quinta-feira, 30 de junho de 2011

O uso seguro de agrotóxicos é um mito

 Professora da Universidade Federal do Ceará critica ideia de que é possível utilizar agrotóxicos de forma segura
Raquel Rigotto, professora do Departamento de Saúde Comunitária da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC), participou como palestrante do Seminário Nacional Contra o Uso de Agrotóxicos, realizado de 14 a 16 de setembro na Escola Nacional Florestan Fernandes – Guararema, São Paulo. Coordenadora do Núcleo Tramas – Trabalho, Meio Ambiente e Saúde, pesquisa a relação entre agrotóxicos, ambiente e saúde no contexto da modernização agrícola no estado do Ceará. Nesta entrevista, ela defende o debate sobre uso de agrotóxicos como um tema estratégico e critica a ideia de que é possível utilizá-los de forma segura.

Qual a importância da discussão sobre agrotóxicos na atual conjuntura?

Os agrotóxicos não podem ser vistos apenas como um conjunto de substâncias químicas que pode causar riscos químicos à saúde. Eles precisam ser entendidos no contexto em que são utilizados, que envolve o processo de modernização agrícola conservadora em curso no Brasil, que tem a ver com a reestruturação produtiva no campo e a divisão internacional da produção e do trabalho, na qual cabe ao Brasil a produção de commodities de origem agrícola. Esse contexto mais geral precisa ser considerado, assim como o entendimento do agronegócio não apenas em sua dimensão de latifúndios e monoculturas, mas também como um subsistema técnico e político que envolve o capital financeiro, a indústria química, a indústria de biotecnologia, sementes, fertilizantes, tratores, enfim, toda a indústria metal-mecânica. Esse contexto determina a vulnerabilidade das populações aos agrotóxicos. E que populações são essas? Temos em primeiro lugar os trabalhadores das empresas, mas também outros segmentos de trabalhadores que são influenciados por esse processo, como os pequenos produtores. No Ceará, os pequenos produtores foram colocados na condição de parceiros do agronegócio, o que na verdade é uma forma de terceirização. O cultivo de fumo no Rio Grande do Sul também é um exemplo disso, são pequenos produtores que estão completamente subordinados às exigências da indústria fumageira. Além desses trabalhadores, são atingidos os moradores dessas regiões. No Mato Grosso, há municípios completamente cercados pelo agronegócio, que atinge até mesmo a reserva do povo Xingu: há rios que nascem fora de sua área e cuja água já entra no território indígena contaminada por agrotóxicos. Há também a questão dos consumidores de alimentos, que têm uma ingestão diária aceitável de veneno. É o ‘veneno nosso de cada dia’ na alimentação. E, ainda, temos os trabalhadores que fabricam esses venenos. Há conflitos ambientais já identificados com esses trabalhadores de fábricas e as comunidades do entorno das fábricas, que são contaminadas. No nordeste, há uma fábrica de agrotóxicos que tem problemas sérios com 11 bairros na sua vizinhança por causa da sua contaminação atmosférica. Além disso, a questão dos agrotóxicos é abrangente porque vai nos ajudar a resgatar a interrelação campo e cidade. Na medida em que o país se urbaniza, tendemos a pensar o Brasil como um país urbano – e há uma conotação simbólica de que isso nos aproxima mais do perfil dos países desenvolvidos e deixa para trás o ‘atraso do campo’ –, perdendo de vista que há uma dinâmica rural-urbana fundamental. Isso se expressa na produção de alimentos, na manutenção de riquezas naturais como a água, os microclimas, as chuvas (importantes para a cidade e ‘produzidas’ no campo) e também do ponto de vista da organização do campo. A concentração de terra, que expulsa pessoas das áreas rurais, faz com que as cidades fiquem cada vez mais ingovernáveis, por causa da migração e de todos os processos de degradação da qualidade de vida, como a violência, as drogas e outros. Enfim, faz com que toda a problemática ambiental urbana cresça. Os agrotóxicos dão oportunidade para discutirmos tudo isso, e também para debatermos a ciência e seus limites hoje. Há substâncias químicas que nos mostram a insuficiência dos conhecimentos produzidos para que possamos ter alguma segurança ao lidar com elas. Um exemplo é o problema da exposição múltipla a vários ingredientes ativos, que ainda carece de respostas. São várias situações que nos colocam os limites da ciência e que também desafiam o Estado, porque não há como tratar os problemas dos agrotóxicos apenas como problema agrícola ou agrário, apenas como problema de saúde ou de meio ambiente. Esse é um problema que perpassa diversos setores das políticas públicas e exige uma atuação integrada, o que também é um exercício interessante de fazermos.

Na sua palestra no Seminário Nacional Contra o Uso de Agrotóxicos, foi destacada a importância de esclarecermos se estamos discutindo agrotóxicos e saúde ou agrotóxicos e doença. Qual a diferença entre as abordagens e o que isso significa para o debate?

Na cultura positivista que temos, existe uma certa tendência, tantos dos empresários como algumas vezes até da própria mídia, de procurar por agravos à saúde que pudessem ser atribuídos aos agrotóxicos, identificando e quantificando casos. É como se, para validar a questão dos agrotóxicos como um problema digno de atenção, relevante e urgente, dependêssemos disso, como se precisássemos ter geração e comprovação da doença para começarmos a pensar no assunto e nos problemas dos agrotóxicos. O que estamos propondo é que o conhecimento sobre a nocividade dos agrotóxicos está dado a priori, porque ao defini-los como agrotóxicos estamos dizendo que são biocidas, que fulminam a vida, e ao atribuir a eles uma classificação toxicológica que vai de pouco tóxico a extremamente tóxico também estamos deixando isso claro. Não há nenhuma classificação que seja ‘não-tóxico’. O mesmo acontece em termos da classificação ambiental, que se relaciona à resistência do solo, e aos estudos da biomagnificação, teratogênese, mutagênese e carcinogênese [referentes ao acúmulo de produtos tóxicos ao longo da cadeia alimentar e à possibilidade de anomalias e malformações fetais, mutações genéticas e desenvolvimento de câncer]. Então, os agrotóxicos já estão classificados nesse sentido. Não há que se perguntar se são veneno ou remédio, está claro que são um tipo de veneno. Esse potencial de dano está dado, e defendemos que não precisaríamos provar a existência do dano para postergar políticas públicas e iniciativas dos agentes econômicos para combater esse problema. Poderíamos, desde já, estar trabalhando na perspectiva de que existe um risco e um contexto de risco, partindo para o controle desses riscos.

Por que é difícil estabelecer relações entre exposição humana aos agrotóxicos e os danos à saúde?

Os efeitos crônicos causados pela exposição a agrotóxicos são muito diversificados. Cada composto e princípio ativo tem um perfil toxicológico e uma nocividade própria, e isso se relaciona a uma série de patologias que vão desde dermatoses até infertilidade, abortamento, malformações congênitas, cânceres, distúrbios imunológicos, endócrinos, problemas hepáticos e renais… Mas todas essas patologias têm etiologias variadas, o que significa que podem ser causadas por outros elementos que não os agrotóxicos. E, como somos acostumados a fazer raciocínio muito linear entre doença e agente causal, isso fica muito complicado. É possível, por exemplo, quando uma empresa quer se negar a assumir suas responsabilidades, que ela diga que o trabalhador teve uma leucemia porque a família tem carga genética para isso. Do ponto de vista epidemiológico, os estudos têm evidenciado essas correlações, demonstrando que populações mais expostas, comparando com não expostas, têm carga maior de doenças. Mas gerar essa informação é difícil. No caso do Ceará, o instituto que recebe a maioria dos cânceres hematológicos não tem na sua ficha de investigação o dado sobre a ocupação do trabalhador. Isso é um exemplo da dificuldade que temos para fazer um perfil que relacione a ocupação e, por consequência, o contato com agrotóxicos, a uma determinada doença.

Existe um discurso muito difundido de que os agrotóxicos seriam uma necessidade para garantir a produção de alimentos, e de que sem eles ‘o mundo morreria de fome’. A partir daí, a proposta é desenvolver formas seguras de lidar com os agrotóxicos. Qual a sua opinião sobre isso? O ‘uso seguro’ é possível?

A ‘Revolução Verde’, que é o momento que marca na história da humanidade a questão dos agrotóxicos, aconteceu há cerca de 50 anos. A humanidade tem cerca de 8 mil anos de história conhecida na agricultura, e nós vivemos e nos alimentamos por todos esses milênios sem os agrotóxicos e transgênicos (o que é um outro argumento muito comum agora, de que, de repente, não podemos mais viver sem os transgênicos). É claro, há relatos de que desde os povos mais antigos havia uso de algumas substâncias para controle de pragas e de processos de cultivo, a humanidade tem um acúmulo nesse sentido. Estou me referindo a esse uso massivo de agrotóxicos, estimulado pela indústria química, que pode fazer propaganda na televisão, ter isenção de impostos como o ICMS, IPI, Cofins, PIS/Pasep. Então, a primeira coisa importante de tomarmos consciência é que já vivemos muitos anos como humanidade sem os venenos, e que depois do uso de venenos a produtividade da agricultura certamente elevou-se, mas a segurança e a soberania alimentar da humanidade não. Continuamos tendo quase um bilhão de pessoas desnutridas ou subnutridas no mundo, então está clara que essa não é uma crise que seja explicada pela subprodução, mas sim pela má distribuição. Isso se deve ao fato de que aquilo que o agronegócio e a modernização agrícola produzem não são alimentos, mas sim commodities, o que é muito diferente. Há todo um aparato jurídico, institucional, legal, para regular o uso de agrotóxicos e o que vemos é que esse aparato não tem sido eficaz. O que se vê é que, desde o processo de normatização, houve interferência. Temos documentos dos produtores de agrotóxicos em que afirmam a sua estratégia de interferir no processo regulatório, fazer lobby, interferir na capacitação dos servidores públicos e dos operadores de direito que lidam com essa área. Então, desde o início da regulação, há problemas. Quantos desses estatutos que estão previstos na legislação funcionam efetivamente? O receituário agronômico não funciona e há pouquísmos laboratórios, no país inteiro, que são capazes de fazer análise da água e da contaminação humana por agrotóxicos. Estamos agora no processo de revisão da Portaria 518, que diz respeito à potabilidade da água para consumo humano, e um dos grandes dramas é esse: podemos colocar lá todos os 450 ingredientes ativos de veneno registrados que temos no Brasil, mas onde vão ser analisados para cada uma das prefeituras de cada um dos quase 6 mil municípios do nosso país? Não temos essa capacidade instalada. Fazemos o licenciamento ambiental desse empreendimento, mas não temos condições de monitorar se as condicionantes e requisitos colocados no licenciamento são cumpridos, porque não há fiscal, não tem diária, não tem aparelho e laboratório. Há também uma série de argumentos que foram trazidos pelo Censo Agropecuário, através do qual podemos constatar que há mais de 5 milhões de estabelecimentos com mais de 16 milhões de trabalhadores rurais dos quais um número significativo é de crianças, com escolaridade considerada baixa. Como podemos pensar em uso seguro numa vastidão dessa? A assistência técnica é precária. O Censo mostra que as propriedades que mais receberam assistência são aquelas acima de 200 hectares, ou seja, há milhões de propriedades de pequenos produtores que estão à revelia de assistência técnica. Como podemos imaginar que o uso seguro acontecerá assim? Qualquer pessoa pode chegar a uma loja e comprar o veneno que o balconista estiver interessado em vender e usar do jeito que o balconista ensinar. É muito difícil pensar em uso seguro assim.

Você falou em sua palestra que há um despreparo dos profissionais de saúde e do próprio SUS para lidar com essa questão. Como isso acontece?

Do ponto de vista da Política Nacional de Saúde do Trabalhador, temos previstas ações que vão desde a atenção básica – que seria principalmente através da Estratégica de Saúde da Família – até os Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerests), com ações hierarquizadas. A proposta é muito interessante. Mas o que vemos, especialmente no Ceará, é que a forma como o SUS chega aos territórios que sofreram profundas transformações pelos processos de mordenização agrícola é insuficiente. Os profissionais da atenção primária estão completamente absorvidos pela assistência médica, têm pouco tempo de fazer as outras ações pensadas para sua atuação e conhecem muito pouco a dinâmica viva dos territórios em que as unidades de saúde estão inseridas. Então, têm poucas notícias sobre a instalação de empresas de agronegócio, não sabem se há trabalhadores migrantes que vêm para atender demanda de força de trabalho sazonal, para, por exemplo, a colheita do melão (que é um caso muito comum), que estão sem suas famílias e que isso causa a expansão de uma rede de prostituição — o que gera outros problemas, como gravidez indesejada na adolescência, uso de drogas, doenças sexualmente transmissíveis, inclusive Aids. Então, para o sistema de saúde que está ali absorvido em diagnosticar e tratar doenças – embora estejamos tentando superar esse paradigma, isso nem sempre é possível –, é difícil enxergar essas dinâmicas. A resposta às novas necessidades de saúde tem sido insuficiente, é isso que mostrou o estudo realizado pela Vanira Mattos na UFC. Nos Cerests, há experiências ricas pelo Brasil afora, mas estou falando de um olhar local do Ceará. Ainda não conseguimos, ao longo dos três anos da nossa pesquisa, envolvê-los no atendimento a esses trabalhadores, nem desenvolver conjuntamente as ações de vigilância sanitária, epidemiológica, ambiental e em saúde do trabalhador, que ainda não estão acontecendo adequadamente.

Fonte: Movimento de Mulheres Camponesas – Entrevista realizada por Leila Leal em 22/09/2010.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Farinha de feijão branco

Aliada do emagrecimento, reduz em 20% a absorção dos carboidratos.
O feijão geralmente está em nosso cardápio na sua forma cozida e em cores escuras. Mas um consumo diferente do grão promete contribuir com a saúde e ajudar a emagrecer.
São mais de 5 mil tipos de feijão, segundo o engenheiro agrônomo Roberto Salet. Dentre eles, está o feijão branco - um dos ingredientes principais do acarajé. Ainda cru, o grão pode ser transformado em uma farinha muito saudável.
A farinha de feijão branco contém uma proteína chamada faseolamina que retarda a absorção de glicose, auxiliando no controle de diabetes - explica a nutricionista Juliana Oliveira.
A faseolamina inibe a enzima amilase, produzida na saliva e no suco pancreático. A amilase transforma todo o amido que consumimos em glicose. Sem a atividade plena da enzima, a tendência é o emagrecimento e a diminuição da quantidade de açúcar no sangue.
A farinha deve ser diluída em água e ingerida trinta minutos antes das refeições. A nutricionista afirma que, assim, "parte do carboidrato ingerido, em torno de 20%, não é absorvido no nosso organismo".
Ou seja, se você come 100 gramas de macarrão meia hora depois de ter tomado a mistura da farinha de feijão branco com água, é como ter ingerido apenas 80 gramas do carboidrato.
O produto também é rico em fibras, o que contribui para a sensação de saciedade e ajuda o intestino a funcionar melhor.
Mas cuidado ao incluir esse alimento na sua dieta. A recomendação é consumir, no máximo, um grama por dia (equivalente a uma collher pequena rasa). A quantidade pode ser ingerida de uma vez só ou dividida em diferentes momentos do dia.
- Como a farinha de feijão branco é obtida através do feijão branco cru, é importante ter um consumo moderado, no máximo durante 30 a 40 dias, pois o feijão cru contém toxinas que em quantidades elevadas podem ser prejudiciais à saúde, ocasionando flatulências, náuseas e diarreia - ressalta Juliana.
Farinha deve ser diluída em água e consumida meia hora antes das refeições, sem ultrapassar 1g ao dia.

O feijão

Lavoura de feijão fradinho orgânico em Coronel Bibaco, RS.
Foto: Vida Orgânica

Existem mais de cem tipos de feijão branco. Roberto Salet cultiva um deles, o feijão fradinho, em Coronel Bibaco, interior do Rio Grande do Sul.
- Testamos vários tipos de feijão e o fradinho foi o que melhor se adaptou ao nosso tipo de solo para desenvolver uma agricultura sustentável - conta Salet.
Dos grãos cultivados sem agrotóxicos, ele faz a farinha de feijão branco orgânica. "A vantagem do fradinho, também chamado de caupi ou 'black eyed peas', é que o teor de faseolamina é maior que os outros", explica o engenheiro agrônomo.
A nutricionista Jacira dos Santos destaca que o fradinho possui o dobro de cálcio que os feijões preto e vermelho.

Ele pode ser consumido em forma de vagem, ainda verde. Basta cozinhar para servir como salada. Quando seco, o grão pode ser consumido cozido, como feijoada normal. Mas as propriedades emagrecedoras estão apenas no feijão cru.

Voce pode encontrar a Farinha de Feijão Branco, no nosso site http://www.ecobiosaude.com.br/produtos/?cod=41

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Estudo define área certificada de orgânicos no Brasil

Um estudo inédito do Projeto Organics Brasil com as certificadoras aferiu que a área total orgânica certificada no Brasil para atividade agropastoril é de 331.637 hectares e para extrativismo é de 6.560.001 hectares. Toda essa área é explorada por 7.721 produtores orgânicos, que produzem 5.215.490 toneladas/ano. O mercado de produtos orgânicos no Brasil está em pleno crescimento com mais consumidores e empresas que desenvolvem produtos, que antes eram direcionados somente ao mercado externo. Há 1.200 projetos com certificação internacional, creditados pelas certificadoras IBD, OIA, Ecocert, IMO, BCS.
”No controle deste mercado, o Brasil adotou sua própria regulamentação marcando de vez o posicionamento no mercado mundial. A rastreabilidade e a credibilidade do mercado internacional vai proporcionar mais negócios para o país”afirma Ming Liu, coordenador executivo do Projeto Organics Brasil.O programa apresentou o estudo em seminário promovido pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) na terça, dia 15, em Nuremberg (Alemanha), onde acontece a BIOFACH, maior e mais importante feira internacional de orgânicos para compradores e distribuidores de 124 países.
”Os números mostram para os maiores compradores que há muita área no país para aumentar a produção de orgânicos. Em relação à área de outros países, o Brasil está atrás da Austrália e da Argentina. O potencial de investimento do Brasil é enorme”complementa Ming.O Projeto Organics Brasil é resultado de uma ação conjunta da iniciativa privada com o IPD (Instituto de Promoção do Desenvolvimento) e da Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos). De acordo com a assessoria do programa, em 2010, as 72 empresas associadas exportaram US$ 108,2 milhões e a previsão de crescimento é de 20% para 2011.



Fonte: http://www.canalrural.com.br



quarta-feira, 22 de junho de 2011

Canjica de Trigo.mpg



Neste domingo foi ao ar no Campo e Lavoura, reportagem sobre a ECOBIO e ao final foi feita uma canjica de trigo orgânica deliciosa.

sábado, 18 de junho de 2011

Resíduos que afetam a saúde

1. Agrotóxicos são retirados durante a lavagem?
A água corrente só remove parte dos resíduos presentes na superfície dos alimentos. Alguns agrotóxicos são absorvidos pela planta e, caso não tenham sido metabolizados pelo vegetal, permanecem nos alimentos, mesmo que lavados.
2. O uso de água sanitária remove agrotóxicos das frutas e verduras?
Nenhum estudo comprova a eficácia dessa prática. Soluções de hipoclorito de sódio são úteis apenas para higienizar alimentos.
3. O que fazer para reduzir o risco de consumir produtos com resíduos de agrotóxicos?
Adquirir alimentos certificados, orgânicos ou com origem identificada. Geralmente alimentos com procedência indicam maior comprometimento de produtores em relação à qualidade dos alimentos, com a adoção das boas práticas agrícolas. Alimentos de época, a princípio, necessitam de carga menor de agrotóxicos para serem produzidos.

Fonte: O Estado de S. Paulo

terça-feira, 14 de junho de 2011

Alimentação adequada pode funcionar como tratamento natural contra doenças

Problemas comuns como TPM e insônia podem ser amenizados com tratamentos naturais que envolvem uma nutrição adequada. A ingestão de certos alimentos em determinados horários do dia pode contribuir para o bom funcionamento do organismo e para ajudar no combate de algumas enfermidades.



Para problemas como azia e gases, Sandra Chemin do Centro Universitário São Camilo, São Paulo, e autora do Tratado de Alimentação, Nutrição & Dietoterapia (Roca) sugere a infusão de alecrim ou espinhadeira-santa. Tomando uma xícara pela manhã alivia os gases e reduz sintomas de azia.
Para quem tem problemas de colesterol alto a primeira medida a se tomar, por exemplo, é eliminar frituras e substituir leite integral pelo desnatado para cortar as gorduras. A sugestão nutricional é a maçã. A fruta tem pectina e auxilia a diminuição do colesterol plasmático, que é um dos principais responsáveis pelos problemas cardiovasculares. Outra opção é adicionar ao cardápio uma colher de aveia, ela vai diminuir a absorção de gorduras e favorecer sua eliminação.
Chás de arruda ou de losna são ótimos para cólicas menstruais. A losna possui óleos com capacidade anti-inflamatória e analgésica e pode ser facilmente encontrada em farmácias especializadas.
Para o desânimo não existe nada melhor do que um café da manha completo rico em cereais, fibras e frutas frescas ou secas. Estes alimentos ajudam a regular o cortisol que é o hormônio relacionado ao estresse. Nas demais refeições são aconselhadas a inclusão de ferro e vitamina B, presentes em alimentos como a lichia ou verduras de folhas escuras; eles ajudarão na oxigenação dos tecidos proporcionando disposição.
O homeopata e autor de Novíssima Medicina (Organon), Paulo Rosenbaum, indica o consumo de frutas para manter o nível de vitaminas e minerais para pessoas com depressão. A falta destes alimentos acelera o processo depressivo. O chocolate amargo também tem o papel de diminuir a sensação de tristeza e diminui também os níveis de hormônio do estresse, pois contém anandamida, substância que diminui estas sensações. “O regime alimentar, nesse caso, precisa servir como estímulo para a pessoa voltar à vida criativa”, explica. Ele também destaca a importância de investigar a origem do problema, como anemias.
Andrea Bottoni, coordenador da equipe de nutrologia da Unidade Anália Franco do Hospital São Luiz, São Paulo, aconselha para quem sofre de hipertensão, o controle do consumo de sódio, que provoca o aumento da pressão arterial; e alerta que o sal está presente em alimentos industrializados e embutidos. Outro problema é a rigidez das paredes das veias que dificultam a circulação sanguínea ocasionadas pelo cigarro, o excesso de gordura e sal e o nervosismo. Inclua frutas vermelhas e amarelas no cardápio.
Para quem sofre de insônia e ansiedade o conselho é incluir arroz, pão integral, leite, nozes e lentilha na alimentação. Contra a ansiedade a dica é comer banana nanica com iogurte, ambos possuem triptofano que age como calmante natural. Esse aminoácido, presente nas proteínas, quando associado ao carboidrato, favorece a produção de serotonina que é o neurotransmissor que participa da produção de melatonina, hormônio indutor do sono. Vale lembrar que os alimentos não curam, mas aliviam estes problemas.
Um problema comum é o intestino preso, o que muitas pessoas não sabem é que uma boa alimentação resolve o caso. Andrea sugere a ingestão de fibras presentes nos brócolis, abóbora cozida e sementes de linhaça, por exemplo, outra fonte rica de fibras são as folhas verde-escuras. O mingau feito de farelo de aveia também é uma boa opção.
A rinite alérgica pode ser amenizada pela ingestão de abacaxi e agrião. As substâncias presentes nesses alimentos quebram o muco e facilitam a respiração, são os chamados alimentos mucolíticos. A sugestão é da nutricionista e fitoterapeuta Vanderlí Marchiori, de São Paulo que também dá dica de como amenizar os sintomas da TPM. Adicionar frutas vermelhas ao lanche é uma boa pedida. Rosenbaum, afirma, “estudos comprovam os efeitos benéficos dos derivados da soja, como tofu, leite de soja ou missô, ingrediente da culinária japonesa, para suavizar as mudanças hormonais.” Os dois grupos de alimentos auxiliam no equilíbrio do estrógeno e amenizam os sintomas da tensão pré-menstrual. Sandra propõe complementar a dieta com fontes de vitamina B6, presente nas batatas, bananas e cereais integrais, além de cálcio, encontrado no leite e derivados, e magnésio, presente nas castanhas.
“Se os sintomas persistem, o acompanhamento médico é indicado para individualizar o tratamento”, finaliza Rosenbaum. As informações são do Planeta Sustentável.


Fonte: http://ciclovivo.com.br/noticia.php/2127/alimentacao_adequada_pode_funcionar_como_tratamento_natural_contra_doencas/


sábado, 11 de junho de 2011

Jantar para O Dia dos Namorados ECOBIO

Essa semana tem o dia mais romântico do mundo: o dia dos namorados! Embora a comemoração do amor é um momento especial, muitos casais encontram dificuldades para comemorar, principalmente para quem deixa para a ultima hora, pois os restaurantes sempre estão lotados ficando sem lugar e sem privacidade, as floriculturas ficam com poucas flores para presentear, além da correria que sempre existe.
Além de todos esses problemas, sempre procuramos pensar no bem-estar da nossa amada(o), pois queremos estar junto com eles inúmeras vezes e para isso é necessário que eles tenham além do amor saúde, e como podemos proporcionar saúde se a grande maioria dos alimentos que consumimos está impregnada de agrotóxicos (venenos), pensando em ajudar você a se livrar de problemas no dia 12 e no bem estar da sua amada(o), a ECOBIO elaborou uma receita especial para um jantar romântico e saudável.

Arroz 7 Grãos com especiarias

Ingredientes:
• 2 xícaras (chá) de arroz 7 Grãos ECOBIO
• 2 colheres (sopa) de óleo de canola
• 1 cebola grande picada
• ½ colher (chá) de pimenta do reino
• 1 colher (chá) de cominho
• 1 ½ xícaras de ervilha
• 2 cenouras médias picadas em cubos
• 3 xícaras de água
• 1 xícara de leite
• 1 folha de louro
• Sal à gosto

Modo de preparo:
• Em uma panela acrescentar óleo e dourar as cebolas.
• Mexer bem.
• Juntar as ervilhas, as cenouras e deixe por mais alguns minutos.
• Acrescentar a água e deixar ferver.
• Juntar o arroz, já lavado e escorrido, o leite e a folha de louro e deixar ferver novamente.
• Tampar a panela, reduzir o fogo e cozinhar.
• Deixar descansar por 15 minutos e retirar o buquê antes de servir.

Para acompanhar a sugestão é o Tabule de Quinua da ECOBIO
Ingredientes:
1 xícara de Quinua Ecobio
2 tomates picados sem sementes
1 cebola picada em quadrados bem pequenos
1 pimentão sem sementes, picado em quadrados bem pequenos
Folhas de hortelã frescas picadinhas
2 colheres (sopa) de suco de limão
2 colheres (sopa) de azeite extra virgem
sal e pimenta-do-reino, a gosto

Modo de preparo:
Misture todos os ingredientes e decore com alfaces e folhas de hortelã.

Para ficar mais romântico e saudável a sugestão é um bom vinho, o sendo que você poderá encontrar vinhos orgânicos da Vinícola Garibaldi (http://www.vinicolagaribaldi.com.br/pt/produtos/produtos-organicos/) além de uma sobremesa saudável para o final!

Não esqueça das velas, uma boa música e um filme romântico para ver juntos.

Tenha um dia dos namorados feliz e saudável.


sexta-feira, 10 de junho de 2011

Bifinhos de Aveia


Ingredientes:

2 xícaras (chá) de Flocos de Aveia ECOBIO
1 xícara (chá) de farinha de trigo integral ECOBIO
1 xícara (chá) de leite de soja
1 xícara (chá) de queijo de soja picado
1/2 cebola picada bem fininha
2 dentes de alho
3 colheres (sopa) de azeite de oliva
Cheiro-verde picado
Sal

Modo de Fazer
Bata no liquidificador o leite, o queijo, a cebola e o alho.
Em uma tigela, misture bem todos os ingredientes e tempere com sal. Deixe descansar por 15 minutos.
Depois pegue colheradas da massa e forme os bifes.
Frite-os em uma panela teflon com o mínimo de óleo possível ou coloque-os em uma assadeira untada e leve ao forno.
Quando assar um lado, vire cada bife para que asse por igual.
Rendimento: 20 bifes tamanho médio


Fonte: Revista Vida e Saúde, março 2011, pg.25.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Em MT, agrotóxico presente na água, no ar e no sangue

O agrotóxico está presente na terra, na água, no ar e até mesmo no sangue e na urina dos moradores de dois municípios produtores de grãos, no Mato Grosso. A constatação foi feita pela Fundação Oswaldo Cruz e pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), que mediram os efeitos do uso de agrotóxicos em Campo Verde e Lucas do Rio Verde. O estudo monitorou a água dos poços artesianos e identificou a existência de resíduos de agrotóxicos em 32% das amostras analisadas. Em 40% dos testes com a água da chuva também foi identificada a presença de defensores agrícolas. Nos testes com o ar, 11% das amostras continham substâncias tóxicas, como o endossulfam, proibido pelo potencial cancerígeno.
O médico e professor da UFMT, Wanderlei Pignati, relata como se dá o processo de contaminação. “Os reflexos negativos do agrotóxico ocorrem no trabalhador, que aplica diretamente, na família, que muitas vezes mora dentro das plantações de soja, e na periferia das cidades. Não só aqui no Mato Grosso, as pessoas plantam e pulverizam quase que em cima das casas. Teremos um impacto no ambiente e isso faraz com que a população absorva esses agrotóxicos, resultando em intoxicações crônicas.”
No ano de 2009, foram despejadas um milhão de toneladas de agrotóxicos nas lavouras brasileiras. Somente o Mato Grosso utilizou 11% dessa quantidade. Pignati revela que os dados das Secretarias e Ministério da Saúde sobre intoxicação coincidem com os índices de produção no campo. “No Mato Grosso, nas regiões que mais produzem soja, milho e algodão, tem uma incidência três vezes maior de intoxicação aguda. Diarréia, vômito, desmaio. Alguns até morrem. [As substâncias] dão distúrbios cardíacos, pulmonares e até distúrbios psiquiátricos.”




Fonte: http://www.vidasustentavel.com/index.php/2010/09/em-mt-agrotoxico-presente-na-agua-no-ar-e-no-sangue/