sexta-feira, 29 de abril de 2011

Todos os dias o povo come veneno. Quem são os responsáveis?

O Brasil se transformou desde 2007, no maior consumidor mundial de venenos agrícolas. E na ultima safra as empresas produtoras venderam nada menos do que um bilhão de litros de venenos agrícolas. Isso representa uma media anual de 6 litros por pessoa ou 150 litros por hectare cultivado. Uma vergonha. Um indicador incomparável com a situação de nenhum outro país ou agricultura.

Há um oligopólio de produção por parte de algumas empresas transnacionais que controlam toda a produção e estimulam seu uso, como a Bayer, a Basf, Syngenta, Monsanto, Du Pont, Shell química, etc
O Brasil possui a terceira maior frota mundial de aviões de pulverização agrícola. Somente esse ano foram treinados 716 novos pilotos. E a pulverização aérea é a mais contaminadora e comprometedora para toda a população.
Há diversos produtos sendo usados no Brasil que já estão proibidos nos paises de suas matrizes. A ANVISA conseguiu proibir o uso de um determinado veneno agrícola. Mas as empresas ganharam uma liminar no “neutral poder judiciário” brasileiro, que autorizou a retirada durante o prazo de três anos… e quem será o responsável pelas conseqüências do uso durante esses três anos? Na minha opinião é esse Juiz irresponsável que autorizou na verdade as empresas desovarem seus estoques.
Os fazendeiros do agronegóio usam e abusam dos venenos, como única forma que tem de manter sua matriz na base do monocultivo e sem usar mão-de-obra. Um dos venenos mais usados é o secante, que é aplicado no final da safra para matar as próprias plantas e assim eles podem colher com as maquinas num mesmo período. Pois bem esse veneno secante vai para atmosfera e depois retorna com a chuva, democraticamente atingindo toda população inclusive das cidades vizinhas.
O DR.Vanderley Pignati da Universidade Federal do Mato Grosso tem várias pesquisas comprovando o aumento de aborto, e outras conseqüências na população que vive no ambiente dominado pelos venenos da soja.
Diversos pesquisadores do Instituto Nacional do Câncer e da Universidade federal do Ceara já comprovaram o aumento do câncer, na população brasileira, conseqüência do aumento do uso de agrotóxicos.
A ANVISA – responsável pela vigilância sanitária de nosso país, detectou e destruiu mais de 500 mil litros de venenos adulterados,somente esse ano, produzido por grandes empresas transnacionais. . Ou seja, alem de aumentar o uso do veneno, eles falsificavam a formula autorizada, para deixar o veneno mais potente, e assim o agricultor se iludir ainda mais.
O Dr. Nascimento Sakano, consultor de saúde, da insuspeita revista CARAS escreveu em sua coluna, de que ocorrem anualmente ao redor de 20 mil casos de câncer de estomago no Brasil, a maioria conseqüente dos alimentos contaminados, e destes 12 mil vão a óbito.
Tudo isso vem acontecendo todos os dias. E ninguém diz nada. Talvez pelo conluio que existe das grandes empresas com o monopólio dos meios de comunicação. Ao contrário, a propaganda sistemática das empresas fabricantes que tem lucros astronômicos é de que, é impossível produzir sem venenos. Uma grande mentira. A humanidade se reproduziu ao longo de 10 milhões de anos, sem usar venenos. Estamos usando veneno, apenas depois da segunda guerra mundial, para cá, como uma adequação das fabricas de bombas químicas agora, para matar os vegetais e animais. Assim, o poder da Monsanto começou fabricando o Napalm e o agente laranja, usado largamente no Vietname. E agora suas fabricas produzem o glifosato. Que mata ervas, pequenos animais, contamina as águas e vai parar no seu estomago.
Esperamos que na próxima legislatura, com parlamentares mais progressistas e com novo governo, nos estados e a nível federal, consigamos pressão social suficiente, para proibir certos venenos, proibir o uso de aviação agrícola, proibir qualquer propaganda de veneno e responsabilizar as empresas por todas as conseqüências no meio ambiente e na saúde da população.



segunda-feira, 25 de abril de 2011

Mercado interno de orgânicos cresce 40%

As vendas de produtos orgânicos no Brasil alcançaram R$ 350 milhões em 2010. O valor é 40% superior ao registrado em 2009, conforme os números divulgados pelo Projeto Organics Brasil, organização não-governamental (ONG) que reúne empresas exportadoras de produtos e insumos orgânicos. “Esse crescimento representa a difusão do setor. Cada vez mais pessoas buscam informações sobre produtos orgânicos e, consequentemente, consomem mais esse tipo de alimento”, destaca o coordenador do Agroecologia do Ministério da Agricultura, Rogério Dias. “As novas regras para a cadeia produtiva de orgânicos, que passaram a ser obrigatórias a partir de 1º de janeiro deste ano, fomentam ainda mais o crescimento do setor”, diz.O mercado externo de orgânicos também cresceu em 2010.
As 72 empresas associadas ao Organics Brasil, que representam mais de 60% do setor, exportaram cerca de U$ 108 milhões no ano passado, segundo levantamento do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Esse valor é 30% superior às receitas geradas em 2009. Os produtos mais exportados são os do complexo soja (grão, farelo e óleo), açúcar, café, cacau e frutas (abacaxi, mamão e manga). Os principais países consumidores são Holanda, Suécia, Estados Unidos, França, Reino Unido, Bélgica e Canadá.Rogério Dias destaca também que o número de feiras de produtos orgânicos tem crescido bastante no país, o que também favorece e incentiva a comercialização.
Segundo o coordenador, hoje, os produtos orgânicos mais procurados pelos brasileiros são as hortaliças, legumes, frutas e produtos processados como sucos, arroz, açúcar e café. “O consumidor busca esses produtos nas feiras agroecológicas, onde há uma relação de confiança com o agricultor, que garante a origem dos alimentos oferecidos”, ressalta Dias.
 
Fonte: http://www.vidanocampoonline.com/index.php/agronegocios/778-agroecologia-mercado-interno-de-organicos-cresce-40-em-2010-movimentando-mais-de-r-350-milhoes

terça-feira, 19 de abril de 2011

Com preço menor, orgânicos ganham espaço no varejo

"No Pão de Açúcar, as vendas tiveram aumento de 45% no ano passado"

Empório Orgânico ECOBIO
Beneficiados pela redução dos preços que vêm apresentando nos últimos tempos, ss produtos orgânicos estão ganhando mais espaço nas prateleiras dos supermercados. O preço sempre foi um dos maiores entraves ao crescimento desse mercado, já que, por definição, eles não têm como ser produzidos em escala que se possa chamar de "industrial". Entretanto, a diferença de preços entre os orgânicos e os não orgânicos vem diminuindo. Segundo Fernando Augusto Del Grossi, gerente de inovação do Carrefour, há cinco anos, os produtos orgânicos chegavam a ser 50% mais caros; hoje a diferença está na faixa dos 30%.
Sandra Caires Sabóia, gerente de orgânicos do Pão de Açúcar, diz que, na Europa e nos Estados Unidos, esse porcentual já pode chegar a apenas 20%, mas que ele "aumenta para produtos de maior valor agregado". No Brasil, ela destaca que há uma grande diferença por produtos. Enquanto nas verduras, a distância está em torno de 30%; nos legumes, dependendo da safra, pode alcançar os 50%.
O fato é que os produtos orgânicos vêm ganhando mais espaço nas prateleiras. No ano passado, a venda de orgânicos do Pão de Açúcar aumentou 45%, acima das expectativas. A meta de faturar R$ 57 milhões, a princípio marcada para ser alcançada em 2012, foi batida já em 2009. Para este ano, o grupo espera um crescimento de, pelo menos, 40%. De qualquer forma, o montante é irrisório no total dos negócios do grupo. Mesmo em hortifrúti, que é o ponto alto, equivale a somente 2,5% do total das vendas. Na mercearia, é menos de 0,5%. Uma parte das vendas é da marca própria no segmento, a Taeq.
O Carrefour vem registrando um crescimento de 25% na venda de orgânicos nos últimos anos. Atualmente estão disponíveis mais de 200 itens com essa certificação nas prateleiras do grupo. "A distribuição de produtos é feita em todas as lojas, inclusive no Carrefour Bairro, que é mais popular", conta Del Grossi.
No mundo, acredita-se que o comércio de orgânicos gire em torno das dezenas de bilhões de dólares. O país mais desenvolvido neste sentido é a Alemanha, onde 40% dos alimentos consumidos já são orgânicos. No Brasil, segundo Sandra, esses itens respondem por um mercado de apenas US$ 250 milhões.
"Estamos crescendo a passos largos, mas o consumidor final ainda não vai diretamente para esse produto", diz. Segundo ela, o trabalho tem sido "árduo", pois ainda são poucos os produtos disponíveis. "Enquanto a Alemanha já tem todo o tipo de alimento, queijos de vários sabores, aqui a gente pena para ter o básico". Uma parte considerável do que é consumido de orgânicos no País é importada.
DEMANDA
Ainda que no país 90 mil estabelecimentos declarem que praticam a cultura orgânica, os supermercados relatam ainda dificuldade em suprir toda a demanda por variedade nos produtos. Hoje já existem carnes, molhos e massas do segmento. Segundo o Pão de Açúcar, nesse cenário de pouca oferta, acaba sendo privilegiada a venda nas redes que atendem públicos de maior poder aquisitivo Mesmo assim, no caso da Compre Bem, com foco nas classes de menor renda, estão disponíveis cerca de 40 itens orgânicos.
No Walmart, que vende produtos orgânicos desde a sua chegada ao País, em 1995, o gerente nacional de hortifrúti, Antonio Carlos Allegretti, diz que ainda não observa o crescimento das vendas do segmento nas classes de menor renda. "Mas, com mais acesso à informação e com a diferença de preço cada vez menor, a tendência é que o consumo aumente", diz.

Aproveitem nossas promoções no site da Loja Virtual da ECOBIO, são inúmeros produtos com preços especiais. http://www.ecobiosaude.com.br/produtos/promocoes/

Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100203/not_imp505405,0.php

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Retirada de peixes para Semana Santa




Carpa capim

Visando atender a comunidade de Coronel Bicaco e região, no consumo de peixe na Semana Santa, Ângelo Salet, proprietário da ECOBIO e tradicional criador de peixes criados a base de alimentos naturais e de ração orgânica, vai realizar neste sábado dia 16 de abril.
A retirada do peixe será feita com o esvaziamento total do açude.

Gladis Salet

A previsão é a retirada de mais de uma tonelada de peixes (carpa capim e da carpa cabeça-grande).
Os peixes serão comercializados no local da retida, bem como irão ser vendidos nos mercados de Coronel Bicaco/RS e região.

Fonte: ECOBIO

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Dicas da chef para manter uma cozinha sustentável

A chef de cozinha Helena Rizzo é especialista em gastronomia sustentável. Em entrevista concedida à repórter Alice Lobo, do Estadão, ela deu algumas dicas para manter uma cozinha ecologicamente correta. Helena garante que isso vai muito além da escolha por ingredientes naturais.
O primeiro passo é manter a dispensa e a geladeira organizadas. Isso contribui para um melhor planejamento da lista de compras, evitando gastos desnecessários. Ao fazer a organização, o ideal é colocar os produtos com data de validade inferior na frente, para que sejam consumidos primeiro.
Quando os alimentos estão bem organizados na geladeira dois problemas são evitados: desperdício de alimentos e desperdício de energia. O cuidado com a escolha de produtos em embalagens descartáveis também é muito importante. O ideal é optar por embalagens recicláveis ou que possam ser reutilizadas para outras funções.
Nas residências existem outras medidas que podem ser colocadas em prática para evitar o desperdício de alimentos. Os pães “velhos” podem ser congelados, assim como outras coisas, e as frutas, que já não estão muito frescas, podem se transformar em uma maravilhosa salada.
Existem diversos cuidados que podem ser considerados na cozinha. O desperdício de água ao lavar a louça pode ser facilmente contido, optar por canecas, no lugar dos copos descartáveis, e separar o lixo reciclável, também são ótimas atitudes. Mesmo que a coleta seletiva ainda seja ineficiente em grande parte do país, existem diversos pontos receptores de resíduos recicláveis.
Além das dicas da chef Helena, existe um ingrediente que precisa ter um descarte mais cuidadoso do que qualquer outro. O óleo de cozinha. Muitas pessoas costumam jogá-lo na pia, mas cada litro de óleo chega a poluir um milhão de litros de água. Existem pontos de coleta específicos somente para a recolha desse material.
A preocupação em manter atitudes sustentáveis não deve, no entanto, se limitar à cozinha. É possível agirmos de forma mais consciente e respeitosa, com o nosso próximo e com o ambiente, em qualquer ocasião ou lugar que estejamos.
 
Fonte; http://www.ciclovivo.com.br/noticia.php/754/dicas_da_chef_para_manter_uma_cozinha_sustentavel/

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Iniciativa pretende propagar informações sobre alimentos orgânicos

A Caravana Copa Orgânica Brasil 2014 vai percorrer os 12 estados brasileiros onde serão realizados jogos da Copa de Futebol de 2014, em um total de 44 cidades. O objetivo do evento é a difusão de conhecimento sobre a produção e o desenvolvimento do mercado de alimentos orgânicos.
Os agricultores terão acesso a tecnologias e inovações que lhes permitirão aumentar a produção e melhorar a qualidade do produto, preparando-os para a realidade da “Copa Orgânica” e consequente tendência de crescimento de mercado de consumo de orgânicos, com a oportunidade de se relacionar com outros agricultores do mesmo segmento, fortalecendo a organização dos envolvidos.
O projeto é do Instituto BioSistêmico (IBS), com patrocínio do SEBRAE nacional e de outras empresas do setor privado, como Jasmine Alimentos Saudáveis, Surya do Brasil e a DVA-Azamax. A decisão de organizar a Copa Orgânica visa à regulamentação do setor, que atualmente fatura cerca de R$ 400 milhões por ano, valor que pode dobrar até 2014, com a maior divulgação desse tipo de produto.
“A caravana é uma ação convergente com as ações governamentais e com as propostas da Copa de 2014″, explica a engenheira agrônoma do Instituto BioSistêmico, Priscila Terrazzan. Segundo ela, o governo federal pretende fazer uma ‘copa orgânica’ e com isso irão surgir diversas oportunidades para os cerca de 90 mil produtores orgânicos, a maioria da agricultura familiar.
A previsão é percorrer todas as localidades até julho deste ano. O resultado dos trabalhos será apresentado na 7ª edição da Bio Brazil Fair, grande evento do setor, que acontece de 21 a 24 de julho, em São Paulo.

sábado, 9 de abril de 2011

Comércio de orgânicos deve dobrar até a Copa

"Comercialização ultrapassou a marca de R$ 350 milhões em 2010 e área plantada soma atualmente 7,7 milhões de hectares o consultor Moacir Kretzmann aposta em queda de preço com aumento de demanda"
Curitiba - A comercialização de produtos orgânicos vem crescendo nos últimos três anos no Brasil. Só em 2010, as vendas destes alimentos tiveram um incremento de 40% em relação a 2009. No ano passado, foram vendidos de R$ 350 milhões a R$ 400 milhões e a previsão é que até 2014 esse valor dobre. O crescimento está ligado a uma maior consciência do consumidor em colocar produtos mais naturais à mesa.
Em média, o orgânico é cerca de 25% a 30% mais caro que o produto convencional, mas já há casos de produtos com valor igual ou até menor. E a tendência é que estes alimentos fiquem mais baratos nos próximos anos. O produto é mais caro porque tem uma composição nutricional, sabor e consistência diferenciados, além de mais durabilidade. O assunto foi discutido ontem em uma palestra que aconteceu no Mercado Municipal, em Curitiba, dentro da programação "Caravana Copa Orgânica Brasil 2014".
Um estudo da Organics Brasil aponta que a área plantada no Brasil chega hoje a 7,7 milhões de hectares e teve um crescimento de 20% a 30% nos últimos dois anos. "A tendência é que o produto orgânico chegue para mais pessoas e mais barato", disse o consultor do Instituto Biosistêmico, Moacir Kretzmann. De acordo com ele, o perfil do consumidor é de pessoas com terceiro grau, renda superior a dez salários mínimos e comprador fiel dos produtos.
Para o produtor, o custo de produção pode ser reduzido em até 50%. Antes de iniciar a produção orgânica, primeiro é restabelecida a fertilidade da terra. Isso significa que a área precisa passar por um processo de conversão da agricultura convencional para a orgânica que demora cerca de dois a três anos. Entre os principais benefícios destes produtos estão a preservação ambiental, a parte social por estimular a permanência do agricultor no campo, além das vantagens para a saúde humana.
Hoje, os agricultores familiares são responsáveis por 70% a 90% da produção de orgânicos e o restante fica com os grandes produtores.
De acordo com o organizador da Copa Orgânica no Paraná e Rio Grande do Sul, Cláudio Pinheiro, no Paraná, o evento ainda vai passar por Colombo, Mandirituba e São José dos Pinhais. O trabalho começou em São Paulo no dia 21 de fevereiro, agora está no Paraná e, em seguida, vai para o Rio Grande do Sul. Ainda estará presente no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Cuiabá, Brasília, Salvador, Recife, Natal, Fortaleza e Manaus. O evento encerra em 24 de julho.
"O nosso objetivo é fomentar o mercado para gerar mais negócios, aumentar a produção agrícola e o consumo", disse. Segundo ele, essa é uma primeira etapa do trabalho e deve ser realizada uma segunda em 2012 que ainda não tem data definida.
A Copa Orgânica vai passar pelas 12 cidades-sede da Copa do Mundo e 44 cidades vizinhas. Com três veículos, material didático, equipe de técnicos especializados e palestrantes, a caravana espera atender a um público total de 3 mil pessoas. Todas as atividades serão gratuitas. A previsão é percorrer todas as localidades até julho deste ano. O resultado dos trabalhos será apresentado na 7 edição da Bio Brazil Fair, grande evento do setor, que acontece de 21 a 24 de julho, em São Paulo.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

10 soluções práticas para desintoxicar

A ingestão de alimentos ricos em gordura e açúcar, assim como enlatados, contribui para o aumento de componentes tóxicos no organismo – que, sobrecarregado, pode não dar conta de todos eles. Resultado: células inflamadas, resistência baixa, cansaço, pele opaca e peso extra. “O corpo elimina naturalmente as toxinas pela transpiração, respiração, fezes e urina. Só que às vezes o acúmulo dessas substâncias é tão grande que é preciso dar uma forcinha fazendo uma dieta desintoxicante”, diz a nutricionista Isabel Jereissati, responsável pela área de nutrição do Spa Casas Brancas, em Búzios (RJ).
Por isso, nada melhor do que começar essa faxina no organismo o mais rápido possível. Além de dar uma afinada nas formas, você ainda combate o inchaço e diminui a celulite. Nesta reportagem, você encontra um cardápio para auxiliar na perda de peso. Com hábitos saudáveis, você poderá perder até 2 quilos em uma semana. Além disso, trazemos dez soluções práticas (e deliciosas) para incluir no dia a dia. Tem tempero para a salada que ativa o metabolismo e desincha. frutas que promovem uma desintoxicação e farinha para colocar o intestino na linha.
1. Evite industrializados
Na desintoxicação, até mesmo a versão light dos molhos industrializados deve ser eliminada do cardápio, pois tem grande quantidade de sódio e gordura. Fique com os temperos naturais. “O vinagre de maçã e o de limão, por exemplo, trazem substâncias antioxidantes e fortalecem a imunidade, deixando o organismo mais ativo contra as toxinas. Já o azeite de oliva lubrifica o intestino, otimizando a eliminação dessas ‘sujeiras’, e ainda acelera as funções metabólicas”, diz Lizandri Rangan, coordenadora do serviço de nutrição e gastronomia do Hospital Leforte, em São Paulo.
2. Experimente a farinha de banana verde
A nova febre nas lojas de produtos naturais favorece a flora intestinal. A fama tem a ver com o tipo de amido, que chega intacto ao intestino e produz substâncias que alimentam as bactérias benéficas e formam uma barreira contra as intrusas. Com isso, os nutrientes são bem absorvidos e você espanta a fome. Use a farinha de banana verde no lugar da tradicional, no preparo de pratos como bolo e torta.
3. Aposte em frutas cítricas
A turma da acerola, kiwi, caju, limão e laranja, por meio de um composto chamado limonoide, faz com que o fígado libere mais toxinas do organismo. “Esse efeito pode ser conseguido com a fruta consumida in natura ou usada no preparo de peixes, sucos ou saladas”, avisa a nutricionista Isabe Jereissati.
4. Coma alimentos crus
Pelo menos 50% do prato de uma refeição deve ter opções frescas e cruas. “Dessa forma, você garante a ingestão de uma boa quantidade de itens desintoxicantes, como fibras e água”, explica Lizandri Rangan.
5. Coloque uma folha de couve no cardápio
Na salada, no suco ou refogada, ela estimula as enzimas que neutralizam as toxinas. “Vale lembrar que a verdura ainda é rica em vitaminas do complexo B, que facilitam o metabolismo da proteína, do carboidrato e da gordura”, completa Lizandri.
6. Tome chá de hibisco
A bebida ajuda a reduzir a retenção de líquido. De quebra, ainda potencializa a queima da gordura, pois combina vitamina C, cálcio e antocianina. Faça assim: coloque 1 col. (chá) de hibisco em 1 xíc. (chá) de água quente e abafe por cinco minutos. Depois, coe e beba em jejum no café da manhã.
7. Beba muito líquido
Ao longo do dia, o hábito é fundamental na eliminação de toxinas por meio do suor, das fezes e da urina. Aqui, vale água, chá ou suco natural, sopa e até alimentos aquosos, como melancia, melão, alface e pepino.
8. Invista em chá verde com gengibre
Ele acelera o processo de desintoxicação e o metabolismo. A nutricionista Lara Natacci, de São Paulo, dá a receita: ferva por três minutos 1 pedaço (3 centímetros) de gengibre em 1 litro de água, desligue o fogo, acrescente 3 col. (sopa) de chá verde e abafe por 15 minutos. Coe e beba ao longo do dia.
9. Adicione maçã e brócolis à dieta
Eles amenizam os estragos causados pelas toxinas. “Tanto a maçã quanto o brócolis são boas fontes de antioxidantes, que evitam a formação dos radicais livres e diminuem os efeitos do envelhecimento e o aparecimento de doenças degenerativas, como o câncer”, diz Lizandri Rangan.
10. Consuma fibras
Encontradas na farinha de trigo, no macarrão e no arroz integral, elas varrem as toxinas para fora do organismo. Além disso, favorecem o bom funcionamento do intestino, outro que ajuda nessa limpeza.

Fonte: http://boaforma.abril.com.br/dieta/aliados-da-dieta/10-solucoes-praticas-desintoxicar-617071.shtml

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Relatório aponta para uso indiscriminado de agrotóxicos no Brasil

Agrotóxicos que apresentam alto risco para a saúde da população são utilizados, no Brasil, sem levar em consideração a existência ou não de autorização do Governo Federal para o uso em determinado alimento. É o que apontam os novos dados doPrograma de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA), divulgados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nesta quarta-feira (23), em Brasília (DF).
Em 15 das vinte culturas analisadas foram encontrados, de forma irregular, ingredientes ativos em processo de reavaliação toxicológica junto à Anvisa, devido aos efeitos negativos desses agrotóxicos para a saúde humana. “Encontramos agrotóxicos, que estamos reavaliando, em culturas para os quais não estão autorizados, o que aumenta o risco tanto para a saúde dos trabalhadores rurais como dos consumidores”, afirma o diretor da Anvisa, Dirceu Barbano.
Nesta situação, chama a atenção a grande quantidade de amostras de pepino e pimentão contaminadas com endossulfan, de cebola e cenoura contaminados com acefato e pimentão, tomate, alface e cebola contaminados com metamidofós. Além de serem proibidas em vários países do mundo, essas três substâncias já começaram a ser reavaliadas pela Anvisa e tiveram indicação de banimento do Brasil.
De acordo com o diretor da Anvisa, “são ingredientes ativos com elevado grau de toxicidade aguda comprovada e que causam problemas neurológicos, reprodutivos, de desregulação hormonal e até câncer”. “Apesar de serem proibidos em vários locais do mundo, como União Européia e Estados Unidos, há pressões do setor agrícola para manter esses três produtos no Brasil, mesmo após serem retirados de forma voluntária em outros países”, pondera Barbano.
A Anvisa realiza a reavaliação toxicológica de ingredientes ativos de agrotóxicos sempre que existe algum alerta nacional ou internacional sobre o perigo dessas substâncias para a saúde humana. Em 2008, a Agência colocou em reavaliação 14 ingredientes ativos de agrotóxicos, dentre eles o endossulfan, o acefato e o metamidofós.
Juntos, esses 14 ingredientes representam 1,4 % das 431 moléculas autorizadas para serem utilizadas como agrotóxicos no Brasil. Entretanto, uma séria de decisões judiciais, também em 2008, impediram, por quase um ano, a Anvisa de realizar a reavaliação desses ingredientes.
De lá pra cá, a Agência consegui concluir a reavaliação de apenas uma molécula: a cihexatina. O resultado da reavaliação prevê que essa substância seja retirada do mercado brasileiro até 2011. “Todos os citricultores que exportam suco de laranja já não utilizam mais a cihexatina, pois nenhum país importador, como Canadá, Estados Unidos, Japão e União Européia, aceita resíduos dessa substância nos alimentos”, diz o gerente de toxicologia da Anvisa, Luiz Cláudio Meirelles.
Para outras cinco substâncias, a Anvisa já publicou as Consulta Públicas e está na fase final da reavaliação. Nesses casos, houve quatro recomendações de banimento (acefato, metamidofós, endossulfan e triclorfom) e uma indicação de permanência do produto com severas restrições nas indicações de uso (fosmete).

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Pesquisa traça perfil do consumo de alimentos na próxima década

O alimento da próxima década será mais saboroso, saudável, de preparo fácil e rápido, de qualidade assegurada, sustentável e ético. O consumidor buscará comida que traga os mais amplos benefícios a preço mais acessível. Haverá maior complexidade no rol de produtos para se alinhar às cinco macrotendências globais da alimentação: Sensorialidade e Prazer, Saudabilidade e Bem-Estar, Conveniência e Praticidade, Confiabilidade e Qualidade e Sustentabilidade e Ética. Um produto que agregue todos os benefícios é o que procura a indústria alimentícia que já oferece alimentos mesclando as tendências.
As mudanças virão para atender ao desejo do consumidor que está mais crítico, mais bem informado e exigente a respeito de fatores sociais e ambientais e decidido a buscar produtos mais saudáveis. Outros fatores que influenciam a modificação de hábito e padrão de consumo é a redução do tamanho da família, a entrada na mulher no mercado de trabalho, o aumento no poder de compra, no nível de escolaridade e na expectativa de vida. Esse cenário está traçado no projeto Brasil Food Trends 2020, feito pelo Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, e pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
O documento foi organizado a partir de pesquisas em mercados com os quais o Brasil mantém intercâmbio comercial e cultural e foram validadas por estudos elaborados por centros de referência internacionais. Para verificar se as tendências observadas no exterior se aplicavam ao consumidor brasileiro, a Fiesp solicitou ao Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) pesquisa nacional que traçasse o perfil de consumo de alimentos no Brasil. "Houve forte aderência brasileira às tendências de consumo encontradas em outros países do mundo", informa o diretor-geral do Ital, Luis Madi.
TENDÊNCIAS E ESTRATÉGIAS
A análise das tendências da alimentação com seus impactos e a pesquisa Fiesp/Ibope são para fornecer informações estratégicas à indústria alimentícia para nortear pesquisa, desenvolvimento e inovação e criar alimentos que atendem às novas exigências e preferências do consumidor, afirma Madi. "É nossa função antecipar as tendências de alimentação do futuro e prover as pequenas, micros e médias empresas de informações estratégicas para que elas possam se desenvolver com mais competência".
Para atender ao neoconsumidor, como está sendo chamado, deverão entrar em cena ingredientes mais seguros, embalagens ambientalmente adequadas e com informações nutricionais detalhadas, novos processos produtivos e novos ambientes de consumo. Tudo deverá ser criado especialmente para cada uma das macrotendências. Uma loja do futuro para a tendência sensorialidade e prazer precisa ter ambiente (virtual e real) diferenciado, ser confortável, com entretenimento e tecnologia (TV, vídeo, computador), rotisseria e mix de produtos sob medida.
MACROTENDÊNCIAS/2020
A partir dos benefícios e preferências desejados e esperados pelo consumidor, o estudo do Ital/Fiesp trouxe alguns exemplos de produtos inovadores que ilustram como os alimentos podem atender às novas tendências. Para entender melhor, imagine as macrotendências como grandes famílias. A família da Sensorialidade e Prazer é a que mais gosta de comer por prazer, são os apaixonados por comida (foodies). Como em toda grande família, há preferências individuais. O mesmo vale para macrotendências que têm as suas microtendências.
Fazem parte desta família o premium, o indulgente sem culpa, o escape da rotina diária e o gourmet. O premium gosta de versão sofisticada de alimentos tradicionais com variação de sabor, texturas e novos estímulos sensoriais. Consome café, água mineral, chocolate com algo a mais, um pequeno luxo. Trata-se de produto mais elaborado e destinado a quem tem maior renda, mas estará acessível a público menos restrito sob a condição "hoje vou me dar ao luxo de ...". Bem representativo em países em desenvolvimento.
O indulgente sem culpa quer consumir guloseimas calóricas e gordurosas com a consciência tranquila, por isso escolhe versões zero, light, sugar free e em porção reduzida. Consome chocolate que combine benefícios do amargo (saudável), gourmet (sabor), orgânico (preocupação ambiental) e fairtrade (empresa com responsabilidade social). O escape da rotina é fã de comida exótica e prefere alimento com apelo lúdico e interativo. Inclui-se nesse segmento o público infanto-juvenil, com suas especificidades, adepto de divertimento e interatividade.
O gourmet escolhe receitas tradicionais ou originadas em restaurantes e, se possível, com participação de chefs de cozinha ou com assinatura deles. Gosta de provar sabores característicos de outros países (étnicos e exóticos) e de produtos sofisticados que tragam melhorias nas refeições domésticas. O estudo vê grande oportunidade para o Brasil explorar isso já que produz iguarias exóticas muito apreciadas no exterior (açaí, caju).
SAUDÁVEL E PRÁTICO
A família Saudabilidade e Bem-estar preza o natural, integral, puro. Integra esta família o saudável e nutritivo, light/diet, fortificado e energético. O saudável e nutritivo dá preferência ao alimento natural e fresco (frutas, hortaliças e verduras, cortadas e embaladas), mas aceita o minimamente processado ou com adição de frutas e grãos. O diet/light fica de olho na embalagem checando calorias e ingredientes para ver se não compromete a dieta alimentar ou não prejudique sua saúde porque é diabético, idoso, alérgico.
O fortificado quer ingredientes probióticos, prebióticos, simbióticos e antioxidantes para melhorar problemas de saúde e prevenir doenças (colesterol, osteoporose, câncer, hipertensão). O energético é adepto de alimento que melhore o desempenho físico e mental e que tenha propriedades cosméticas que retarde o envelhecimento.
A família conveniência e praticidade valoriza a comodidade, a facilidade e a rapidez e quer do básico ao mais elaborado. Tem a turma do prático para preparo e a do snack. A primeira escolhe pratos prontos e semiprontos, para forno e micro-ondas e alimentos de fácil preparo e, de preferência, com embalagens de fácil abertura, fechamento e descarte. A do snack quer saciar a fome onde estiver, em diferentes lugares e situações, e ter tudo pronto e em porção individual.
CONFIÁVEL E ÉTICO
A família Qualidade e Confiabilidade procura por garantias de qualidade e de segurança estampadas nos rótulos das embalagens dos produtos. Divide-se em naturais e orgânicos e qualidade e segurança. Ambos gostam de embalagem ativas e inteligentes. O primeiro escolhe os naturais e orgânicos para fugir de ingredientes artificiais. O outro tem ouvido ainda mais sensível a palavras como selo de segurança, certificação, rastreabilidade, identificação da origem.
A família Sustentabilidade e Ética segue o lema "comer bem fazendo o bem" e divide-se em fairtrade e carbon footprint. É adepta de embalagens recicláveis e recicladas. A primeiro prefere produto proveniente de empresa fairtrade, ou seja, que tenha comportamento sustentável, ético e sem maus-tratos a animais. Não resiste ao apelo à solidariedade e à participação em projetos sociais. A carbon footprint (pegada de carbono) prefere alimentos com menos "pegadas" de carbono, ou seja, menor impacto ambiental ou que contribua para a preservação da vida na Terra.
(SP Notícias)