegais foram apreendidas no país, 58% correspondem a produtos falsificados, e o restante, a contrabando. O volume é 91% maior na comparação com o mesmo período do ano passado, quando 23 toneladas foram retiradas de circulação. Nos últimos dez anos, 400 toneladas de agrotóxicos ilegais foram apreendidas e 40 pessoas condenadas por crimes ambientais, de sonegação e contrabando.
O serviço Disque-Denúncia já recebeu mais de 15 mil chamadas. O número é o 0800-940-7030. A ligação é de graça e não é preciso se identificar.

Fonte: PORTAL DO AGRONEGÓCIO