A possível liberação da produção e da comercialização de arroz transgênico no Brasil foi criticada nesta quinta-feira (5), em Plenário, pelo senador Roberto Cavalcanti (PRB-PB). O assunto, disse o parlamentar, está em análise na Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CNTBio), a pedido da multinacional Bayer, e vem sendo questionado, não apenas por instituições ambientalistas como o Greenpeace, mas também pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), pela Federação de Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) e pela Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz).
- Ao liberarmos a comercialização dessa variedade, estaremos fazendo do Brasil uma espécie de cobaia - advertiu Roberto Cavalcanti, informando que protesto organizado pelo Greenpeace motivou o adiamento da votação do assunto pela CNTBio no último dia 15 de outubro, sob a alegação de que esse tipo de arroz não é plantado comercialmente em nenhum país do mundo, sendo utilizado somente para pesquisa.
Roberto Cavalcanti também manifestou preocupação com a ameaça representada pela variedade transgênica ao arroz vermelho, cuja semente orgânica é largamente utilizada na Paraíba como tradicional base da culinária da região. A contaminação de uma cultura pela outra tornaria a variedade transgênica dominante, explicou o parlamentar, a exemplo do que ocorre com a soja no Paraná, com prejuízos para a comunidade local.
- O assunto é tão sério que a Embrapa, a Farsul e a Federarroz têm criticado essa possível liberação do arroz transgênico - declarou o senador.
O representante da Paraíba salientou que, atualmente, a União Europeia responde por um terço das exportações brasileiras do agronegócio e suas exigências sobre a qualidade dos produtos brasileiros têm sido cada vez mais rigorosas.
- Se a variedade transgênica do arroz não é liberada na Europa, não seria difícil deduzir que encontraríamos serias dificuldades para colocar nosso produto naquele mercado - concluiu.
O parlamentar comparou ainda a situação do arroz transgênico com a da soja transgênica que, conforme reportagem publicada pela Revista Veja em agosto, "custa mais caro, produz menos e é comprada a preço menor", enquanto a soja convencional proporcionaria lucro 13% maior.
Ao encerrar o seu discurso, o parlamentar ressaltou que estudo publicado pela revista Scientific American revelou ser impossível a realização de testes fidedignos com transgênicos por cientistas independentes e questionou a validade dos testes feitos por empresas como a Bayer ou a Monsanto, diretamente interessadas na questão.
Fonte: Da Redação / Agência Senado
- Ao liberarmos a comercialização dessa variedade, estaremos fazendo do Brasil uma espécie de cobaia - advertiu Roberto Cavalcanti, informando que protesto organizado pelo Greenpeace motivou o adiamento da votação do assunto pela CNTBio no último dia 15 de outubro, sob a alegação de que esse tipo de arroz não é plantado comercialmente em nenhum país do mundo, sendo utilizado somente para pesquisa.
Roberto Cavalcanti também manifestou preocupação com a ameaça representada pela variedade transgênica ao arroz vermelho, cuja semente orgânica é largamente utilizada na Paraíba como tradicional base da culinária da região. A contaminação de uma cultura pela outra tornaria a variedade transgênica dominante, explicou o parlamentar, a exemplo do que ocorre com a soja no Paraná, com prejuízos para a comunidade local.
- O assunto é tão sério que a Embrapa, a Farsul e a Federarroz têm criticado essa possível liberação do arroz transgênico - declarou o senador.
O representante da Paraíba salientou que, atualmente, a União Europeia responde por um terço das exportações brasileiras do agronegócio e suas exigências sobre a qualidade dos produtos brasileiros têm sido cada vez mais rigorosas.
- Se a variedade transgênica do arroz não é liberada na Europa, não seria difícil deduzir que encontraríamos serias dificuldades para colocar nosso produto naquele mercado - concluiu.
O parlamentar comparou ainda a situação do arroz transgênico com a da soja transgênica que, conforme reportagem publicada pela Revista Veja em agosto, "custa mais caro, produz menos e é comprada a preço menor", enquanto a soja convencional proporcionaria lucro 13% maior.
Ao encerrar o seu discurso, o parlamentar ressaltou que estudo publicado pela revista Scientific American revelou ser impossível a realização de testes fidedignos com transgênicos por cientistas independentes e questionou a validade dos testes feitos por empresas como a Bayer ou a Monsanto, diretamente interessadas na questão.
Fonte: Da Redação / Agência Senado
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