segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

JÁ COMEU SEU AGROTÓXICO HOJE?

Provavelmente e infelizmente sim. O Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA) , projeto desenvolvido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) revelou teores de resíduos de agrotóxicos acima do permitido e o uso não autorizado para determinadas culturas. No balanço geral, das 1773 amostras dos dezessete alimentos monitorados (alface, batata, morango, tomate, maça, banana, mamão, cenoura, laranja, abacaxi, arroz, cebola, feijão, manga, pimentão, repolho e uva), 15,28% estavam insatisfatórias. A uva, o morango, a cenoura e o pimentão apresentaram o pior desempenho. Também preocupa que ingredientes ativos banidos em diversas partes do mundo, como acefato, metamidofós e endossulfam, foram encontrados de forma irregular nas culturas de abacaxi, alface, arroz, batata, cebola, cenoura, laranja, mamão, morango, pimentão, repolho, tomate e uva.
Segundo a ANVISA, para diminuir a ingestão de agrotóxicos, “Alimentos orgânicos também são uma boa opção, pois não utilizam produtos químicos para serem produzidos.”
Devemos lembrar também que lavar os alimentos, que é uma regra geral de higiene, não resolve o problema pois os agrotóxicos também estão no solo e penetram no interior dos alimentos através das raízes. Se o “mal deve ser cortado pela raiz”, a solução é a não utilização desses venenos. Além da exposição mais aguda que vitimiza trabalhadores rurais, temos que ter em mente que a exposição a quantidades aparentemente irrelevantes dessas substâncias ao longo dos anos pode provocar diversas doenças degenerativas, incluindo alguns tipos de câncer.
O consumo de orgânicos, a melhor “blindagem” contra os efeitos desses venenos, não é modismo ou exagero. Ações de âmbito mundial enfatizam a necessidade do cultivo orgânico. Recentemente, na França, tivemos a “Semaine sans Pesticides” (semana sem pesticidas). Durante 10 dias, de 20 – 30 de Março, associações, instituições e fazendeiros promoveram atividades educativas sobre os riscos ambientais e de saúde do uso de pesticidas e de como há alternativas viáveis a esses tratamentos químicos. Esse evento foi idealizado em 2006 pela ACAP, Action Citoyenne pour les Alternatives aux Pesticides (Ação da Cidadania para Alternativas aos Pesticidas). Para mais informações visite ACAP (em francês) e a Pesticide Action Network (em inglês).
Veja abaixo a LISTA com os alimentos estudados pela ANVISA e o percentual de amostras insatisfatórias.
DADOS CONSOLIDADOS DO PROGRAMA EM 2008
Cultura Amostras insatisfatórios
%
Abacaxi 9,47
Alface 19,80
Arroz 4,41
Banana 1,03
Batata 2,00
Cebola 2,91
Cenoura 30,39
Feijão 2,92
Laranja 14,85
Maçã 3,92
Mamão 17,31
Manga 0,99
Morango 36,05
Pimentão 64,36
Repolho 8,82
Tomate 18,27
Uva 32,67
Total 15,28



sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Reportagem sobre Produtos Orgânicos na ECOBIO





Estudo desenvolvido por formanda do curso de Administração, Amanda Endler, identificou preocupação da população quanto à saúde.
Uma pesquisa que integrou o trabalho de conclusão de curso da acadêmica e formanda Amanda Endler, do curso de Administração da UNIJUÍ, revelou dados quanto ao consumo de produtos orgânicos no município de Santa Rosa. O estudo sugere que os resultados auxiliem produtores a identificar potencialidades na produção, que produzam produtos que tenham maior demanda no mercado.
Amanda justificou que nos dias atuais a preocupação da sociedade com a saúde e com o meio ambiente vem aumentando gradativamente, sendo que a agricultura orgânica torna-se uma oportunidade de negócio: “para que esse setor continue se expandindo é necessário conhecer melhor o consumidor para que se desenvolvam estratégias para estimular a demanda de orgânicos”.
O trabalho buscou identificar os fatores que influenciam o comportamento dos consumidores de orgânicos no município de Santa Rosa, com intuito de descobrir o que os motiva em sua decisão de compra. Um questionário foi aplicado com 143 consumidores de produtos orgânicos da cidade de Santa Rosa. A coleta ocorreu de forma aleatória, apenas com consumidores de produtos orgânicos. Foram 53% são do sexo feminino; 34% entre 21 e 30 anos, seguidos de 33% entre 31 e 40 anos; a renda dos consumidores é, na maioria, de R$ 3 a 5 mil (50%), seguido de R$ 1 a 3 mil (30%).
Os resultados identificaram que, variáveis como ausência de agrotóxicos, alimento mais saudável, garantia/ segurança de que o produto é orgânico, sentir segurança ao se alimentar, longevidade e qualidade de vida são aspectos fundamentais no comportamento de compra desses consumidores. Questões referentes à conscientização ecológica e a preocupação com o bem estar da família tem maior importância para as mulheres em relação aos homens.
Amanda diz que cada vez mais os orgânicos estão presentes na alimentação diária de consumidores bem informados e que procuram uma melhor qualidade de vida para si próprios e suas famílias: “é de grande valia estudar esse novo tipo de consumidor, mais consciente, mais bem informado, e que apresenta uma preocupação tanto com as questões do ambiente como com o seu bem estar. É necessário que os produtores e os comerciantes desse segmento de alimentos compreendam bem o que os consumidores querem e esperam, bem como o que os motiva na hora da sua tomada de decisão de compra, ou seja, o porquê os mesmos preferem produtos orgânicos a produtos convencionais e também como os mesmos se comportam”.
A acadêmica propõe sugestões, sendo que as principais se relacionam a manutenção do mercado já existente a partir do melhoramento das embalagens, e também da busca por parte dos produtores da certificação para o produto comercializado, uma vez que a garantia de que o produto é orgânico é umas das variáveis identificadas como mais importantes no comportamento de compra na pesquisa realizada. Outra sugestão se dá ao fato de redes de supermercados criarem marcas próprias de alimentos orgânicos gerando assim uma diminuição no preço final desses produtos para os consumidores impulsionando assim o crescimento desse segmento de mercado.
O trabalho, orientado pelos professores Luciano Zamberlan e Pedro Büttenbender, integrou também atividades da aluna como Bolsista de Iniciação Científica (BIC) da UNIJUÍ, no curso de Administração.

Fonte: http://www.unijui.edu.br/content/view/8794/1229/lang,iso-8859-1/

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Orgânicos: brasileiros requerem incrementar o consumo.

Mesmo com renda em crescimento, muitos consumidores ainda não arriscam comprar produtos orgânicos. Segundo pesquisa da GfK, 42% dos brasileiros ainda não incluem esse tipo de produto na cesta de compras.


“Embora os produtos orgânicos tenham um apelo de saudabilidade, que é cada vez mais forte junto aos consumidores, a percepção em geral da população é que possuem preços mais altos que os similares não-orgânicos, mesmo que em alguns casos isso já não corresponda à realidade”, afirmou o diretor de Marketing da GfK, Mario Mattos.


Segundo ele, essa percepção faz com que muitos consumidores não incluam esse tipo de produto na sua opção de compra, principalmente os consumidores de menor renda.


A pesquisa revela que, considerando a classe social, 52% dos que pertencem às classes C e D são os que menos compram alimentos orgânicos. O percentual dos não compradores alcança os 33% considerando as classes A e B.


Idosos compram mais – De acordo com o levantamento, os consumidores que mais compram alimentos orgânicos são os mais velhos. Considerando os 8% de consumidores que sempre compram esse tipo de alimento, 56% têm mais de 56 anos.


“A preocupação e cuidado com a saúde tende a ser maior entre as pessoas de mais idade, gerando maior mudança em hábitos alimentares”, reforça Mattos.


Entre os mais novos, o índice de não compradores é maior na faixa etária que vai de 25 a 34 anos: 44% deles nunca compram orgânicos. Aqueles com idade entre 45 e 55 anos, o percentual de não compradores chega a 45%.


Aspectos regionais também interferem na aquisição de produtos orgânicos. Para se ter uma ideia, a região Nordeste é a que concentra maior parte dos consumidores que nunca compraram alimentos orgânicos: 48%.


A Região Metropolitana de São Paulo, exceto a capital, apresenta um percentual semelhante, de 47%, contrastando com o índice de não compradores da capital paulista, que chegou a 39%. A explicação para essas diferenças, diz Mattos, é a maior concentração de classes com maior renda nessas regiões.


Sobre a pesquisa – O levantamento foi realizado em julho deste ano com 1 mil pessoas, com idade acima dos 18 anos, de 12 cidades das regiões metropolitanas brasileiras: Belém, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.


fonte: Folha de Londrina

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Telefones com problemas na ECOBIO

Olá amigo cliente, estamos encontrando problemas em nossa linha telefonica 55-3557-1001, ja entramos em contato com o serviço tecnico e eles nos deram um prazo de 5 dias.

Durante este periodo, o telefones (55)3557-1001 e está em PÉSSIMA condição de uso.

Entrem em contato conosco pelo fone (55)3557-1136 e os e-mails ecobiosaude.com.br">lojavirtual@ecobiosaude.com.br e ecobio@ecobiosaude.com.br">ecobio@ecobiosaude.com.br.

Obrigado pela atenção e compreensão,

Att.

Equipe ECOBIO.

Os ricos sabem disso e só comem alimentos orgânicos

Agrotóxicos no seu estômago



Os porta-vozes da grande propriedade e das empresas transnacionais são muito bem pagos para todos os dias defender, falar e escrever de que no Brasil não há mais problema agrário. Afinal, a grande propriedade está produzindo muito mais e tendo muito lucro.
Portanto, o latifúndio não é mais problema para a sociedade brasileira. Será? Nem vou abordar a injustiça social da concentração da propriedade da terra, que faz com que apenas 2%, ou seja, 50 mil fazendeiros, sejam donos de metade de toda nossa natureza, enquanto temos 4 milhões de famílias sem direito a ela.
Vou falar das consequências para você que mora na cidade, da adoção do modelo agrícola do agronegócio.
O agronegócio é a produção de larga escala, em monocultivo, empregando muito agrotóxicos e máquinas.
Usam venenos para eliminar as outras plantas e não contratar mão de obra. Com isso, destroem a biodiversidade, alteram o clima e expulsam cada vez mais famílias de trabalhadores do interior.
Na safra passada, as empresas transnacionais, e são poucas (Basf, Bayer, Monsanto, Du Pont, Sygenta, Bungue, Shell química...), comemoraram que o Brasil se transformou no maior consumidor mundial de venenos agrícolas. Foram despejados 713 milhões de toneladas! Média de 3.700 quilos por pessoa.
Esses venenos são de origem química e permanecem na natureza. Degradam o solo. Contaminam a água. E, sobretudo, se acumulam nos alimentos.
As lavouras que mais usam venenos são: cana, soja, arroz, milho, fumo, tomate, batata, uva, moranguinho e hortaliças. Tudo isso deixará resíduos para seu estômago.
E no seu organismo afetam as células e algum dia podem se transformar em câncer.
Perguntem aos cientistas aí do Instituto Nacional do Câncer, referência de pesquisa nacional, qual é a principal origem do câncer, depois do tabaco? A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) denunciou que existem no mercado mais de vinte produtos agrícolas não recomendáveis para a saúde humana. Mas ninguém avisa no rótulo, nem retira da prateleira.
Antigamente, era permitido ter na soja e no óleo de soja apenas 0,2 mg/kg de resíduo do veneno glifosato, para não afetar a saúde. De repente, a Anvisa autorizou os produtos derivados de soja terem até 10,0 mg/kg de glifosato, 50 vezes mais. Isso aconteceu certamente por pressão da Monsanto, pois o resíduo de glifosato aumentou com a soja transgênica, de sua propriedade.
Esse mesmo movimento estão fazendo agora com os derivados do milho.
Depois que foi aprovado o milho transgênico, que aumenta o uso de veneno, querem aumentar a possibilidade de resíduos de 0,1 mg/kg permitido para 1,0 mg/kg.
Há muitos outros exemplos de suas consequências. O doutor Vanderley Pignati, pesquisador da UFMT, revelou em suas pesquisas que nos municípios que têm grande produção de soja e uso intensivo de venenos os índices de abortos e má formação de fetos são quatro vezes maiores do que a média do estado.
Nós temos defendido que é preciso valorizar a agricultura familiar, camponesa, que é a única que pode produzir sem venenos e de maneira diversificada. O agronegócio, para ter escala e grandes lucros, só consegue produzir com venenos e expulsando os trabalhadores para a cidade.
E você paga a conta, com o aumento do êxodo rural, das favelas e com o aumento da incidência de venenos em seu alimento.
Por isso, defender a agricultura familiar e a reforma agrária, que é uma forma de produzir alimentos sadios, é uma questão nacional, de toda sociedade.
Não é mais um problema apenas dos sem-terra. E é por isso que cada vez que o MST e a Via Campesina se mobilizam contra o agronegócio, as empresas transnacionais, seus veículos de comunicação e seus parlamentares, nos atacam tanto.
Porque estão em disputa dois modelos de produção. Está em disputa a que interesses deve atender a produção agrícola: apenas o lucro ou a saúde e o bem-estar da população? Os ricos sabem disso e tratam de consumir apenas produtos orgânicos.
E você precisa se decidir. De que lado você está?

Fonte http://diariogauche.blogspot.com/2009/09/os-ricos-sabem-disso-e-so-comem.html

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Comida orgânica, já provou?



Se o que você busca são alimentos saudáveis, de elevado valor nutritivo e livre de resíduos tóxicos, encha o prato com produtos orgânicos!
Eles são produzidos em total harmonia com a natureza, pois são o resultado de um sistema de produção agrícola que busca trabalhar de forma equilibrada o solo e os recursos naturais - água, plantas, animais, insetos, rotatividade do solo, etc.
Conhecidos por não terem resíduos de agrotóxicos, fertilizantes sintéticos, reguladores de crescimento e aditivos para a alimentação animal, os alimentos orgânicos vêm ganhando espaço importante no mercado brasileiro.
Existem estudos nesta área há mais de 70 anos, mas só agora nós vemos com maior freqüência esses alimentos nas prateleiras dos supermercados, isso sem falar nas vendas pela internet - direto do produtor.
Qual a diferença?
Os alimentos orgânicos são mais nutritivos, mas a principal vantagem é que eles são livres de resíduos de agrotóxicos, que podem causar sérios danos à saúde. Por receberem uma adubação equilibrada, não apresentam excesso de nitratos, que também podem ser cancerígenos.
Há um preconceito de que esses alimentos são menores, menos viçosos, mas independe de serem orgânicos. Esse fato está relacionado ao manuseio do alimento, fazendo-se um manejo correto da produção eles podem ficar tão ou mais vistosos quanto os convencionais.
Geralmente, os produtos convencionais são maiores porque têm mais água, ou seja, adubação com fertilizantes muito solúveis, provocando um maior acúmulo de água. O que acaba fazendo com que tenham teores menores de nutrientes e vitaminas, além de menos sabor.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Do agrotóxico ao orgânico - Casal do interior do RS trocou forma de cultivo e hoje se diz mais satisfeito com os resultados.

Marisa Tonetta e Armando Tomiello moram em um sítio de 3 hectares na área rural de Feliz, município a 80km de Porto Alegre. Por 20 anos, eles usaram agrotóxicos no cultivo de frutas e verduras. Marisa não tem boas lembranças: "Muita dor de cabeça, cansaço, estresse. Eu via que não era normal, que era por causa daquilo (produtos químicos usados no cultivo)".
Ela resolveu, então, plantar algumas variedades sem agrotóxicos ou fertilizantes sintéticos, ou seja, de forma orgânica. Aprendeu as técnicas com um agricultor vizinho e começou a aplicá-las em parte do sítio.


 
Marisa deu início à produção orgânica no sítio em que mora e trabalha com o marido.


Ela queria que o restante da propriedade também fosse cultivado no sistema orgânico, mas Armando resistia. Até que Marisa cansou de tentar convencê-lo.
- Dei uma aperto nele. Se ele não largasse de plantar com veneno, eu disse que não ajudaria mais na roça. Ele levou um susto, falei bem séria e ele resolveu parar totalmente - conta ela, rindo da situação ocorrida há 10 anos e que hoje traz benefícios ao casal. A agricultora diz que a saúde e a disposição melhoraram. Além disso, destaca o "respeito pela natureza": "Se a gente respeita, ela dá em troca".
Eles cultivam morango, uva, tomate, goiaba, figo, amora, hortaliças em geral e frutas cítricas - tudo orgânico. O sítio é rodeado pela mata nativa, que separa a propriedade de algumas plantações vizinhas que utilizam agrotóxicos.



Armando confere a plantação de morangos orgânicos, rodeada pela mata nativa.

Há três anos, eles abriram a "Fruteira Ecológica Horta da Nonna" em Caxias do Sul, onde comercializam todos esses alimentos. Como a produção não usa fertilizantes sintéticos, os produtos só estão disponíveis na época do ano específica de cada um. Em outubro, eles colheram morangos e começaram a colheita de amora, que deve durar um mês e meio.



Amora orgânica pronta para ser colhida.

A filha do casal, Camila Erlo, cuida do estabelecimento. O movimento, segundo Marisa, cresce: "Está melhorando bastante nos últimos tempos. Em um ano, as vendas praticamente dobraram". Ela e o marido formaram uma associação de agricultores orgânicos com outras três famílias de agricultores orgânicos de Feliz. Os produtos do Grupo Orgânico Terra Viva têm certificiação da Ecovida.



Satisfeito com a mudança, Armando caminha entre a mata nativa e a plantação orgânica.

Fonte http://www.programavidaorganica.com.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=541:dona-marisa&catid=37:noticias-organicos&Itemid=170

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

O crescimento dos orgânicos

Alimentos ecológicos são opção saudável ao corpo, ao meio ambiente e à agricultura familiar.



Os produtos orgânicos já caíram na boca do consumidor - tanto como assunto, quanto como item do cardápio. No Brasil, o número de "clientes ecológicos" cresce. E a produção busca expandir cada vez mais a clientela, ainda considerada baixa no país em comparação com o número de produtores. Dados do IBGE apontam 90 mil agricultores de orgânicos no país.
Ao mesmo tempo, o Brasil é um dos maiores consumidores de agrotóxicos do mundo. Fica em primeiro lugar na lista de consumo na América Latina. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária comprovou que 22,17% das frutas, verduras e legumes vendidos em supermercados têm agrotóxicos em excesso. Entre os alimentos com maior quantidade de resíduos químicos, a ANVISA aponta morango, tomate, mamão, maçã, banana, alface, pimentão, cenoura e batata.
Mas agricultores ecológicos afirmam: o consumo de orgânicos no país está em expansão. Alguns supermercados já possuem sessões de orgânicos e feira ecológicas pelo país veem o movimento aumentar. A coordenadora da Comissão da Produção Orgânica no RS, Angela Escosteguy, ressalta: "O Ministério da Agricultura estimava entre 15 e 20 mil produtores orgânicos. Fomos surpreendidos pelos números do IBGE. Passamos a utilizar esse dado, mas lembramos que esses 90 mil são orgânicos por autodefinição, não foi feita ainda constatação técnica de que todos sejam ecológicos".
Para regulamentar o setor, o Ministério da Agricultura deve concluir até o final deste ano um cadastramento de todos os produtores orgânicos no Sistema Brasileiro de Avaliação de Conformidade Orgânica (SISORG). A partir de 2011, a organicidade dos alimentos vai ser comprovada através de um selo do SISORG na embalagem do produto.
Na Europa, o mercado da produção orgânica já se consolidou. O comércio possui a versão orgânica de, praticamente, todos os produtos convencionais. O consumidor paga um pouco mais, mas prefere garantir a qualidade do alimento que consome. A União Europeia (UE) exige que a partir de junho deste ano todos os orgânicos produzidos nos países integrantes da UE contenham nas embalagens um selo padrão que certifique o produto como orgânico.
Diferenças da produção
Os alimentos orgânicos – também chamados de ecológicos, biodinâmicos ou agroecológicos – são produzidos sem fertilizantes químicos, agrotóxicos, transgênicos, hormônios artificiais e conservantes. Para manejo e controle de pragas, a produção orgânica utiliza insumos naturais e biofertilizantes.
Tanto produtos vegetais quanto animais podem ser orgânicos. Basta que a produção seja totalmente isenta de qualquer substância sintética.
Criação de galinhas ao ar livre e com ração natural resulta em carne e ovos orgânicos.
O sistema ecológico utiliza recursos naturais e humanos de maneira equilibrada. Por isso, os benefícios dos orgânicos não se resumem somente à saúde. A agricultura é considerada sustentável por não agredir o meio ambiente, usar o solo sem degradá-lo, respeitar as épocas de cultivo de cada espécie, mater a diversidade de plantas e animais em um ecossistema equilibrado e evitar contaminação e desperdício dos recursos naturais.
Enquanto a agricultura convencional produz dois ou três tipos de alimento através da monocultura, a produção orgânica cultiva de 15 a 18 produtos ao mesmo tempo. Além disso, a agroecologia prioriza a qualidade de vida dos produtores rurais e incentiva a agricultura familiar, a qual produz 70% dos alimentos consumidos no país.
Orgânicos e a saúde
Não há comprovação científica de prejuízos à saúde de quem consome produtos cultivados com agrotóxicos. Mas os benefícios dos orgânicos foram apontados pela Agência Francesa de Alimentação (AFSSA). Pesquisa do instituto, em setembro de 2009, concluiu que produtos vegetais orgânicos têm mais matéria seca e minerais, como ferro e magnésio, e mais polifenóis antioxidantes, como ácido salicílico. O aroma e o sabor são comprovadamente mais acentuados, já que os alimentos são produzidos em um solo mais rico e equilibrado.
Estudo dos EUA apontou que o milho orgânico possui 58% mais componentes polifenólicos, que ajudam a proteger o coração. Tomate, morango e amora orgânicos contêm cerca de 20% mais polifenóis que os convencionais. Outra pesquisa americana, do Organic Center, em 2008, concluiu que alimentos orgânicos possuem em média 25% mais nutrientes que os convencionais, especialmente vitamina C, antioxidantes e proteínas.
Produtos orgânicos de origem animal contêm mais gorduras polinsaturadas, benéficas para o organismo. Os alimentos convencionais têm mais nitrogênio, que, em excesso, pode conter compostos cancerígenos.
Já as conseqüências do uso de agrotóxicos para a saúde dos agricultores foram comprovadas. Na serra gaúcha, uma pesquisa confirmou a relação entre a intoxicação por agrotóxicos e transtornos psiquiátricos, como depressão. Estudos no Egito demonstraram que pessoas que trabalhavam com formulação ou aplicação de agrotóxicos apresentaram distúrbios neurológicos, como neurose depressiva, irritabilidade e disfunção erétil.
Casca orgânica também é alimento
Outro benefício do produto orgânico é a utilização da polpa à casca das frutas e legumes, já que não há agrotóxicos, os quais se concentram majoritariamente na casca do alimento. O consumo dos vegetais em sua totalidade evita o desperdício e permite que se aproveitem todos os nutrientes.
Certificação
Selos privados já fazem a certificação de produtos orgânicos, através de análises e acompanhamento da produção. As certificadoras devem ser credenciadas ao Ministério da Agricultura e trabalhar sob regras internacionais. A certificação é solicitada pelo agricultor. Até 31 de dezembro, os produtores orgânicos devem adequar a cadeia produtiva às regras estabelecidas pelo SISORG.
Para que seja comprovada a organicidade dos alimentos, o Ministério da Agricultura vai analisar os diversos aspectos do cultivo de cada propriedade. Se comprovado orgânico, o alimento vai levar o selo "Produto Orgânico Brasil" na embalagem. Os alimentos vendidos diretamente pelos agricultores familiares, especialmente em feiras, não necessitam da comprovação através do selo. A dica, nesses casos, é para que o consumidor opte por produtos típicos de cada estação (Clique aqui para saber a época de cada vegetal.)
Sobre agrotóxicos
Produzidos a partir do petróleo ou de moléculas químicas (polímeros), os agrotóxicos começaram a ser usados na agricultura na década de 60, com o intuito de aumentar a produção de alimentos. São feitos em laboratório e têm alto potencial de controle de bactérias, fungos e pragas. São populares porque aumentam a produtividade, além de deixarem os alimentos maiores e mais bonitos.
O uso se intensificou com monoculturas como soja, milho e café. Segundo o Departamento de Agricultura da Organização das Nações Unidas (FAO), a tendência causou perda da biodiversidade: monoculturas se tornaram mais produtivas com os agrotóxicos e outras variedades vegetais deixaram de ser cultivadas.
Os chamados "venenos agrícolas" também causaram degradação ambiental pela contaminação do solo e lençóis freáticos. Outro problema apontado pelo FAO decorrente do uso desses defensivos é o êxodo rural. Pequenos agricultores não conseguiram acompanhar a industrialização da produção em larga escala e, com isso, deixaram a área rural.
Problemas ocorreram também na saúde do agricultor. Muitos produtores que trabalhavam com aplicação de agrotóxicos nas lavouras apresentaram sintomas como dores de cabeça e estômago, sonolência, alergias e até doenças mais graves, como paralisias e câncer.
Apesar de a ciência não confirmar que produtos da agricultura convencional sejam prejudiciais à saúde, o alimento orgânico garante segurança ao corpo e ao meio ambiente, como ressalta o superintendente federal de Agricultura no RS, Francisco Signor: "os sinais dados pela natureza mostram que é preciso por em prática a agricultura orgânica, a qual é um processo inovador que representa mais respeito à natureza e às pessoas”.


Fonte: http://www.programavidaorganica.com.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=312:alimentos-organicos&catid=37:noticias-organicos&Itemid=170

sábado, 15 de janeiro de 2011

Brasil usa agrotóxicos proibidos no exterior

Anvisa reavalia quatorze produtos que podem oferecer riscos ambientais e à saúde da população.
O Brasil é o país que mais utiliza agrotóxicos no mundo. No primeiro quadrimestre deste ano, foram 5,5 milhões de toneladas de produtos sintéticos aplicados nas lavouras brasileiras - 7,8% a mais que o consumo no mesmo período de 2009. No país, são liberados, inclusive, produtos banidos em países europeus. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a agricultura brasileira usa cerca de dez agrotóxicos proibidos na União Européia e nos Estados Unidos. No total, 14 insumos agrícolas precisam ser submetidos à reavaliação. Mas, até agora, apenas a cihexatina, utilizada na citricultura, recebeu ordem de banimento, que deve ser cumprida a partir de 2011.
No início de junho, a Anvisa interditou mais de 500 mil litros de agrotóxicos irregulares em duas fábricas da empresa norte-americana Dow AgroSciences, em São Paulo - uma em Franco da Rocha e outra em Jacareí. A medida foi aplicada devido a problemas encontrados na fabricação e comercialização dos insumos. Entre eles, está o herbicida Tordon, utilizado no cultivo do arroz e em pastagens. O produto não possuía controle de impurezas e a rotulagem induzia os agricultores ao erro quanto ao nível de toxicidade. Além disso, as embalagens apresentavam vazamento, o que coloca em risco transportadores e agricultores.
Na unidade de Jacareí, a Anvisa também interditou 15 mil quilos do agrotóxico Mancozeb, por não apresentar identificação de lote ou fabricação. Outros produtos interditados foram 2,4-D técnico, Aminopiralid Técnico e Versene, que estavam com datas de fabricação e validade adulteradas. Além disso, a Dow AgroSciences - quinta maior fabricante de agrotóxicos no mundo - não realizava controle de impurezas do produto 2,4-D, importado da Índia para a fábrica no Brasil. As interdições valem por três meses, ou seja, até setembro os agrotóxicos não podem ser comercializados. Outras penalidades incluem multas de até R$1,5 milhão e cancelamento dos informes de avaliação toxicológica dos agrotóxicos irregulares.
Segundo a Anvisa, as intoxicações e mortes por agrotóxicos constituem problema grave de saúde pública, principalmente no âmbito rural. Para os consumidores dos produtos cultivados com produtos sintéticos, a Anvisa também alerta para possíveis quantidades de venenos agrícolas em alimentos. O Sistema de Vigilância Sanitária brasileiro foi enquadrado no nível mais alto em todos os critérios de perigos à saúde avaliados pela Organização Pan-Americana da Saúde, integrante da OMS.

Regulamentação

O registro de agrotóxicos depende de testes toxicológicos, de impacto ambiental e desempenho agronômico. Os resultados se caracterizam como objeto de propriedade intelectual das empresas detentoras dos produtos. Por lei, o prazo de proteção de informações das novas formulações é de dez anos. Para os produtos que não utilizam novas entidades químicas, a proteção das informações é de cinco anos. O procedimento, entretanto, coloca em conflito o interesse público de acesso à informação e o respeito ao segredo comercial das empresas.

Fonte:  http://www.programavidaorganica.com.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=365:agrotoxicos&catid=40:noticias-agricultura&Itemid=169

Brasil usa agrotóxicos proibidos no exterior

Anvisa reavalia quatorze produtos que podem oferecer riscos ambientais e à saúde da população.
O Brasil é o país que mais utiliza agrotóxicos no mundo. No primeiro quadrimestre deste ano, foram 5,5 milhões de toneladas de produtos sintéticos aplicados nas lavouras brasileiras - 7,8% a mais que o consumo no mesmo período de 2009. No país, são liberados, inclusive, produtos banidos em países europeus. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a agricultura brasileira usa cerca de dez agrotóxicos proibidos na União Européia e nos Estados Unidos. No total, 14 insumos agrícolas precisam ser submetidos à reavaliação. Mas, até agora, apenas a cihexatina, utilizada na citricultura, recebeu ordem de banimento, que deve ser cumprida a partir de 2011.
No início de junho, a Anvisa interditou mais de 500 mil litros de agrotóxicos irregulares em duas fábricas da empresa norte-americana Dow AgroSciences, em São Paulo - uma em Franco da Rocha e outra em Jacareí. A medida foi aplicada devido a problemas encontrados na fabricação e comercialização dos insumos. Entre eles, está o herbicida Tordon, utilizado no cultivo do arroz e em pastagens. O produto não possuía controle de impurezas e a rotulagem induzia os agricultores ao erro quanto ao nível de toxicidade. Além disso, as embalagens apresentavam vazamento, o que coloca em risco transportadores e agricultores.
Na unidade de Jacareí, a Anvisa também interditou 15 mil quilos do agrotóxico Mancozeb, por não apresentar identificação de lote ou fabricação. Outros produtos interditados foram 2,4-D técnico, Aminopiralid Técnico e Versene, que estavam com datas de fabricação e validade adulteradas. Além disso, a Dow AgroSciences - quinta maior fabricante de agrotóxicos no mundo - não realizava controle de impurezas do produto 2,4-D, importado da Índia para a fábrica no Brasil. As interdições valem por três meses, ou seja, até setembro os agrotóxicos não podem ser comercializados. Outras penalidades incluem multas de até R$1,5 milhão e cancelamento dos informes de avaliação toxicológica dos agrotóxicos irregulares.
Segundo a Anvisa, as intoxicações e mortes por agrotóxicos constituem problema grave de saúde pública, principalmente no âmbito rural. Para os consumidores dos produtos cultivados com produtos sintéticos, a Anvisa também alerta para possíveis quantidades de venenos agrícolas em alimentos. O Sistema de Vigilância Sanitária brasileiro foi enquadrado no nível mais alto em todos os critérios de perigos à saúde avaliados pela Organização Pan-Americana da Saúde, integrante da OMS.

Regulamentação

O registro de agrotóxicos depende de testes toxicológicos, de impacto ambiental e desempenho agronômico. Os resultados se caracterizam como objeto de propriedade intelectual das empresas detentoras dos produtos. Por lei, o prazo de proteção de informações das novas formulações é de dez anos. Para os produtos que não utilizam novas entidades químicas, a proteção das informações é de cinco anos. O procedimento, entretanto, coloca em conflito o interesse público de acesso à informação e o respeito ao segredo comercial das empresas.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

“A Monsanto não é confiável” Marie-Monique Robin, Documentarista diz que maior empresa de sementes vende produtos tóxicos e ameaça cientistas

A documentarista francesa Marie-Monique Robin, autora de O Mundo Segundo a Monsanto, dedicou três anos de sua vida para desvendar como uma indústria de químicos virou a maior companhia mundial de sementes geneticamente modificadas (transgênicas) e uma das empresas mais influentes do planeta, segundo a revista Business Week. Marie trabalha há 25 anos com matérias investigativas e recebeu prêmios como o Albert Londres, em 1995, concedido a um documentário sobre o tráfico internacional de órgãos. Em 2004, ela foi aclamada na Europa ao produzir o também premiado Esquadrões da Morte: a escola francesa, sobre a relação do governo francês com ditaduras da Amérioca Latina, nos anos 70. Para escrever a história da Monsanto, Marie analisou 500 mil páginas de documentos e viajou à Grã-Bretanha, Estados Unidos, Índia, México, Brasil, Vietnã e Noruega. A escritora fala a ÉPOCA sobre o seu último livro. Procurada pela reportagem, a Monsanto afirma que “agricultores enxergam um benefício no cultivo de seus produtos”.

QUEM É
Documentarista e jornalista francesa. Seu documentário que denuncia táticas do serviço secreto francês e conexões com a repressão na América do Sul foi premiado pelo Senado da França.
O QUE FEZ
Já publicou livros denunciando uma rede internacional de tráfico de órgãos e a prática da tortura na Guerra da Argélia. O Mundo Segundo a Monsanto virou um documentário feito pela agência de cinema do Canadá. Para investigar a história, passou cinco anos levantando 500 mil páginas de documentos e viajando para Grã-Bretanha, Índia, México, Paraguai, Brasil, Vietnã, Noruega e Itália
ÉPOCA – Existem outras companhias que também desenvolvem a biotecnologia e possuem patentes sobre sementes. Por que fazer um livro exclusivamente sobre a Monsanto?
Marie-Monique Robin - Há cinco anos, quando trabalhava em três documentários sobre biodiversidade e os organismos geneticamente modificados – e ainda acreditava que eles não teriam problemas – eu acabei viajando muito. Fui para Canadá, México, Argentina, Brasil e Índia, e em todas essas regiões eu sempre encontrava denúncias contra a Monsanto. Foi quando eu decidi buscar quem é essa companhia que agora é a maior produtora de biotecnologia e de alimentos geneticamente modificados do planeta.
ÉPOCA – E como seria esse mundo segundo a Monsanto que você descobriu?
Marie - Cheio de pesticidas. Cerca de 70% dos alimentos geneticamente modificados são feitos para serem plantados com uso do agrotóxico Roundup. Ao comer uma transgênico, a pessoa está praticamente ingerindo Roundup. E, ao contrário do que propagou a Monsanto, esse pesticida não é bom ao meio ambiente e muito menos biodigradável. Ele é muito tóxico. Tenho certeza de que nos próximos cinco anos ele vai ser proibido no mundo, tal como aconteceu com outro produto da companhia, o DDT. O mundo segundo a Monsanto também é dominado por monoculturas. O que é um problema para a segurança alimentar, pois concentra a produção de alimentos na mão de poucos. Também considero arriscado deixar a alimentação mundial na mão de companhias que no passado produziam venenos e armas químicas como o agente laranja, despejado por tropas americanas no Vietnã.
“A Monsanto foi condenada a pagar US$ 700 milhões de dólares pela contaminação em Annistion, nos EUA”
ÉPOCA – Os transgênicos são festejados por reduzirem o uso de pesticidas. Eles não teriam ao menos esse lado bom?
Marie – Não, isso é mentira. Os transgênicos não reduzem o uso de agrotóxicos. Pelo contrário, eles geram ervas daninhas cada vez mais resistentes aos agrotóxicos. Os transgênicos são apenas uma forma da Monsanto controlar a produção de alimentos no mundo.
ÉPOCA – Como uma empresa pode ter todo esse poder? Isso não é teoria da conspiração?
Marie – Não, de forma alguma. Tenho todas as denúncias que faço baseada em documentos e estudos científicos. Esse monopólio sobre a comida é um processo que acontece há um tempo. Ele começou com a permissão das patentes das sementes, na década de 80. Isso deu às empresas exclusividade sobre as sementes que selecionam. Depois, vieram as chamadas plantas híbridas, que são estéreis e não produzem outras sementes. E por último, houve os royalities sobre os transgênicos. Agoras as multinacionais podem cobrar para si, uma parte do lucro da colheita dos fazendeiros. Os transgênicos também são produzidos para reagirem com produtos específicos. No caso da Monsanto, 70% tem que ser plantado com o Roundup. O que obrigados o produtor a comprar sementes e agrotóxicos da mesma empresa.
ÉPOCA – Outras multinacionais produzem nesse mesmo padrão. O que comprova que a Monsanto quer controlar a comida do mundo?
Marie - Após a liberação da venda dos transgênicos, a Monsanto começou a comprar todas as produtoras de sementes do mundo. Hoje, ela é a maior produtora de sementes do planeta. O resultado é que se um fazendeiro quiser mudar sua produção de transgênicos, e voltar ao tradicional, daqui a alguns anos, provavelmente ele não vai conseguir mais, pois só vão existir sementes transgênicas, e da Monsanto. Essa já é uma realidade com a soja dos Estados, e o trigo, na Índia. Nos EUA existem processos contra a Monsanto por monopólio, algo similar ao que aconteceu com a empresa de tecnologia Microsoft.
ÉPOCA – E qual seria interesse da empresa em controlar a produção de alimentos?
Marie - Ele querem manter o agrotóxico Roundup no mercado, o produto que responde por 45% do lucro da companhia. Acho que se o Roundup for banido, como acredito que possa acontecer daqui a alguns anos, os transgênicos vão desaparecer. Sem o Roundup, não é interessante ter transgênico.
ÉPOCA – Por que culpar exclusivamente a Monsanto pelas armas químicas do Vietnã? A opção por usar armas químicas foi do governo americano, e não das companhias. E outras empresas também venderam químicos ao governo dos EUA.
Marie - A venda de agente laranja para o governo americano foi um dos negócios mais lucrativos da Monsanto. Mas hoje, nenhuma das empresas que lucraram com esse processo quer se responsabilizar. No Vietnã, eu vi hospitais repletos de crianças deformadas, que nascem assim até hoje, porque o ambiente continua contaminado. Além do agente laranja, também usaram bifenil policlorado (um produto banido no mundo) nas misturas jogadas no país, e que a própria Monsanto sabia serem tóxicas desde 1937. Nem os soldados americanos foram alertados para os riscos. Como confiar que uma companhia com essa história domine a produção de alimentos?
ÉPOCA – Qual é a prova que a Monsanto sabia que estava vendendo algo tóxico?
Marie - Em 2002, os moradores de Annistion, no EUA, ganharam o direito de uma indenização de US$ 700 milhões de dólares da Monsanto. A empresa foi condenada por contaminar o meio ambiente e as pessoas da cidade com a sua fábrica química. Documentos mostram que desde 1937 a Monsanto sabiam dos riscos da toxidade dos PCBs.
ÉPOCA – Os produtos da Monsanto são aprovados por agências como a FDA, que regula alimentos e medicamentos nos EUA. Como dizer que a FDA e outras agências internacionais estão sendo enganadas?
Marie - A Monsanto usa seu poder econômico para pressionar governos e também infiltra seus ex-funcionários em cargos políticos. Esse processo é conhecido como portas giratórias. Tem casos célebres como a de Linda Fisher, que era funcionária da Agência Americana de Proteção Ambiental, e depois foi trabalhar na Monsanto, em 1995, e acabou retornando para EPA, em 2001.
ÉPOCA – Se a empresa possui toda essa blindagem, então não há solução?
Marie - Acho que só os consumidores podem evitar um problema maior. Na Europa isso já começou. Ninguém quer consumir transgênicos que não foram testados. Estão todos assustados com a atual epidemia de câncer.
ÉPOCA – Mas qual a ligação do câncer com os transgênicos?
Marie - Ainda estou pesquisando o assunto. O meu próximo livro vai ser exatamente sobre isso, a relação entre a comida que consumimos depois da Revolução Verde e o aumento de doenças como o câncer e o Parkison. O mais interessante, um processo que começou justamente entre os próprios agricultores, o mais expostos aos agrotóxicos.

Fonte: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI20603-15254,00-MARIEMONIQUE%2BROBIN%2BA%2BMONSANTO%2BNAO%2BE%2BCONFIAVEL.html

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Vale a pena pagar mais por certos orgânicos?

  


Os adeptos da culinária saudável já estão cansados de saber dos benefícios dos alimentos orgânicos - aqueles cultivados e produzidos sem o uso de aditivos químicos e agrotóxicos. Infelizmente, investir 100% nesse tipo de frutas, legumes, folhas e até sucos e carnes ainda custa caro e é privilégio de poucos.

Pensando nisso, conversamos com especialistas para garimpar alguns itens nesse universo orgânico e saber exatamente por quais deles e em que situações realmente vale a pena se pagar mais em nome dasaúde.
Um bom começo para começar a mudar os hábitos à mesa, sem pesar muito no bolso, seria substituir os campeões em agrotóxicos por suas versões orgânicas. Não é à toa. De acordo com a nutróloga Lívia Zimmermann, o consumo diário dessas substâncias nocivas pode intoxicar o organismo, criando um "ambiente" propício ao desenvolvimento de doenças - desde alergias até o câncer a longo prazo. "Há, inclusive, estudos que sugerem que os aditivos químicos, principalmente os corantes encontrados em alimentos industrializados, podem ter relação até com distúrbios psicológicos", alerta Lívia, membro da diretoria da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran).
Reveja sua lista de supermercado
Comer uma salada de tomates, hoje, pode ser uma aventura e tanto, graças ao nível de contaminação dessa fruta - que aparece nas feiras e sacolões cada vez maior e mais vermelha (como um típico efeito do uso de agrotóxicos). "A dona de casa mais atenta pode observar uma película meio esbranquiçada na casca do tomate. É o sinal da presença dos aditivos químicos", explica a nutróloga Lívia Zimmermann.
Trocar o tomate convencional pelo orgânico, portanto, pode valer a pena, especialmente no prato das crianças. Sabe-se que os efeitos dos agrotóxicos são cumulativos - por isso, de acordo com os especialistas, o quanto antes barrarmos boa parte desse contato, melhor.
O tomate é o vilão maior, mas entre os reis da contaminação ainda estão o morango, a melancia, o melão, a abóbora, enfim as frutas rasteiras, além do mamão e das verduras (legumes e folhas). No geral, nos cultivos tradicionais, esses alimentos recebem uma quantidade grande de químicos, por serem mais suscetíveis à ação de pragas, como as ervas daninhas.
Segundo Fernanda Pisciolaro, nutricionista Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), os cuidados devem ser redobrados com alimentos que se come com a casca e com aqueles que não têm casca (a exemplo do morango). Nem as carnes vermelhas escapam dos alimentos que merecem atenção (e que poderiam ser substituídos por sua versão orgânica). Os hormônios de crescimento e antibióticos usados na criação bovina podem causar prejuízos ao organismo. Isso não ocorre com a carne orgânica, resultado de um gado criado em pasto orgânico, com alimentação orgânica e sem o uso de remédios alopáticos.
Ganhos na qualidade e no sabor
"O agrotóxico deixa o morango com gosto de acetona. A fruta orgânica é bem diferente, muito mais saborosa", completa Raquel Diniz, coordenadora do Instituto Akatu, uma organização não-governamental que busca estimular o consumo consciente e sustentável.
José Pedro Santiago e Alexandre Harkaly, diretores da associação de certificação de orgânicos, o Instituto Biodinâmico (IBD), garantem que os alimentos orgânicos contêm uma concentração mais elevada de nutrientes. Para confirmar o que dizem, eles lembram de 41 estudos científicos divulgados, em 2005, pela Soil Association, da Inglaterra, que atestavam uma presença maior de vitamina C, magnésio e fósforo nos orgânicos.
"A laranja, por exemplo, contém 12% mais vitamina C e menos resíduos de nitratos em relação à convencional", comenta José Pedro. Essa maior concentração de nutrientes, segundo o especialista, pode ser vista também no leite orgânico, que apresenta maior quantidade de cálcio e vitaminas.
Reconheça um alimento orgânico
Para ser considerado orgânico, o alimento deve seguir alguns padrões essenciais de plantio e colheita. De início, nada de agrotóxicos ou agentes químicos, como os pesticidas, para "reforçar" a terra e evitar pragas e ervas daninhas.
Normalmente, os produtos vendidos em supermercados apresentam um selo de certificação, desde que tenham, no mínimo, 95% de ingredientes orgânicos. "Para certificar um produto, seguimos diretrizes que vão da produção primária à industrialização, armazenamento e transporte do produto. Além de questões de conservação do solo", afirma Alexandre Harkaly, diretor do IBD. O selo vale tanto para frutas e vegetais, quanto para laticínios e carnes.
Mas, se você tem o hábito de freqüentar feiras ou sacolões e mercadinhos próximos da sua casa, vai uma dica: alimentos orgânicos tendem a ter um aspecto mais feio. Isso reflete tanto no tamanho da fruta, quanto na coloração. Portanto, se você não quer abrir mão dos tomates "vermelhões" e gigantes, porém cheios de agrotóxicos, nem passe perto das prateleiras orgânicas. Ali, a fruta é menor e de um vermelho mais discreto.
Fonte: http://www.nutricaosadia.com.br/2008/12/vale-pena-pagar-mais-por-certos.html

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Beleza natural

Conheça a linha de cosméticos orgânicos lançada por Gisele Bündchen
Ela é considerada uma das mulheres mais lindas do mundo e é reconhecidamente uma defensora do meio ambiente. Por que não aliar essas duas características? Foi justamente isso que Gisele Bündchen fez com o lançamento da Sejaa Pure Skincare, sua linha de cosméticos eco-friendly.
Todos os produtos são feitos com ingredientes 100% naturais e as embalagens são recicláveis. A máscara facial, por exemplo, é à base de glicerina, que ajuda a reter a umidade natural da pele, e argila, que limpa profundamente. Além dela, a linha é composta por hidratante para ser usado durante o dia e creme noturno, que promete melhorar a capacidade da pele produzir colágeno.
Os produtos são comercializados apenas pelo site da marca (http://www.sejaa.com/), mas por enquanto estão disponíveis apenas nos Estados Unidos. Ainda não há previsão de quando a linha começará a ser vendida por aqui, mas também será somente pela internet.
Em entrevista ao seu blog, a modelo disse que criou a linha pensando em um cosmético que ela gostaria de usar. “Queria um creme com ingredientes naturais, no qual eu saberia exatamente a composição e a qualidade. Então, fiz este creme pra mim e para todos que gostariam de usar um produto assim”, disse Gisele. Uma coisa é certa: a Sejaa não poderia ter uma garota-propaganda melhor!

Fonte: http://suapele.terra.com.br/interna.php?id_conteudo=79&pagina=5

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Edição da Biofach 2009 mostrou que a agricultura orgânica caminha para conquistar um mercado cada vez mais expressivo

O segmento de produtos orgânicos é um mercado em expansão no Brasil e no mundo. Prova disso é o crescimento da Biofach América Latina, maior feira do setor, realizada no início do mês em São Paulo. A 7ª edição do evento serviu de vitrine para o lançamento de produtos e também para discutir os principais temas relacionados à área.

A primeira edição, realizada em 2003 contava com 80 expositores, número que chegou a 300 este ano. “Antigamente, ninguém sabia o que era orgânico, mas hoje em dia está ficando uma coisa mais popular”, diz a coordenadora do evento, Rosina Cordeiro.
“A agricultura orgânica brasileira está caminhando para conquistar um mercado expressivo, tanto no País como em outros mercados”, afirmou o coordenador de Agroecologia do Ministério da Agricultura, Rogério Dias, durante abertura da Bio Fach.
De acordo com dados da Federação Internacional de Movimentos de Agricultura Orgânica, o Brasil é o terceiro maior país com áreas destinadas à plantação de orgânicos: 1,8 milhões de hectares, atrás somente de Austrália (12 milhões de hectares) e Argentina (2,8 milhões de hectares).
Legislação
A agricultura orgânica no Brasil passou a ter regras regulamentando, desde o funcionamento do sistema de produção na propriedade rural até os pontos de comercialização, com a publicação de um decreto em 2007. Em maio deste ano foram divulgadas três instruções normativas e a partir de janeiro de 2010, os produtos orgânicos deverão estampar em suas embalagens o Selo Brasileiro de Conformidade Orgânica. Os produtos comercializados pelos agricultores familiares, diretamente aos consumidores, não precisam do selo oficial, basta que estejam cadastrados no Ministério da Agricultura. “A regulamentação do setor e a maior exigência por sistemas produtivos sustentáveis tornam o mercado de orgânicos cada vez mais interessante”, opina o pesquisador da Embrapa Pantanal André Morais.
Para informar a população e incentivar o consumo de alimentos orgânicos, o Ministério da Agricultura criou um site que pode ser acessado no endereço: www.prefiraorganicos.com.br.

Fonte: http://www.jornalentreposto.com.br/sustentabilidade/ambiente-agricola/400-feira-de-organicos-revela-segmento-em-expansao-no-brasil-e-no-mundo

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

A Copa do Mundo de 2010 será oportunidade para orgânicos

A Copa do Mundo de 2014 estimulará vários setores de economia, entre eles o de agricultura orgânica. Com a proposta do governo federal de fazer uma Copa "verde", os agricultores orgânicos terão uma excelente oportunidade para organizar e ampliar a produção, já sob a égide da legislação recentemente aprovada para o setor no país.
Segundo o gerente do projeto Organics Brasil, Ming Liu, após a regulamentação completa da Lei dos Orgânicos (número 10.831, aprovada em 23/12/2003 e regulamentada por meio do Decreto 6.323, de 27/12/2007), "que tem de sair até o fim do ano", ficará mais fácil montar as bases para uma produção orgânica totalmente certificada no País, capaz, inclusive, atender à demanda extra gerada pela Copa do Mundo.
Oportunidade
"Este evento é uma oportunidade para criarmos um sólido potencial de demanda para os orgânicos no País", diz Ming Liu. "Se durante a Copa cada restaurante das cidades-sede incluir um item orgânico em seu cardápio isso já significará um grande crescimento", continua. "Importante é, após a Copa, manter o hábito de consumo orgânico."
Conforme relata Ming Liu, inicialmente o Projeto Organics Brasil (que já conta com 50 associados produtores de orgânicos, voltados essencialmente à exportação), em parceria com o portal Planeta Orgânico (responsável por trazer para o Brasil a Biofach), vai fazer um mapeamento tanto da cadeia produtiva quanto da estrutura de hotéis e restaurantes das cidades-sede que poderão incluir orgânicos em seus cardápios. "Temos quatro anos para isso. Assim que a regulamentação completa da lei sair, vamos investir nesse mapeamento", diz Ming Liu.
No dia 9 de abril, o Organics Brasil e o Planeta Orgânico estarão em Brasília (DF) para apresentar um programa de ação ao governo federal, sobre como será feito este mapeamento e as possibilidades de incluir alimentos orgânicos no cardápio da Copa do Mundo.
Neste programa, relata Ming Liu, será eleita uma cidade-piloto (provavelmente Curitiba), na qual será testada a estratégia tanto de abastecimento quanto de capacitação de mão de obra, além de volume necessário de produção para atender à demanda da Copa e possíveis parceiros, como hotéis, restaurantes e instituições. "São Paulo, pelo potencial de demanda, também deverá entrar nesses testes", acredita Ming Liu.
O Brasil possui hoje 6,5 milhões de hectares cultivados com orgânicos. Na Austrália, maior produtora, a área cultivada é de 11,3 milhões de hectares. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior, de agosto de 2006 a janeiro de 2007, o País exportou 9.500 toneladas de orgânicos, volume que corresponde a US$ 5,5 milhões. Mas as exportações brasileiras podem representar mais que o dobro destes valores. Segundo a Associação dos Produtores e Processadores de Orgânicos do Brasil (BrasilBio), muitas empresas exportam produtos orgânicos que saem do País como convencionais, por isso é preciso, ainda, garantir o reconhecimento internacional.
Texto publicado no jornal O Estado de São Paulo


Fonte: http://www.jornalentreposto.com.br/negocios/mercado/952-copa-sera-oportunidade-para-organicos

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

A salada do Black Eyed Peas

Nos Estados Unidos, comer feijão fradinho é uma tradição que indica bons fluidos. Se for no Réveillon, então, o grão pode ser colocado junto a uma moeda de dólar, para atrair dinheiro e boa sorte no Ano Novo. Neste fim de semana, o tal feijão fradinho (Black Eyed Peas) tem um significado beeem diferente para os pernambucanos, já que a banda norte-americana de mesmo nome está aqui pelas nossas bandas para um super show no domingo. Convidamos o chef Felipe Barreto para elaborar uma receitinha prática usando o ingrediente e ele montou uma salada colorida de feijão fradinho, que é a cara do verão! Confira abaixo:



RECEITA

Salada colorida de feijão fradinho

Por Felipe Barreto



500 g de feijão fradinho

Uma colher de sal

200 g de presunto cru fatiado

1/2 pimentão vermelho cortado em cubinhos

1/2 pimentão amarelo em cubinhos

1 cebola roxa em cubinhos

2 colheres de sopa de salsa picadinha

1/2 xícara de azeite extra virgem

2 colheres de sopa de vinagre balsâmico

Sal e pimenta à gosto



MODO DE PREPARO

Cozinhe o feijão fradinho com uma colher de sal, até ele ficar al dente; depois de cozido escorra o feijão e reserve. Corte em tirinhas o presunto cru e misture todos os outros ingredientes em um recipiente. Por último, junte o feijão fradinho, ajuste o sal e a pimenta. Coloque a salada na geladeira, em um recipiente coberto, e sirva resfriado.

Fonte: http://jc3.uol.com.br/blogs/blogsocial1/canais/notas/2010/10/15/a_salada_do_black_eyed_peas_81397.php

Rosana Jatobá vai alimentar seus gêmeos com orgânicos

Jornalista se preocupa com o meio ambiente ao montar enxoval das crianças


Grávida de seis meses de um casal de gêmeos, Rosana Jatobá contou à revista Contigo!, que chega às bancas na próxima quarta-feira (3), que vai dar alimentos orgânicos aos filhos:
“Quando eles começarem a comer papinha, vou fazer tudo com alimentos orgânicos”, disse ela. A moça do tempo do Jornal Nacional, da Globo, é preocupada com o meio ambiente e faz escolhas conscientes na hora de comprar o enxoval dos pequenos: apenas roupinhas de algodão, que menos agridem o planeta.
Fonte: http://ofuxico.terra.com.br/arquivo/noticias/2010/11/01/rosana-jatoba-vai-alimentar-seus-gemeos-com-organicos-76728.html

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Consumo de aveia ajuda no controle do colesterol e do peso

Cereal também regula índice glicêmico, diabetes e funções intestinais

Consumir aveia todos os dias, preferencialmente no café da manhã, ajuda o corpo a repor as energias durante o resto dia e auxilia na prevenção de doenças imunológicas, gastrointestinais, cardíacas e metabólicas. De acordo com o médico nutrólogo e presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), Durval Ribas Filho, além de ser uma conhecida fonte de fibras, o cereal contém quantidade valiosa de proteínas, vitaminas, ácidos graxos insaturados e minerais, e também apresenta capacidade antioxidante, o que previne o aparecimento de doenças.

— As principais indicações da ingestão de aveia estão relacionadas à regulação da função intestinal, monitoramento de peso, diabetes e hiperglicemia, síndrome metabólica e controle do colesterol — explica o médico.

Ele cita que, no caso do colesterol, os benefícios são ainda mais evidentes, pois o consumo de aveia dentro de uma dieta balanceada reduz consideravelmente os níveis da doença e de absorção de carboidratos de alto índice glicêmico. Mesmo com todas as vantagens do consumo do cereal, Ribas alerta que é preciso ter ponderação.

— Como todo tipo de alimento, não é bom exagerar na alimentação com aveia, pois ela pode predispor ao meteorismo e flatulência — salienta.

Controle do colesterol

O benefício mais evidente do consumo de aveia, segundo o médico nutrólogo, é o controle do colesterol e doenças cardiovasculares. De acordo com ele, no Brasil, a ANVISA já reconheceu esse benefício e registrou a aveia como um alimento funcional para manutenção dos níveis da doença.

— A relação está entre a absorção de carboidratos de alto índice glicêmico e os lipídeos, vitaminas e proteínas da aveia.

Regulação da função intestinal

Estima-se que os problemas intestinais atinjam 28% da população mundial.

— As fibras presentes na aveia favorecem um melhor equilíbrio do intestino, com o favorecimento da proliferação das bactérias 'do bem'. Isso contribui para uma melhora no sistema imunológico e contribui para o não desenvolvimento de doenças — comenta o presidente da ABRAN.

Controle de peso

Entre os principais fatores que levam à obesidade estão a hiperalimentação, alimentos com alta densidade calórica, sedentarismo e má distribuição calórica durante o dia. De acordo com o Dr. Ribas, o consumo de cereais integrais promove maior saciedade e, consequentemente, mais controle de ingestão de alimentos.

— Alimentos ricos em fibras tendem a ser menos calóricos. Eles exigem mais mastigação e apresentam maior tempo de digestibilidade, o que pode auxiliar na perda de peso.

Diabetes e hiperglicemia

— Uma dieta com alimentos com baixo índice glicêmico, como a aveia, ajuda a controlar o diabetes pela manutenção da glicemia e diminui os riscos de hiperglicemia — explica o especialista. O cereal ainda pode melhorar os níveis basais de glicose e insulina.

Síndrome Metabólica

A síndrome metabólica é um conjunto de fatores de risco relacionados à obesidade, entre eles doenças cardiovasculares, hipertensão arterial e diabetes.

— A aveia atua através de fibras solúveis em alta concentração, o que evita picos glicêmicos e insulínicos e reduz o aparecimento da síndrome metabólica — analisa o Ribas.

Fonte: http://www.clicrbs.com.br/especial/rs/bem-estar/19,0,3157968,Consumo-de-aveia-ajuda-no-controle-do-colesterol-e-do-peso.html